Mala Vagga – Impurezas ou manchas
1. Como uma folha murcha está você agora. Os mensageiros da morte lhe aguardam. No limiar da decadência você se queda. Não há mais provisões para você.
2. Faça uma ilha para você mesmo. Lute rapidamente; torne-se sábio. Limpo de manchas e sem paixões, você entrará no estágio celeste dos Ariyas.
3. Sua vida agora chegou ao seu termo. Agora você chegou à presença da morte. Não há mais hospedarias onde você possa se quedar. Não há mais provisões tampouco.
4. Faça uma ilha para você mesmo. Lute rapidamente. Limpo de manchas e sem paixões, você não virá novamente ao nascimento e morte.
5. Gradualmente, pouco a pouco, de vez em quando, um sábio deve remover suas próprias impurezas, como um ferreiro remove as impurezas da prata.
6. Assim como a ferrugem que brota do ferro come a si mesma uma vez tendo surgido, assim mesmo suas próprias ações conduzem o transgressor a estados de dor.
7. A não-recitação é a ferrugem dos encantamentos; o não-esforço é a ferrugem das casas, a preguiça é a mancha da beleza; o descuido é a falha de um guardião.
8. A conduta má é a mancha de uma mulher. A mesquinhez é a mancha de um doador.
As manchas, de fato, são coisas ruins tanto neste mundo quanto no próximo.
9. Uma mancha muito pior ainda é a ignorância, a maior das manchas. Abandonando esta mancha, sejam sem manchas, Ó Bhikkhus! 10. Fácil é a vida daquele que não tem vergonha que é tão impudente como um corvo, presunçoso, mordendo as costas, arrogante e corrupto.
11. Dura é a vida daquele que é modesto que sempre busca a pureza, é desapegado, humilde, limpo na sua vida e pensativo.
12. Aquele que neste mundo destrói a vida, conta mentiras, toma aquilo que não foi oferecido.
13. Busca esposas de outras, e está viciado a bebidas intoxicantes, um tal remove sua própria raiz neste mundo.
14. Saiba então, Ó bom homem: “Não é fácil se controlar de coisas ruins”. Que a cobiça e a maldade não te arrastem a uma miséria prolongada.
15. As pessoas dão de acordo com suas fés e enquanto lhes agrada. Quem quer que esteja invejoso da comida e bebida dos outros, não ganha a paz nem de dia nem de noite.
16. Mas aquele que tem este sentimento completamente cortado, desenraizado e destruído, ganha a paz de dia e de noite.
17. Não há fogo como a luxúria, nenhuma pegada como o ódio, nenhuma rede como a ilusão, nenhum rio como a cobiça.
18. Facilmente constatados são os erros alheios, duros de ver são os nossos próprios. Como tentilhão a pessoa separa os erros alheios, mas os nossos próprios nós ocultamos, como um caçador se camufla habilmente.
19. Aquele que vê os erros dos outros, e está para sempre irritável – as corrupções de uma tal pessoa crescem. Ele está longe da destruição das corrupções.
20. No céu não há pistas. Fora não há Santo. A humanidade adora obstáculos. Os Tathagatas estão livres de obstáculos.
21. No céu não há pistas. Fora não há Santo. Não existem coisas condicionadas que sejam eternas. Não há instabilidade nos Budas.