Os fogos de energia viva circulam em torno de cada pétala individual e o método de entrelaçamento e a circulação dos fogos é (como bem se pode entender) de natureza sétupla, de acordo com a sétupla natureza do Logos implicado. Cada círculo de pétalas, à medida que prossegue a evolução, torna-se ativo e gira em torno da Joia central, de maneira que temos não apenas a atividade das pétalas, dos pontos vivos ou das vidas dévicas dentro da circunferência de pétalas, como também a atividade unificada de cada fileira do triplo lótus. Em uma etapa específica da evolução, antes de se abrir o botão protetor central, as três fileiras de pétalas, consideradas como uma unidade, começam a girar, de maneira que todo o lótus parece estar em movimento. Nas etapas finais, o círculo central de pétalas se abre, revelando o que está oculto e gira em torno da Joia, mas na direção contrária à do lótus externo, que circula rapidamente. A razão disso não pode ser revelada aqui, porque está oculta na natureza do Fogo elétrico do próprio Espírito.
A Joia em si permanece ocultamente estática, não se move. É um ponto de paz; pulsa ritmicamente como o coração do homem, e dali irradia oito correntes de fogo vivo que se estendem até as pontas das quatro pétalas de amor e das quatro pétalas de sacrifício. Esta energia óctupla é atma-budi. É esta irradiação final que produz, em dado momento, a desintegração do corpo do Ego. As pétalas de conhecimento, não estando sujeitas à atenção deste fogo central, em seu devido tempo deixam de ser ativas; o conhecimento é substituído pela sabedoria divina, e as pétalas do amor têm suas forças igualmente absorvidas. A certa altura, nada resta, exceto o desejo de “se sacrificar”, e como o impulso vibratório tem afinidade com a natureza da Joia viva, sintetiza-se na unidade viva central e apenas permanece a Joia de fogo. Quando todas as pétalas fusionam as forças em outro lugar, conclui-se o processo da revelação. Os fogos inferiores desaparecem; o fogo central é absorvido e apenas persiste o radiante ponto de fogo elétrico. Vê-se então um curioso fenômeno na iniciação final. A Joia de fogo resplandece como sete joias dentro de uma, ou como a sétupla chispa elétrica e, na intensidade da labareda assim criada, é reabsorvida na mônada ou Uno.
(Tratado sobre o Fogo Cósmico) 3. A joia, ou o diamante, oculto pelo loto egoico, é a janela da mônada ou Espírito de onde olha externamente para os três mundos. O terceiro olho é a janela do Ego ou alma, atuando no plano físico, de onde olha internamente para os três mundos. (Tratado sobre o Fogo Cósmico)19. A EVOLUÇÃO DO CORPO EGOICO 1. Ao estudar o tema do desenvolvimento egoico com a devida aplicação pessoal, o estudante deveria manter em mente os seguintes fatos:
Primeiro, que as pétalas se abrirão de acordo com o Raio da mônada. Por exemplo, se o Raio da mônada é o segundo, a pétala de conhecimento será a primeira a abrir, mas a segunda pétala de amor terá um desenvolvimento quase paralelo, por ser a linha de menor resistência para este tipo específico de Ego, para o qual a dificuldade residirá na abertura da pétala de conhecimento.
Segundo, que os efeitos da abertura de uma fileira de pétalas se farão sentir dentro da fileira seguinte em uma etapa inicial e causarão uma resposta vibratória; é esta a razão da maior rapidez das etapas posteriores de desenvolvimento em comparação com a primeira.Terceiro, que existem muitos casos de desenvolvimento desigual. É frequente a existência de pessoas que desenvolveram duas pétalas no primeiro círculo e que a outra ainda esteja latente, enquanto que uma pétala da fileira central ou da segunda possa estar em pleno desenvolvimento. É o que muitas vezes explica o poder que algumas pessoas demonstram para servir em certas linhas e, em termos comparativos, se encontram em uma etapa inferior de desenvolvimento ou de consciência (falando em sentido egoico). Isto se deve a diversas causas, como o carma da própria mônada em seu plano superior e à força do controle monádico sobre o Ego; a muitas vidas dedicadas a desenvolver determinada linha de ação, o que resulta no estabelecimento de uma forte vibração, tão forte que dificulta o desenvolvimento da resposta às vibrações subsidiárias; a certas condições peculiares ocultas na evolução de um determinado Senhor de Raio e o efeito produzido por essa condição sobre um grupo específico de células; ao carma grupal de um conjunto ou conglomerado de corpos causais e sua mútua interação. Toda unidade egoica ou centro monádico de força exerce um efeito definido sobre o grupo ou comunidade de Egos no qual tem seu lugar e, à medida que prossegue a interação, às vezes se produzem, temporariamente, resultados de natureza inesperada. (Tratado sobre o Fogo Cósmico) 2. Podemos dividir o processo evolutivo em três períodos:
Primeiro – o período em que o fogo da matéria (o calor da mãe) oculta, nutre e dá nascimento ao Ego infantil. É o período da vida puramente da personalidade, quando o terceiro aspecto domina e o homem está no véu da ilusão.
Segundo – o período em que o Ego ou vida subjetiva dentro da forma passa por certas etapas de desenvolvimento e chega a uma consciência cada vez mais larga. É o período do desenvolvimento egoico, produzido pela fusão e mescla graduais dos dois fogos. É a vida de serviço e do Caminho.
Terceiro – o período em que a própria consciência egoica é substituída pela realização espiritual e o fogo do espírito se funde com os outros dois.
No início a personalidade faz o papel de mãe, o aspecto material, do germe da vida interna. Em seguida, o Ego manifesta sua vida dentro da vida pessoal e produz um fulgor que “aumenta cada vez mais até o dia perfeito”. Nesse dia perfeito de revelação, vê-se o que o homem é em essência, e o Espírito imanente é revelado. (Tratado sobre o Fogo Cósmico).
3. A evolução afeta também o corpo egoico e não só as formas do homem nos três mundos. Os efeitos do processo são interdependentes e, à medida que o eu inferior se desenvolve, ou que a personalidade se torna mais ativa e inteligente, há resultados no corpo superior. Como estes efeitos são cumulativos e não efêmeros, como são os resultados inferiores, o corpo egoico se torna igualmente mais ativo e aumenta a sua manifestação de energia. Perto do fim do período evolutivo nos três mundos, vê-se um constante intercâmbio de energia; a luz irradia sobre as formas inferiores, que refletem o esplendor superior; o corpo egoico é o Sol do sistema inferior e seus corpos refletem seus raios, assim como a Lua reflete a luz do Sol.
Similarmente, o Sol egoico – por meio da interação – brilha com maior intensidade e glória. (Tratado sobre o Fogo Cósmico).20. A MORTE FÍSICA E A ALMA 1. A morte se produz sob a direção do ego, não importa o quanto o ser humano possa ser desconhecedor desta direção. Na maioria, este processo ocorre automaticamente, pois no momento em que a alma retira a atenção, a reação inevitável no plano físico é a morte, seja pela abstração dos fios duais, de vida e de energia raciocinadora, seja pela abstração do fio de energia qualificado pela mentalidade, deixando a corrente da vida ainda funcionando através do coração, mas sem nenhuma percepção inteligente. A alma está em outro lugar, ocupada em seu próprio plano e em seus próprios assuntos.No caso dos seres humanos altamente desenvolvidos, muitas vezes encontramos um senso de previsão do período da morte; isto é incidental ao contato egoico e à percepção dos desejos do ego. Às vezes há um conhecimento do dia exato da morte, junto com a conservação da autodeterminação até o momento final da retirada. No caso dos iniciados há muito mais do que isto. Há uma compreensão inteligente das leis de abstração, o que capacita aquele que efetua a transição a se retirar conscientemente e com plena percepção vigílica do corpo físico, e então atuar no plano astral. Isto implica na conservação da continuidade da consciência, de maneira que não há interrupção de continuidade entre o senso de percepção no plano físico e o estado posterior à morte. O homem se considera tal como era antes, embora sem um mecanismo com o qual fazer contato no plano físico. Permanece consciente dos sentimentos e pensamentos daqueles que ama, embora não possa perceber nem ter contato com o veículo físico denso. Pode se comunicar com eles no plano astral, ou telepaticamente através da mente, se todos estiverem em harmonia, mas a comunicação que requer o emprego dos cinco sentidos de percepção está necessariamente fora do seu alcance. (TSMB) 2. A morte agora é resultado da vontade da alma. Oportunamente será resultado das vontades unidas da alma e da personalidade e, quando isto acontecer, não haverá medo da morte. Reflitam sobre isto.
(TSMB) 3. O destino dos homens é morrer, pois todo homem deve morrer por instância de sua própria alma.
Quando o homem alcançar uma etapa superior de evolução, ele se retirará do corpo físico com deliberação e uma clara escolha do momento certo. O corpo permanecerá silente e sem alma, desprovido de luz, porém, ileso e íntegro; então se desintegrará de acordo com o processo natural, e os átomos que o constituem voltarão para o “reservatório dos entes que esperam”, até serem novamente requeridos para uso das almas encarnantes. O processo então se repete, novamente, no aspecto subjetivo da vida, mas muitas almas já aprenderam a se retirar do corpo astral sem ficar sujeitas ao “impacto na névoa”, que é uma forma simbólica de descrever a morte de um homem no plano astral. Em seguida, ele se retira para o nível mental e deixa a carcaça astral para dilatar a névoa e aumentar sua densidade. (Cura Esotérica,) 4. Talvez seja preferível (e muitas vezes é) deixar que a doença faça o seu trabalho e a morte abra para a alma a porta de saída do aprisionamento. Inevitavelmente chega o momento, para todos os seres encarnados, em que a alma exige liberação do corpo e da vida da forma, e a natureza tem seus próprios e sábios métodos para fazê-lo. Doença e morte devem ser reconhecidas como fatores liberadores, quando se produzem como resultado do momento certo escolhido pela alma. Os estudantes deverão compreender que a forma física é um aglomerado de átomos estruturados em organismos e, finalmente, em um corpo coerente, o qual se mantém unido pela vontade da alma. Retrair essa vontade para o seu próprio plano ou (como expressa a linguagem ocultista) “deixar que o olho da alma se vire para outra direção” faz que, inevitavelmente, sobrevenham a doença e a morte naquele ciclo. Não se trata de um erro mental ou do fracasso de reconhecer a divindade ou de sucumbir ao mal. Na realidade, é a dissolução da natureza forma, em suas partes componentes e essência básica. A doença é essencialmente um aspecto da morte. É o processo pelo qual a natureza material e a forma substancial se preparam para a separação da alma. (Cura Esotérica) 5. A extensão de vida oportunamente será encurtada ou alongada, segundo a vontade das almas que servem conscientemente e usam o mecanismo do corpo como instrumento para servir ao Plano. Com frequência, nos dias de hoje, há preservação de vidas na forma – tanto na velhice como na infância – às quais se poderia muito bem permitir a liberação. Elas não cumprem nenhum propósito útil e causam muita dor e sofrimento às formas que a natureza não mais usaria e extinguiria (se lhe fosse permitido atuar).
Observem estas palavras. Pela ênfase excessiva ao valor dado à vida da forma, pelo medo universal da morte – a grande transição que todos devemos enfrentar – e pela nossa incerteza sobre a realidade da imortalidade e devido ao nosso profundo apego à forma, detemos o processo natural e nos aferramos à vida, que luta por se liberar, confinada em corpos muito inadequados para os propósitos da alma. Não me interpretem mal. Não tenho a intenção de dizer nada que seja incentivo ao suicídio. Mas digo sim, e o digo com ênfase, que a Lei do Carma muitas vezes fica em suspenso quando as formas se mantêm em expressão coerente, as quais deveriam ter sido descartadas, pois não servem a nenhum propósito útil. Na maioria dos casos, esta preservação é imposta pelo grupo a que pertence o sujeito e não pelo próprio sujeito – muitas vezes sendo um inválido inconsciente, um idoso, cujos mecanismos de contato e resposta estão imperfeitos, ou um bebê que não é normal. Tais casos são exemplos definidos da neutralização da Lei do Carma. (Cura Esotérica) 6. Dois conceitos principais servirão para esclarecer o tema da morte, que estamos tratando agora:
Primeiro, o grande dualismo sempre presente na manifestação. Cada dualidade tem sua própria expressão, é regida por suas próprias leis e busca seus próprios objetivos. Porém – em tempo e espaço – fundem seus interesses para benefício de ambas, e juntas produzem a aparência de uma unidade. Espírito-matéria, vidaaparência, energia-força – cada um tem seu próprio aspecto emanante; cada um tem relação entre si, cada um tem um objetivo mútuo temporário e assim, em uníssono, produzem o fluxo eterno, o cíclico fluxo e refluxo da vida em manifestação. Neste processo de relação entre Pai-Espírito e Mãe-Matéria, o filho surge, e durante a etapa infantil realiza seus processos de vida dentro da aura da mãe, e embora identificado com ela, procura sempre escapar do seu domínio. Quando chega à maturidade, o problema se intensifica e “a atração” do pai começa lentamente a neutralizar a atitude possessiva da mãe, até que, finalmente, é rompido o domínio exercido pela matéria ou mãe sobre o filho (a alma). O filho, o Cristo-Menino, liberado da tutela e das mãos protetoras da mãe, vem a conhecer o Pai. Estou falando em símbolos.
Segundo: Todos os processos da encarnação, da vida na forma e da restituição (pela atividade do princípio morte), de matéria a matéria e de alma a alma, são implementados sob a grande Lei universal da Atração. Podem imaginar uma época em que o processo da morte, claramente reconhecido e bem acolhido pelo homem, seja descrito pela simples frase: Chegou a hora em que a força atrativa da minha alma requer que eu abandone e restitua meu corpo ao lugar de onde veio”? Imaginem a mudança na consciência humana, quando a morte for considerada um simples ato de abandonar a forma”. (Cura Esotérica) 7. Quando consideramos a morte do corpo físico, em seus dois aspectos, surge um pensamento: a integridade do homem interno. Ele permanece. Está intacto e desimpedido: é um agente livre no que diz respeito ao plano físico, e agora responde apenas a três fatores predisponentes:
1. A qualidade do seu instrumental astral-emocional.
2. A condição mental em que vive habitualmente.
3. A voz da alma, muitas vezes pouco conhecida, mas, às vezes, muito conhecida e amada.
A individualidade não é perdida, trata-se da mesma pessoa, ainda presente no planeta. Desapareceu apenas o que era parte integrante da aparência tangível do nosso planeta. Aquele que foi amado ou odiado, que foi útil para a humanidade ou dependente dela, que serviu à raça ou foi um membro improdutivo, ainda persiste, ainda está em contato com os processos qualitativos e mentais da existência, e permanecerá eternamente – individual, qualificado pelo tipo de raio, parte do reino das almas e um alto iniciado por direito próprio. (Cura Esotérica) 8. Doença e morte são condições essencialmente inerentes à substância; enquanto o homem se identificar com o aspecto forma estará condicionado pela Lei de Dissolução. Esta lei, fundamental e natural, rege a vida da forma em todos os reinos da natureza. Quando o discípulo ou iniciado está se identificando com a alma e o antahkarana está construído por meio do princípio vida, o discípulo sai do controle desta lei universal e natural e usa ou descarta o corpo à vontade – pela demanda da vontade espiritual ou pelo reconhecimento das necessidades da Hierarquia ou dos propósitos de Shamballa. (Cura Esotérica) 9. Durante todo este período, uma encarnação sucede a outra e o processo bem conhecido da morte continua acontecendo entre os ciclos de experiência. No entanto, as três mortes – física, astral e mental – procedem com um constante despertar do estado de percepção, à medida que a mente inferior se desenvolve; o homem deixa de deslizar – adormecido e desconhecedor – para fora dos veículos etérico, astral e mental, e cada morte se torna um evento como é a morte física.Finalmente, chega o momento em que o discípulo morre com deliberação e em plena consciência e, com real conhecimento, abandona seus distintos veículos. Gradualmente a alma assume o controle e então o discípulo produz a morte por um ato de vontade da alma, sabendo exatamente o que está fazendo. (Cura Esotérica) 10. A vida pode ser prolongada e muitas vezes é prolongada depois que a alma decidiu se retirar para seu plano. A vida dos átomos dos senhores lunares pode ser nutrida durante longo tempo, e isto aumenta a angústia do homem espiritual, que se dá conta do processo e da intenção da sua alma. O que é mantido vivo é o corpo físico, mas o interesse do verdadeiro homem já não está mais enfocado nele. (Cura Esotérica)21. A CREMAÇÃO E A LIBERAÇÃO DA ALMA 1.
Em termos ocultos, a cremação é necessária por duas razões principais. Acelera a liberação dos veículos sutis (que ainda envolvem a alma) do corpo etérico, produzindo assim a liberação em algumas horas, em vez de alguns dias; é também um meio muito necessário de purificar o plano astral e impedir a tendência do desejo de “se movimentar para baixo”, o que tanto prejudica a alma encarnante. (Cura Esotérica) 2. Pela aplicação do fogo, todas as formas são dissolvidas; quanto mais rapidamente o veículo físico humano for destruído, tanto mais rápido será rompido seu aferro sobre a alma que se retira. Muitos despropósitos foram ditos na literatura teosófica atual sobre a equação tempo com relação à destruição sequencial dos corpos sutis. Diga-se, porém, que no momento em que a verdadeira morte é cientificamente estabelecida (pelo médico ortodoxo encarregado do caso) e que se tenha determinado que nenhuma chispa de vida permaneceu no corpo físico, a cremação é possível. Esta total ou verdadeira morte acontece quando o fio da consciência e o fio da vida se retiram totalmente da cabeça e do coração. Ao mesmo tempo, uma atitude de respeito e delicadeza tem seu justo lugar neste processo. A família da pessoa falecida necessita de algumas horas para se adaptar ao fato do iminente desaparecimento da forma externa e, em geral, amada; também deve cumprir as formalidades exigidas pelo estado ou prefeitura. Este elemento tempo se destina principalmente aos que ficam, aos vivos, e não ao morto. A pretensão de que o corpo etérico não deve ser cremado precipitadamente e a crença de que ele deve deambular durante um período determinado de vários dias, também não têm base real; para ele não há nenhuma necessidade de adiamento. Quando o homem interno se retira de seu veículo físico, retira-se simultaneamente do corpo etérico. É verdade que o corpo etérico pode deambular por um longo período no “campo de emanação”, quando o corpo físico é enterrado, e que muitas vezes persistirá até a total desintegração do corpo denso. O processo de mumificação, tal como praticado no Egito, e o embalsamamento, tal como praticado no Ocidente, foram responsáveis pela perpetuação do corpo etérico, às vezes durante séculos. É especialmente o caso quando a múmia ou a pessoa embalsamada foi um indivíduo maligno durante a vida; o corpo etérico que paira, muitas vezes é “possuído” por uma entidade ou força maligna. É esta a causa dos ataques e desastres que com frequência perseguem aqueles que descobrem tumbas antigas e seus habitantes, múmias antigas, e as levam, elas e suas posses, à luz. Onde a cremação é regra geral, não só há a imediata destruição do corpo físico e sua restituição à fonte de substância, como o corpo vital também é rapidamente dissolvido e suas forças são arrastadas pela corrente ígnea para o reservatório de energias vitais… Se for necessário esperar, devido a sentimentos da família ou a requisitos da prefeitura, a cremação deveria ocorrer dentro das trinta e seis horas após a morte; quando não houver razão para esperar, a cremação pode ser corretamente permitida após doze horas.
Contudo, é prudente esperar doze horas, para assegurar que se produziu a verdadeira morte. (Cura Esotérica)22. A REENCARNAÇÃO 1. O aparecimento dos jivas encarnantes (vidas) no plano físico será regido:
Primeiro, pelo impulso baseado na vontade-propósito da Vida que anima o conjunto de grupos pertencentes a qualquer sub-raio ou a um dos sete grupos maiores.
Segundo, pelo impulso baseado na vontade, matizada pelo desejo, da Vida que anima o grupo egoico de um homem.
Terceiro, pelo impulso baseado no desejo do Ego por se manifestar no plano físico.
À medida que a identificação de um homem com seu grupo amadurece, o impulso do desejo se modifica, até que, a certa altura, é substituído pela vontade grupal. Ao se meditar sobre isto, ficará evidente que os Egos não vêm à encarnação cada um por sua vez, mas de acordo com o impulso grupal e, portanto, em forma coletiva. (Tratado sobre o Fogo Cósmico) 2. Você estabeleceu um ritmo mental que nada pode mudar, que será um potente incentivo para determinar o momento do seu retorno quando esta encarnação chegar ao fim, e o tipo de veículo que, como alma, você construirá, assim como a natureza da raça, nação e o campo de serviço que a alma sobrepairante incumbirá à personalidade. (Discipulado na Nova Era, Volume II) 3. A teoria da reencarnação… está se tornando cada vez mais popular no Ocidente; sempre foi aceita no Oriente (embora com muitos acréscimos e interpretações insensatas). Esses ensinamentos foram tão distorcidos como os ensinamentos de Cristo, Buda e Shri Krishna por seus teólogos de mente estreita e limitada. Os fatos básicos de uma origem espiritual, de uma descida à matéria, de uma ascensão por meio de constantes encarnações na forma, até que essas formas sejam expressões perfeitas da consciência espiritual que mora internamente, e de uma série de iniciações, ao se aproximar do fim do ciclo de encarnações, estão sendo mais rapidamente aceitos e reconhecidos como nunca antes. (Cura Esotérica) 4. As almas avançadas e as que estão desenvolvendo aceleradamente sua capacidade intelectual retornam com grande rapidez, devido à resposta sensível à atração que exercem as obrigações, os interesses e as responsabilidades já estabelecidos no plano físico…
O homem reencarna sem pressão de tempo. Encarna de acordo com as exigências da responsabilidade cármica, sob a atração do que ele, como alma, iniciou, e devido à necessidade percebida de cumprir obrigações instituídas; encarna também por um senso de responsabilidade e para cumprir os requisitos impostos por um quebrantamento anterior de leis que regem as corretas relações humanas.
Quando estes requisitos, necessidades da alma, experiências e responsabilidades estiverem atendidos, penetra permanentemente “na clara e fria luz de amor e vida”, e não mais necessita (no que lhe diz respeito) da etapa infantil da experiência da alma na Terra. Está livre das imposições cármicas nos três mundos, mas se encontra ainda sob o impulso da necessidade cármica, que reclama dele o máximo serviço que esteja em posição de prestar àqueles que ainda se encontram sob a Lei da Dívida Cármica. Portanto, temos três aspectos da Lei do Carma, na medida que afetam o princípio de renascimento. (Cura Esotérica) (a) A Lei do Renascimento 1. Esta Lei é o principal corolário da Lei de Evolução. Nunca foi captada nem entendida de maneira adequada no Ocidente e, no Oriente, onde é reconhecida como um princípio regente da vida, não se mostrou útil, pois o efeito que exerce é de amortecimento, prejudicando o progresso. O estudante oriental considera que ela lhe dá muito tempo, e isso tem neutralizado o esforço impulsionador para atingir o objetivo. O cristão comum confunde a Lei do Renascimento com o que chama de “transmigração das almas” e muitas vezes acredita que a Lei do Renascimento significa que os seres humanos passam para corpos de animais ou de formas inferiores de vida. Não é assim, em absoluto. À medida que a vida de Deus progride por meio de uma forma para outra, a vida nos reinos subumanos da natureza também avança gradualmente, das formas minerais para as formas vegetais e destas formas vegetais para formas animais; da etapa da forma animal, a vida de Deus passa para o reino humano e se torna sujeita à Lei do Renascimento e não à Lei da Transmigração. Para quem sabe alguma coisa sobre a Lei do Renascimento ou da Reencarnação, esse erro parece um disparate.
A doutrina ou teoria da reencarnação enche o cristão ortodoxo de horror; apesar disso, fazendo a ele a pergunta que os discípulos expuseram ao Cristo sobre o cego: “Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que nascesse cego?” (Jo 9:2), negam as implicações, ou melhor, zombam ou se mostram consternados…
Se o Cristo ensinar universalmente a meta das corretas relações humanas, a ênfase de Seu ensinamento será, então, a Lei do Renascimento. Assim será inevitavelmente, pois no reconhecimento desta lei estará a solução de todos os problemas da humanidade e a resposta a muito do questionamento humano.
Esta doutrina será uma das notas dominantes da nova religião mundial, assim como um agente esclarecedor para melhor entendimento dos assuntos mundiais. Quando o Cristo esteve aqui antes, em pessoa, enfatizou a realidade da alma e o valor do indivíduo. Disse aos homens que podiam ser salvos pela vida da alma e pelo Cristo no interior do coração humano. Disse também que “ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo” (Jo 3:3). Somente almas podem atuar como cidadãs deste Reino e foi essa atuação privilegiada que Ele sustentou pela primeira vez diante da humanidade, dessa maneira dando aos homens uma visão de uma possibilidade divina e de uma conclusão inalterável para a experiência. Disse a eles: “Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês” (Mt 5:48).
Desta vez, Ele ensinará aos homens o método pelo qual esta possibilidade poderá ser um fato consumado – por meio do constante retorno da alma encarnante à escola da vida na Terra, a fim de ser submetida ao processo de aperfeiçoamento, do qual Ele foi o exemplo relevante. É este o sentido do ensinamento da reencarnação…
É preciso lembrar que praticamente todos os grupos e textos esotéricos enfatizaram de maneira imprudente as encarnações passadas e a recuperação das mesmas; recuperação essa que é incapaz de qualquer verificação lógica – qualquer um pode dizer e alegar o que quiser; o ensinamento se apoia em leis imaginárias, que regeriam a equação tempo e o intervalo entre as vidas, esquecendo-se de que o tempo é uma faculdade da consciência cerebral e que, separado do cérebro, o tempo é inexistente; salientando sempre uma apresentação fictícia das relações. O ensinamento (dado até agora sobre a reencarnação) fez mais mal do que bem. Somente um fator permanece relevante: a existência da Lei do Renascimento agora é debatida por muitos e aceita por milhares.
Além do fato de que há esta lei, pouco sabemos e aqueles que sabem por experiência sobre a natureza real deste retorno rejeitam enfaticamente os pormenores insensatos e improváveis que os grupos teosóficos e ocultistas expõem como fatos. A Lei existe; quanto aos mecanismos de sua atuação ainda não sabemos nada. Apenas poucas coisas exatas podem ser ditas sobre o tema e elas não admitem contestação.
1. A Lei do Renascimento é uma grande lei natural do nosso planeta.
2. É um processo instituído e sustentado nos termos da Lei da Evolução.
3. Está estreitamente relacionada e condicionada pela Lei de Causa e Efeito.
4. É um processo de desenvolvimento progressivo, habilitando o homem a avançar das formas mais grosseiras de materialismo irracional à perfeição espiritual e à percepção inteligente, podendo assim se tornar membro do Reino de Deus.
5. Explica as diferenças entre os homens e – em conexão com a Lei de Causa e Efeito (denominada Lei do Carma no Oriente) – explica as diferentes circunstâncias e atitudes frente à vida.6. É a expressão do aspecto vontade da alma e não resultado de decisão de nenhuma forma; é a alma em todas as formas que reencarna, escolhendo e construindo os veículos físico, emocional e mental adequados com os quais aprender as próximas lições necessárias.
7. A Lei de Renascimento (no que se refere à humanidade) entra em atividade no plano da alma. A encarnação é motivada e dirigida do nível da alma no plano mental.
8. As almas encarnam em grupos, ciclicamente, nos termos da lei e a fim de estabelecerem corretas relações com Deus e com os semelhantes.
9. O desenvolvimento progressivo, nos termos da Lei do Renascimento, é amplamente condicionado pelo princípio mental, pois “como o homem pensa em seu coração, assim ele é”. Estas breves palavras merecem uma cuidadosa reflexão.
10. Nos termos da Lei do Renascimento, o homem desenvolve lentamente a mente, em seguida a mente começa a controlar o sentimento, a natureza emocional e, finalmente, revela a alma, sua natureza e ambiente ao homem.
11. Nessa altura de seu desenvolvimento, o homem começa a trilhar o Caminho de Retorno e a se orientar, gradualmente (após muitas vidas) para o Reino de Deus.
12. Quando o homem – por meio de uma capacidade mental desenvolvida, de sabedoria, de serviço prático e de entendimento – aprendeu a não pedir nada para o eu separado, renuncia ao desejo pela vida nos três mundos e é liberado da Lei do Renascimento.
13. Ele então tem consciência grupal, é consciente de seu grupo de alma e da alma em todas as formas, alcançando – como Cristo postulou – a etapa de perfeição crística, chegando à “medida da plenitude do Cristo” (Ef 4:13).