… Muitas vezes a morte parece despropositada; isso se deve a que não se conhece a intenção da alma; os acontecimentos passados, através do processo da reencarnação, ainda são um enigma; as antigas hereditariedades e ambientes são ignorados e o reconhecimento da voz da alma ainda não se desenvolveu de maneira geral. São questões, porém, que estão às vésperas de reconhecimento; a revelação está a caminho, e para isso estou assentando os fundamentos. … Procurem chegar a um novo viés sobre o tema e ver a lei, o propósito e a beleza da intenção, por trás do que até agora tem sido um terror e grande temor.
(Cura Esotérica) (f) A idade da alma 1. Uma das primeiras coisas que o discípulo tem de aprender é o julgamento correto da a idade relativa da alma dos seus associados; logo descobrirá que varia. Então aprenderá a reconhecer aqueles cuja sabedoria e conhecimento ultrapassam os seus, a colaborar com aqueles que estão com ele no Caminho e a trabalhar para aqueles aos quais pode ajudar, mas cujo status evolutivo não iguala o seu. O arquétipo consagrado da sua vida pode então assumir formas definidas e ele pode começar a trabalhar com inteligência. (Discipulado na Nova Era, Volume I) 2. A alma não tem idade e pode usar seu instrumento se este for apropriado e acessível. Você está muito determinado e muito preocupado consigo mesmo para conseguir o desapego necessário para o serviço mundial? Cabe a você descobrir e provar para si mesmo. (Discipulado na Nova Era, Volume I) (g)As Almas que DespertamA maioria das almas da família humana vem à encarnação obedecendo ao anseio ou desejo de adquirir experiência, sendo a atração magnética do plano físico o fator determinante e decisivo. Como almas, são orientadas para a vida terrena. As almas que despertam ou as que (ocultamente falando) “voltam a si”, vêm à experiência da vida física apenas vagamente conscientes de outra e superior “força de atração”.
Não têm, pois, uma orientação definida para o plano físico, como a maioria dos seus semelhantes. Estas almas que estão despertando são aquelas que, às vezes, podem ser influenciadas para retardar ou adiar sua entrada na vida física, a fim de condicionar os processos da civilização, ou podem ser convencidas a acelerar sua entrada na vida para que assim estejam disponíveis como agentes para tal processo condicionador. Dito processo não é implementado por elas por meio de uma atividade determinada e inteligentemente considerada, mas sim viabilizada naturalmente pelo simples efeito de viverem no mundo e ali tentarem alcançar os objetivos da vida. Desta maneira condicionam seu ambiente por meio da beleza, do poder ou da influência de suas vidas, e muitas vezes elas próprias são inconscientes do efeito que produzem. Ficará evidente, portanto, que as mudanças necessárias em nossa civilização podem ser implementadas de maneira rápida ou lenta, segundo seja o número daqueles que vivem como almas em treinamento.
Estas almas entrantes, graças ao entendimento altamente desenvolvido de que dispõem e ao poder da sua “vontade obstinada”, com frequência produziram devastação em diversas direções. Contudo, se pudéssemos observar como fazem Aqueles que estão do lado interno e estivéssemos em posição de comparar a luz que a humanidade atual possui com a que possuía há duzentos ou trezentos anos, apreciaríamos os enormes avanços realizados, evidentes no fato do aparecimento de um grupo de “almas condicionadoras” sob o nome de Novo Grupo de Servidores do Mundo, que se tornou possível desde 1925.
Elas agora podem encarnar, graças ao trabalho já realizado por esse grupo de almas que aceleraram sua encarnação sob o impulso da Hierarquia. As palavras condicionar e condicionador são usadas aqui com muita frequência porque são bastante adequadas para indicar a função. Estas almas, devido ao seu grau de evolução, à sua etapa de desenvolvimento, à sua capacidade de ser impressionada com a ideia grupal e com o Plano, podem vir à encarnação e começar, mais ou menos, a executar o Plano e a evocar uma resposta ao mesmo na consciência humana. Estão, pois, em posição de “preparar o caminho para a vinda do Senhor”.
Esta última frase é simbólica e indicativa de um determinado nível de cultura espiritual na humanidade.
Ditas almas são às vezes vagamente conscientes da sua magna tarefa e, na maioria dos casos, inconscientes do seu destino qualificador. Como almas, e sob a guia da Hierarquia e antes de encarnar, são conscientes do impulso de “ir e ajudar o aflito planeta e, assim, liberar os prisioneiros mantidos em cativeiro pelo desejo inferior” (como expõe O Antigo Comentário); mas, uma vez tomada a vestimenta de carne, também desaparece essa consciência e, em seu cérebro físico, não são conscientes do que suas almas se propuseram.
Permanece apenas o anseio de realizar certas atividades específicas. O trabalho, porém, prossegue.
Poucas almas encarnam por vontade e decisão próprias; elas trabalham com claro conhecimento e empreendem a tarefa imediata. São as pessoas-chave de qualquer época e os fatores psicologicamente determinantes em qualquer dado período histórico. São as que marcam o ritmo e realizam o trabalho pioneiro; atraem para si o ódio e o amor do mundo; trabalham como Construtores ou Destruidores e, com o tempo, retornam ao seu lugar de origem levando consigo o proveito da vitória, sob a forma da liberdade que conquistaram para si ou para outros. Falando em sentido psicológico, carregam as cicatrizes infligidas pelos opositores, mas detêm a certeza de que desempenharam com êxito a tarefa que lhes foi atribuída.
O número de pessoas do primeiro grupo, agora em encarnação, aumentou notavelmente no século passado, razão pela qual podemos esperar o rápido desenvolvimento das características da entrante era aquariana. (Psicologia Esotérica, Volume II).23. AS CARACTERÍSTICAS DA ALMA 1.Apenas a alma tem um entendimento direto e claro do propósito criador e do plano.2.Apenas à alma, cuja natureza é amor inteligente, é possível confiar o conhecimento, os símbolos e as fórmulas necessários para o correto condicionamento do trabalho mágico.3.Apenas a alma tem a capacidade de trabalhar nos três mundos simultaneamente e, ainda assim, permanecer desapegada e, portanto, liberada do carma dos resultados do trabalho.4.Apenas a alma é verdadeiramente consciente do grupo e motivada por um propósito puro e altruísta.5.Apenas a alma, com o “olho aberto da visão” pode ver o fim desde o início e é capaz de manter com firmeza a real imagem da consumação final. (TSMB)2. Uma personalidade potente pode atuar em qualquer campo de expressão humana e seu trabalho merecerá o qualificativo de espiritual, desde que seja baseado em um idealismo elevado, no maior bem para o maior número e no esforço de autossacrifício. Idealismo, serviço grupal e sacrifício, são características das personalidades que estão se tornando mais sensíveis ao aspecto da alma, cujas qualidades são conhecimento, amor e sacrifício…As características mais destacadas das personalidades que ainda não estão centradas ou controladas pela alma são dominância, ambição, orgulho e falta de amor pelo todo, embora muitas vezes amem aqueles que são necessários para elas ou para o seu bem-estar. (TSMB) 3. A vontade de aço, sensível, determinada e dinâmica do aspirante devotado deve se transformar em propósito imperturbável, potente e sereno da alma, atuando através do discípulo. A alma é flexível na adaptação, mas indesviável em objetivo. Da mesma maneira, a vívida e fanática devoção a uma pessoa ou ideal deve ceder lugar ao amor nobre e imutável da alma – o amor da sua alma pelas almas dos outros.
Temos aqui um indicativo para você e seu futuro sucesso. Acho que você compreenderá a partir do que estou falando. Molde a sua vida de acordo com o impulso da alma e desloque-se do reino do desejo e aspiração elevados para o do propósito firme e da indesviável adesão à realidade. (Discipulado na Nova Era, Volume I) (a)InclusividadeInclusividade é a característica destacada da alma, o Eu, seja a alma de um homem, a natureza sensível do Cristo cósmico ou a Anima Mundi, a alma do mundo. A inclusividade tende para a síntese e é possível observar como atua em um ponto definido da realização do homem, porque inclui em sua natureza todas as aquisições dos ciclos evolutivos anteriores (em outros reinos da natureza e em ciclos humanos anteriores), além da potencialidade de maior inclusividade futura. O homem é o macrocosmo do microcosmo. As aquisições e as propriedades peculiares dos outros reinos da natureza lhe pertencem, porque foram convertidas em faculdades da consciência. Entretanto, ele está envolvido (e é parte) por um macrocosmo ainda maior, e deve ser cada vez mais consciente desse Todo maior. Que a palavra Inclusividade guie os seus pensamentos. (Psicologia Esotérica, Volume II) (b)Amor 1. A natureza da alma é amor e vontade-para-o-bem. (Discipulado na Nova Era, Volume I)2. A personalidade desenvolve o amor gradualmente por meio das etapas do amor ao eu, pura, simples e totalmente egoísta, o amor à família e aos amigos, aos homens e mulheres, até chegar à etapa do amor à humanidade ou à consciência do amor grupal, característica predominante do Ego. Um Mestre de Compaixão ama, sofre junto e permanece com os de sua classe e seus achegados. O Ego desenvolve gradualmente do Amor à humanidade ao amor universal – um amor que expressa não somente amor à humanidade, mas também a todas as evoluções dévicas e a todas as formas de manifestação divina. Amor na personalidade é amor nos três mundos; amor no Ego é amor no sistema solar e tudo que ele contém, enquanto que o amor na mônada demonstra uma medida do amor cósmico, abarcando muito do que há fora de todo o sistema solar…
Na realidade, a Lei do Amor nada mais é do que a Lei do sistema que se demonstra em todos os planos. O amor foi o motivo impulsionador para a manifestação, e é o que mantém tudo em sequência ordenada; o amor carrega tudo pelo caminho de retorno ao seio do Pai e, oportunamente, aperfeiçoa tudo que há. É o amor que constrói as formas que embalam temporariamente a vida interna oculta, e é o amor a causa da desintegração dessas formas e sua total destruição, para que a vida possa progredir. O amor se manifesta em cada plano como um impulso que direciona a mônada evolucionante para a sua meta e o amor é a chave do reino dévico e a razão da fusão, oportunamente, dos dois reinos no divino Hermafrodita.
O amor atua através dos raios concretos na construção do sistema e da estrutura que abriga o Espírito, e o amor atua por intermédio dos raios abstratos para o desenvolvimento pleno e potente dessa divindade inerente. O amor demonstra, por meio dos raios concretos, os aspectos da divindade que conformam a personalidade que oculta o Eu uno; o amor se demonstra por intermédio dos raios abstratos, expandindo na máxima medida o reino de Deus interno. O amor, nos raios concretos, leva ao caminho do ocultismo; o amor nos raios abstratos leva ao caminho do místico. O amor conforma as envolturas e inspira a vida; o amor faz com que a vibração logoica avance, tudo carregando em seu caminho e tudo levando à perfeita manifestação. (Tratado sobre o Fogo Cósmico) 3. Possui conhecimento. Necessita amar mais. Quando digo “amor”, me refiro ao amor da alma, não ao afeto, à emoção ou ao sentimento. Significa o profundo amor sem apego, que pode afluir através da personalidade, liberando-a da limitada expressão e procurando que aflua ao mesmo tempo ao meio ambiente.
Como liberar o aspecto amor da sua alma? Pela meditação e certas medidas práticas… A autocomiseração deve ceder lugar ao interesse compassivo pelos demais – os do seu próprio lar, suas relações comerciais e aqueles com os quais entra em contato, que a vida e o destino lhe proporcionaram. O isolamento deve ceder lugar à colaboração, não a colaboração forçada, mas um desejo espontâneo de estar com os demais e compartilhar com eles os processos do dever esotérico vivo e amoroso. Reflita profundamente sobre esta última frase. (Discipulado na Nova Era, Volume I) 4. Para a alma não há luz nem escuridão, somente existência e amor… Não há separação, somente identificação com o coração de total amor; quanto mais amarem, mais amor pode chegar aos outros através de vocês. As cadeias do amor unem o mundo dos homens e o mundo das formas, constituindo a grande cadeia da Hierarquia. O esforço espiritual que lhes é pedido é o de se desenvolverem em um centro vibrante e potente desse Amor fundamental e universal. (Discipulado na Nova Era, Volume II) 5. “Que a minha alma, cuja natureza é amor e sabedoria, dirija os acontecimentos, impulsione a ação e guie todas as minhas palavras e atos”. (Discipulado na Nova Era, Volume II) 6. “Que o amor da alma atraia e a luz da alma dirija todos aqueles que procuro ajudar. Assim a humanidade será salva por mim e por todos os afiliados à Hierarquia”. (Discipulado na Nova Era, Volume II) 7. O correto apego libera o amor da alma, e somente o amor aplicado de maneira consciente, inteligente e deliberada pode apoiar o êxito do trabalho. (Discipulado na Nova Era, Volume II) 8. “Nada pode ofuscar o amor que flui entre minha alma e eu, o pequeno eu. Nada pode se interpor entre meus irmãos e meu eu. Nada pode impedir o fluxo de força entre minha alma e eu, entre meus irmãos e minha alma, entre o Mestre de minha vida e eu, Seu discípulo consagrado”. (Discipulado na Nova Era, Volume II) 9. A raça alcançou um ponto em que os homens de boas intenções, de algum real entendimento e uma certa emancipação do amor pelo ouro (maneira simbólica de falar sobre o espelhismo da materialidade), estão revertendo o desejo para o dever, as responsabilidades, o efeito sobre os outros e a compreensão sentimental da natureza do amor. O amor, para muitas pessoas, para a maioria, de fato, não é amor realmente, mas uma mescla de desejo de amar e desejo de ser amado, mais a disposição de realizar qualquer coisa para demonstrar e evocar este sentimento e, em consequência, para se sentir mais confortável em sua própria vida interna. O egoísmo das pessoas que desejam ser altruístas é grande. Portanto, diversos sentimentos se convergem em torno do sentimento ou desejo de demonstrar as características amáveis e agradáveis, que evocarão a correspondente reciprocidade para o pretenso doador de amor ou servidor, que ainda está completamente envolto pelo espelhismo do sentimento.
É aquele pretenso amor, baseado maiormente na teoria do amor e do serviço, que caracteriza tantas relações humanas, como as que existem, por exemplo, entre marido e mulher e pais e filhos. Sob o espelhismo do sentimento por eles, e pouco conhecendo sobre o amor da alma, que é livre e também deixa os outros livres, vagueiam em uma densa bruma, muitas vezes arrastando com eles aqueles que desejam servir, esperando receber afeto recíproco. Estudem a palavra “afeto” e verão seu verdadeiro significado.
Afeto não é amor, mas aquele desejo que expressamos mediante um esforço do corpo astral, essa atividade afetando nossos contatos; não é a ausência de desejo espontânea da alma que não pede nada para o eu separado. Este espelhismo do sentimento aprisiona e confunde toda boa gente do mundo, impondo-lhes obrigações que não existem e produzindo um espelhismo que oportunamente deve ser dissipado pela entrega do amor verdadeiro e desinteressado. (Espelhismo (Glamour): Um Problema Mundial) 10. Esta energia de Amor é a energia que constitui a força de coesão e união, que mantém unido o universo manifestado ou forma planetária, e é responsável por todas as relações; é a energia que é a alma de todas as coisas ou de todas as formas, começando com a Anima Mundi até chegar ao seu ponto máximo de expressão na alma humana, que é o fator constitutivo do quinto reino da natureza, o Reino de Deus ou das Almas. A compreensão desta potência humana vem à medida que o indivíduo estabelecer contato com a própria alma e uma relação estável com ela; torna-se então uma personalidade fusionada com a alma.
(Telepatia e o Veículo Etérico) 11. Ao amor espiritual verdadeiro, como a alma o conhece, sempre se pode confiar poder e oportunidades, pois ele jamais trairá essa confiança. (A Exteriorização da Hierarquia) (c)Alegria e Felicidade1. Cultive a felicidade, sabendo que a depressão, a investigação excessivamente doentia das motivações e a exagerada susceptibilidade à crítica dos outros levam a um estado em que o discípulo se torna quase inútil. A felicidade se baseia na confiança no Deus interno, na adequada apreciação do tempo e no autoesquecimento. Tome todas as coisas boas que possam acontecer como créditos para difundir contentamento e não se rebele contra a alegria e o prazer do serviço prestado, supondo que seja indicativo de que algo não anda bem. O sofrimento sobrevém quando o eu inferior se rebela. Controle esse eu inferior, elimine o desejo e tudo será alegria. (Iniciação Humana e Solar) 2. Para aqueles que lutam, perseveram e aguentam, a alegria é dupla quando ocorre a materialização.
Os contrastes lhes trarão alegria, pois conhecendo o passado de trevas, desfrutarão à luz da realização e possuirão a alegria do companheirismo experimentado e comprovado; os anos terão demonstrado quem são os associados escolhidos e, na comunidade do sofrimento, o vínculo se fortalecerá; o contentamento da paz que sobrevém a vitória será de vocês; para o fatigado guerreiro, os frutos do empreendimento e o descanso são duplamente doces; obterão a alegria de participar no plano dos Mestres, e será correto tudo aquilo que os associe a Eles mais estreitamente; a alegria de ter ajudado a consolar um mundo necessitado, de ter levado luz às almas ensombrecidas, de ter curado em alguma medida as chagas da dor do mundo, lhes pertencerá, e na consciência de ter empregado bem os dias e com a gratidão das almas salvas vem a mais profunda de todas as alegrias – a que um Mestre experimenta quando exerce um papel decisivo na elevação de um irmão um pouco mais na escala da evolução. É esta a alegria que se estende diante de todos vocês – e não está muito distante. Portanto, trabalhem não pela alegria, mas nesta direção; não pela recompensa, mas pela necessidade interna de ajudar; não pela gratidão, mas pelo impulso que se manifesta por perceber a visão e compreender a parte que a vocês compete desempenhar para trazer esta visão à Terra.
Ajudará muito saber diferenciar entre felicidade, alegria e beatitude:
Primeiro, felicidade, que tem assento nas emoções e é uma reação da personalidade.
Segundo, alegria, é uma qualidade da alma, entendida na mente quando há o alinhamento.
Terceiro, beatitude, que é a natureza do Espírito, sobre o qual toda especulação é inútil, até que a alma compreenda a sua unicidade com o Pai. Esta realização se segue a uma etapa anterior, na qual o eu pessoal se unifica com a alma. Portanto, especulação e análise com relação à natureza da beatitude são improdutivas para o homem comum, cujas metáforas e terminologias são forçosamente pessoais e relacionadas ao mundo dos sentidos. O aspirante se refere à sua felicidade ou à alegria? Se a esta última, deve ser efeito da consciência e solidariedade grupais, da unicidade com todos os seres e, afinal, nem pode ser interpretada em termos de felicidade. A felicidade acontece quando a personalidade atende às condições que satisfazem uma ou outra parte da sua natureza inferior; quando há uma sensação de bem-estar físico, de contentamento com o próprio ambiente, com as personalidades circundantes ou de satisfação com as oportunidades e contatos mentais. Felicidade é a meta do eu separado.
No entanto, quando procuramos viver como almas, não levamos em conta a satisfação do homem inferior, sentimos alegria em nossas relações grupais e nas condições que levam a uma melhor expressão das almas daqueles com os quais nos colocamos em contato. Levar alegria a outros, a fim de produzir condições pelas quais possam se expressar melhor, poderá exercer um efeito físico quando procuramos melhorar suas condições materiais, ou um efeito emocional quando a nossa presença lhes traz paz e os eleva, ou um resultado intelectual quando os estimulamos a pensar com clareza e compreensão. Em nós, porém, o efeito é de alegria, pois a nossa ação foi altruísta e desinteressada e sem relação com as circunstâncias ou o estado social do aspirante…
Parece superficial, como também um paradoxo ocultista dizer que em meio de uma profunda aflição e infelicidade da personalidade é possível conhecer e sentir a alegria da alma. No entanto, assim é, e esta deve ser a meta do estudante. (TSMB) 3. Seja feliz, meu irmão. Aprenda a sentir alegria – uma alegria baseada no conhecimento de que a humanidade sempre triunfou e tem avançado e progredido, apesar dos aparentes fracassos e da destruição das civilizações passadas; uma alegria fundada na inquebrantável crença de que todos os homens são almas e que os “pontos de crise” são fatores de utilidade comprovada para atrair o poder da alma, tanto no homem individual como em uma raça ou em toda a humanidade; uma alegria relacionada com a bem-aventurança que caracteriza a alma em seu próprio nível, onde o aspecto forma da manifestação não domina. Reflita sobre estes pensamentos e lembre-se de que você está estabelecido no centro do seu Ser e, portanto, pode ver o mundo verdadeiramente e sem visão limitada; você pode permanecer imperturbável, conhecendo o fim desde o princípio e sabendo que o amor triunfará. (Discipulado na Nova Era, Volume I) 4. Também será bom cultivar a alegria que nos traz força. Não é hora para melancolia, desespero nem depressão. Se abrirem espaço para eles, vão se tornar pontos focais negativos e destrutivos em seu ambiente. Se creem realmente que a vida espiritual é fundamental no mundo de hoje; se acreditam que a divindade guia o mundo; se captam realmente o fato de que todos os homens são seus irmãos e que todos nós somos filhos do mesmo Pai, e se estão convencidos de que o coração da humanidade é sadio, estas ideias não são suficientemente potentes para nos manter firmes em meio a um mundo em mudança? (A Exteriorização da Hierarquia) (d)A Participação1. O princípio de Partilha, que no futuro deve reger as relações econômicas, é uma qualidade ou energia da alma. (Discipulado na Nova Era, Volume I) 2. A coparticipação ashrâmica é uma das grandes compensações do discipulado. Por meio dela é possível “suportar ocultamente” maior luz. Gostaria que refletissem sobre esta frase. Grande força unida pode ser levada ao serviço do Plano e é possível captar o significado oculto das palavras: “Minha força é como a força de dez, pois meu coração é puro”1. A força perfeita do Ashram (simbolizada pelo número 10) fica disponibilizada para o discípulo cuja pureza de coração o tenha habilitado a penetrar no Ashram; seu conhecimento se transmuta mais rapidamente em sabedoria, à medida que sua mente é submetida à ação do entendimento superior d’Aqueles com os quais está associado; gradualmente, começa a contribuir com sua própria cota de luz e entendimento para aqueles que acabam de ingressar e para aqueles que são seus iguais. (Discipulado na Nova Era, Volume II) (e)A Solidão1. Esteja preparado para a solidão. É a lei. Quando um homem se dissocia de tudo que diz respeito aos seus corpos físico, astral e mental e se centraliza no Ego, sobrevém uma separação temporária, que deve ser suportada e atravessada, e que o leva, em um período posterior, a estabelecer um vínculo mais estreito com todos que estão associados com ele por meio do carma de vidas passadas, do trabalho grupal N. do T.: palavras do poeta inglês Alfred Tennyson, 1809-1892.
e da atividade do discípulo (realizada, de início, quase inconscientemente), de reunir aqueles através dos quais deverá trabalhar mais tarde. (Iniciação Humana e Solar) 2. A solidão é uma das primeiras coisas que indica a um discípulo que ele está sendo preparado para a iniciação. É evidente, portanto, que a solidão a que me refiro não deriva da debilidade de caráter que rechaça o semelhante, nem de uma natureza indiferente ou desagradável, nem a nenhuma forma de autointeresse tão acentuado que antagonize outras pessoas. Grande parte da solidão na vida do discípulo é por sua culpa e pode repará-la se aplicar as medidas de autodisciplina corretas, e deve aplicá-las, porque concernem à personalidade e nada tenho a fazer com suas personalidades. Estou me referindo à solidão que se produz quando o discípulo aceito se converte em discípulo consagrado e sai da vida de concentração no plano físico e de identificação com as formas de existência nos três mundos, achando-se no ponto intermediário entre o mundo dos assuntos externos e o mundo interno de significados. Sua primeira reação é de que está sozinho; rompeu com o passado; abriga muitas esperanças, mas não está seguro do futuro.
Sabe que o mundo tangível ao qual está acostumado deve ser substituído pelo intangível mundo de valores, implicando em um novo senso de proporção, uma nova escala de valores e novas responsabilidades. Crê que tal mundo existe e segue adiante valente e teoricamente, mas durante algum tempo ele é totalmente intangível; descobre uns poucos que pensam e sentem como ele, e possui somente o embrião do infalível mecanismo de estabelecer contato. Está se soltando da consciência de massa da qual fazia parte, mas ainda não encontrou o grupo no qual, a seu tempo, será conscientemente absorvido. Portanto, está só e se sente árido e despojado. Alguns de vocês sentem essa solidão; poucos, por exemplo, alcançaram a etapa em que se consideram parte definida e integrante do grupo; apenas dois ou três de vocês compreendem – transitória e fugazmente às vezes – o estreito vínculo com o Ashram; a sua atitude é mais de esperança, acoplada à ideia de que as limitações físicas o impedem de compreender tudo o que na realidade há em conexão com suas aflições internas. Irmãos meus, esse sentimento de solidão é somente outra forma de autoconsciência e de indevido interesse em si mesmo e (à medida que progredirem no Caminho) verão que desaparecerá.
Em consequência, quando se sentirem sós, aprendam a considerar isso como um espelhismo ou ilusão e uma limitação que devem superar. Comecem a atuar como se isso não existisse. Gostaria que mais discípulos aprendessem o valor de atuar “como se”. Não há tempo para se sentirem sós nesses dias, pois não há tempo para pensar em si mesmos. (Discipulado na Nova Era, Volume II) 3. Não tema a solidão. A alma que não pode se manter só nada tem para dar. (Discipulado na Nova Era, Volume II) 4. Todos os discípulos têm que passar pela revelação de um determinado tipo de solidão espiritual; trata-se de uma prova daquele desapego oculto que todo discípulo deve dominar. (Discipulado na Nova Era, Volume II) 5. Nesta solidão não há morbidez alguma, não há retraimento rigoroso, nem nenhum aspecto de separatividade. Há apenas o “lugar onde o discípulo permanece, desapegado e sem medo, e naquele lugar de total quietude chega o Mestre e desaparece a solidão”. (Discipulado na Nova Era, Volume II) (f)A Indiferença Espiritual1. O que é indiferença? … Na realidade, significa adotar uma atitude neutra para aquilo que se considera o não-eu. Implica em negar que haja similaridade; assinala o reconhecimento de uma distinção básica; significa a recusa de se identificar com tudo que não seja a realidade espiritual, até onde é percebido e sabido em um ponto dado em tempo e espaço. É, portanto, algo muito mais forte e vital do que normalmente se entende quando a palavra é usada. É uma desaceitação ativa, sem nenhuma concentração no que é repudiado. (Espelhismo (Glamour): Um Problema Mundial)