14. A ALMA …continução
Quando a alma agrega uma consciência do propósito sintético divino (que chamamos de Plano) à sensibilidade, à qualidade, à autoconsciência, à consciência de grupo, temos então o estado de ser e conhecimento que caracteriza todos os que estão no Caminho da Iniciação, e inclui as Vidas graduadas, do discípulo mais avançado até o próprio Logos Planetário.
Não nos esqueçamos, ao fazer estas diferenciações, de que no entanto existe uma só Alma, a qual funciona e atua através de veículos de diversas capacidades e distintos refinamentos, com maiores e menores limitações, assim como um homem constitui uma só identidade que atua às vezes mediante um corpo físico e outras através de um corpo sensório, ou de um corpo mental e outras, ainda, chega a se conhecer como o Eu – acontecimento raro e pouco comum ainda para a maioria. (Psicologia Esotérica, Volume I) (c) O Cristo Interno 1. Quando a humanidade tiver certeza da sua divindade e imortalidade e tiver adquirido conhecimento sobre a natureza da alma e o reino no qual a alma atua, sua atitude em relação à vida diária e aos assuntos em curso passarão por tal transformação que veremos verdadeiramente surgir um novo céu e uma nova terra. Esta entidade central, dentro de cada forma humana, sendo reconhecida e sabendo-se o que essencialmente é, e sua divina persistência estabelecida, necessariamente veremos o começo do reinado da Lei divina na Terra – uma lei imposta sem resistência nem rebelião. Esta reação benéfica se produzirá porque os pensadores da raça se fusionarão em uma percepção geral da alma e uma consequente consciência grupal permitirá ver o propósito subjacente à atuação da lei.
Explicarei isto de forma mais simples. Sabemos pelo Novo Testamento que devemos procurar que a mente em Cristo se manifeste também em nós. Trabalhamos para aperfeiçoar a regência do Cristo na Terra e aspiramos desenvolver a consciência crística e estabelecer a regência ou lei do Cristo, que é o amor.
Isto se tornará realidade na era aquariana e veremos o estabelecimento da fraternidade na Terra. A regência do Cristo é a predominância das leis espirituais básicas. A mente do Cristo é uma frase que transmite o conceito da regência do amor inteligente divino que estimula o domínio da alma que está em todas as formas e traz o reinado do espírito. Não é fácil expressar a natureza da revelação que está a caminho. Implica no reconhecimento por parte dos homens, de que a “substância mental”, como chamam os hindus, com a qual estão relacionadas suas próprias mentes e da qual são parte integrante seus corpos mentais, é também parte da mente do Cristo, o Cristo Cósmico, de Quem o Cristo histórico é – em nosso planeta – o representante consagrado. Quando os homens, por meio da meditação e do serviço grupal, tiverem desenvolvido a percepção de suas próprias mentes controladas e iluminadas, perceberão que entraram na consciência do verdadeiro ser e em um estado de conhecimento pelo qual comprovarão, fora de toda dúvida e controvérsia, a realidade da existência da alma.
O Mistério das Eras está à beira de ser revelado, e pela revelação da alma, o mistério que está oculto será revelado. Os Textos Sagrados do mundo, como já sabemos, sempre profetizaram que ao fim da era veremos a revelação do que é secreto e o surgimento à luz do dia do que até então estava oculto e velado.
Nosso presente ciclo é o fim da era e os próximos duzentos anos verão a abolição da morte, tal como agora compreendemos essa grande transição, e o estabelecimento da realidade da existência da alma. A alma será conhecida como uma entidade e como impulso motivador e centro espiritual que está por trás de todas as formas manifestadas. Em poucas décadas certas grandes crenças serão comprovadas. (Psicologia Esotérica, Volume I) 2. O homem individual e sua alma também estão procurando se unir, e quando esta união se realizar, o Cristo nascerá na caverna do coração e será visto na vida diária com crescente poder. (Psicologia Esotérica, Volume I) 3. Surgimento à manifestação do aspecto subjetivo no homem. Um dos objetivos da evolução consiste em que seja reconhecida oportunamente a realidade subjetiva. Isto pode ser expresso de várias maneiras simbólicas, contendo todas o mesmo fato da natureza:
O nascimento do Cristo interno.
O brilho da irradiação interna ou glória.
A manifestação do segundo aspecto ou aspecto Amor.
A manifestação do Anjo Solar.
O aparecimento do Filho de Deus, o Ego, a alma imanente.
A plena expressão de budi, à medida que utiliza manas.
Como se produz este surgimento à manifestação é possível deduzir das frases seguintes:
O refinamento dos corpos, os quais constituem a envoltura que oculta a realidade.
O processo de “retirar os véus”, a fim de que um por um os corpos que velam o Ego se tornem transparentes, permitindo que a natureza divina brilhe plenamente.
A expansão de consciência, conquistada pela capacidade do Eu de se identificar como o Observador, com sua verdadeira natureza, sem considerar a si mesmo como o órgão de percepção. (Os Raios e as Iniciações) (d)O Corpo Etérico, o Símbolo da alma O grande símbolo da alma no homem é seu corpo etérico ou vital, pelas seguintes razões:
1. É a analogia física do corpo interno de luz, que chamamos de corpo da alma, o corpo espiritual.
Na Bíblia é denominado de “vaso dourado” e se caracteriza por:
a. Sua qualidade de luz.
b. Seu grau de vibração, que se sincroniza sempre com o desenvolvimento da alma.
c. Sua força coerente, vinculando e conectando todas as partes da estrutura corpórea.
2. É a microcósmica “rede de vida”, pois subjaz em todas as partes da estrutura física e tem três propósitos:
a. Transportar o princípio vital por todo o corpo, a energia que produz atividade, o que faz por meio do sangue, sendo o coração o ponto focal desta distribuição. É o portador da vitalidade física.
b. Possibilitar que a alma humana ou homem espiritual se ponha em relação com o ambiente, o que se realiza por intermédio de todo o sistema nervoso, sendo o cérebro o ponto focal desta atividade. É a sede da receptividade consciente.c. Produzir oportunamente, por meio da vida e da consciência, uma atividade irradiante ou manifestação de glória, que fará de cada ser humano um centro de atividade para a distribuição de luz e energia atrativa para terceiros no reino humano e, através deste, para os reinos subumanos. Isto é parte do plano do Logos planetário, cuja finalidade é vitalizar e renovar a vibração destas formas que designamos de subumanas.
3. Este símbolo microcósmico da alma não só é a base de toda a estrutura física, símbolo da Anima Mundi ou alma do mundo, como é indivisível, coerente e uma entidade unificada, e assim simboliza a unidade e homogeneidade de Deus. Não existem organismos separados nele, mas apenas um corpo de força que flui livremente…
4. Este corpo de luz e energia coerente e unificado é o símbolo da alma, pois contém dentro de si sete pontos focais…
5. Se lembrarmos que o corpo etérico vincula o corpo estritamente físico ou denso, com o corpo puramente sutil, o astral ou emocional, então o símbolo também se aplica aqui. Nisto vemos o reflexo da alma no homem, que vincula os três mundos (correspondentes aos aspectos sólido, líquido e gasoso, do corpo estritamente físico do homem) com os planos superiores do sistema solar, vinculando, assim, o plano mental com o búdico e a mente com os estados de consciência intuitivos. (TSMB) (e) Emergência e Progresso da alma 1. A vida no coração do sistema solar está produzindo um desenvolvimento evolutivo das energias deste universo que o homem finito ainda não consegue imaginar. Analogamente, o centro de energia que denominamos de aspecto espiritual do homem (mediante a utilização da matéria ou substância), está produzindo um desenvolvimento evolutivo daquilo que chamamos de alma, que é a mais elevada das manifestações da forma – o reino humano. O homem é o produto mais elevado da existência nos três mundos. Quero expressar por homem, o homem espiritual, um filho de Deus em encarnação. As formas de todos os reinos da natureza – humano, animal, vegetal e mineral – contribuem para esta manifestação. A energia do terceiro aspecto da divindade tende à revelação da alma ou segundo aspecto, o qual, por sua vez, revela o aspecto mais elevado. Devemos lembrar que A Doutrina Secreta, Volume I, de H. P. Blavatsky expressa esta ideia com precisão nas seguintes palavras: “Consideramos a vida como a única forma de existência, manifestando-se no que chamamos de matéria ou que, separando-a incorretamente, denominamos de espírito, alma e matéria no homem. Matéria é o veículo para a manifestação da Alma neste plano de existência, e a Alma é o veículo em um plano mais elevado para a manifestação do Espírito, e estes três são uma Trindade, sintetizada pela Vida, que compenetra a todos”.
A alma se desenvolve pelo uso da matéria, e chega à culminação na alma do homem. (TSMB) 2. Por este método de criação, as existências vêm à manifestação, participam de um dado ciclo de experiências, quer seja efêmero como a vida de uma borboleta ou relativamente permanente como a vida animadora de uma deidade planetária e, em seguida, desaparecem. Os dois aspectos envolvidos, espírito e matéria, são postos em estreita relação e necessariamente exercem efeito um sobre o outro. A assim chamada matéria é energizada ou “elevada” no sentido oculto do termo, por seu contato com o espírito, e o Espírito, por sua vez, pode elevar as suas vibrações através da experiência na matéria. A união destes dois aspectos divinos resulta no surgimento de um terceiro, que chamamos de alma e, através da alma, o espírito desenvolve a sensibilidade, a percepção consciente e a capacidade de resposta, que se torna sua posse permanente quando, afinal e ciclicamente, produz-se a dissociação de ambos. (TSMB) 3. Tocamos nas três grandes divisões que marcam o progresso da alma em direção ao seu objetivo.
Pelo processo da individualização, a alma chega a uma verdadeira autoconsciência e percepção nos três mundos da experiência; o ator, no drama da vida, domina seu papel. Pelo processo da Iniciação, a alma se torna consciente da natureza essencial da divindade. A participação plenamente consciente com o grupo e a absorção do pessoal e individual no Todo caracterizam esta etapa do caminho de evolução. Por último, chega o misterioso processo em que a alma fica absorvida de tal maneira na Realidade e Síntese supremas, mediante a Identificação, que até a própria consciência do grupo se desvanece (exceto quando é premeditadamente recuperada em prol do serviço). Então nada mais se conhece, exceto a Deidade — não há separação entre as partes, não há sínteses menores e nenhuma divisão ou diferenciação. Seria possível dizer que durante estes processos três correntes de energia atuam sobre a consciência do homem que vai despertando:
a. A energia da própria matéria, ao afetar a consciência do homem espiritual interno que está usando a forma como meio de expressão.
b. A energia da própria alma ou Anjo Solar, à medida que é vertida sobre os veículos e produz uma energia recíproca na forma.
c. A energia da própria vida, frase sem sentido e que somente os iniciados da terceira iniciação podem captar, pois nem mesmo as descobertas da ciência moderna dão uma ideia real sobre a verdadeira natureza da vida. (Psicologia Esotérica, Volume II) 4. Tal é o programa para a humanidade no que diz respeito ao desenvolvimento da consciência humana. Em última análise, toda a ênfase do processo evolutivo coloca-se no desenvolvimento da consciente e inteligente percepção da vida que anima as diversas formas. O estado exato de percepção depende da idade da alma. No entanto, a alma não tem idade do ponto de vista do tempo, tal como a humanidade o entende. É atemporal e eterna. Ante a alma passa o caleidoscópio dos sentidos e o drama recorrente da existência fenomênica externa; mas através de todos estes acontecimentos que se sucedem em tempo e espaço, a alma sempre mantém a atitude do Espectador e do Observador que percebe. Ela observa e interpreta. Nas primeiras etapas, quando a “consciência lemuriana” caracteriza o homem fenomênico, o aspecto fragmentário da alma, que mora na forma e a anima e implanta no homem qualquer consciência verdadeiramente humana que possa possuir, encontra-se inerte, incipiente e desorganizada; não possui mentalidade, tal como a compreendemos, e somente se caracteriza pela identificação total com a forma física e suas atividades. É um período de lentas reações tamásicas ao sofrimento, à alegria, à dor, ao anseio, à satisfação do desejo e à intensa ansiedade subconsciente de progredir. No transcurso das vidas aumenta de forma lenta a capacidade de se identificar conscientemente e aumenta o desejo de um maior campo de satisfações; a alma que mora e anima se oculta mais profundamente, e é prisioneira da natureza forma. Todas as forças da vida se concentram no corpo físico e, em consequência, os desejos que se expressam são de ordem física; há também uma tendência maior a ter desejos mais sutis como os que evoca o corpo astral. Gradualmente, a identificação da alma com a forma se transfere da forma física para a astral.
Até ali não há nada que possa se denominar personalidade. Há somente um corpo físico vivo e ativo, com seus desejos, necessidades e apetites, conjuntamente com a transferência lenta, mas constante, de uma mudança da consciência, do veículo físico para o astral.
Com o tempo, e esta transferência realizada com êxito, a consciência deixa de estar totalmente identificada com o veículo físico, centralizando-se no corpo astral-emocional. Então o foco de atenção da alma, atuando através do homem que evolui lentamente, reside no mundo de desejos e a alma se identifica com outro mecanismo de resposta, o corpo de desejo ou astral. Sua consciência se converte então em “consciência atlante”. Seus desejos já não são mais tão vagos nem incipientes, pois até agora somente diziam respeito às necessidades e apetites fundamentais – primeiro, o instinto de autoconservação; segundo, a autoperpetuação pelo anseio de se reproduzir e, em último lugar, a satisfação das necessidades econômicas. Nesta etapa temos o estado de percepção da criança e do selvagem. Contudo, de forma gradual, vai se produzindo uma crescente compreensão interna do desejo em si e se põe menos ênfase nas satisfações físicas. A consciência começa a responder com lentidão ao impacto da mente e ao poder de discriminar e a escolher entre vários desejos; então começa a se capacitar para empregar o tempo de forma um tanto mais inteligente. Começa a sentir prazeres mais sutis; os desejos são menos grosseiros e físicos; aparece o desejo pelo belo e um tênue sentido dos valores estéticos. Sua consciência se torna mais astral-mental ou kamamanásica e a tendência das suas atividades diárias ou modos de viver e seu caráter tendem a se expandir, desenvolver e melhorar. Embora ainda continue dominado, durante a maior parte do tempo, por desejos irracionais, o campo das suas satisfações e desejos sensórios é menos animal e mais definidamente emocional. Começa a se dar conta dos seus estados de ânimo e sentimentos; invade-o um vago desejo de encontrar a paz e a ânsia de encontrar esse algo nebuloso chamado “felicidade”, fatores que começam a desempenhar a sua parte. Isto corresponde ao período da adolescência e ao estado de consciência denominado atlante, o qual constitui a condição das massas nos tempos atuais. A maioria dos seres humanos continua sendo atlante, ainda é puramente emocional nas reações e abordagem à vida. Está ainda regida predominantemente por desejos egoístas e pelos impulsos instintivos da vida. Nossa humanidade terrestre continua na etapa atlante, enquanto que os intelectuais, os discípulos e os aspirantes do mundo vão superando rapidamente esta etapa, pois conseguiram a individualização na cadeia lunar, e foram os atlantes do passado…
As pessoas mais evoluídas do mundo possuem um corpo mental ativo, e isto ocorre em grande escala em nossa civilização ocidental. A energia do raio ao qual pertence o corpo mental começa a afluir e vai se afirmando lentamente. Quando isto acontece, a natureza de desejos é controlada e, em consequência, a natureza física pode se tornar um instrumento mais definido dos impulsos mentais. A consciência cerebral começa a se organizar e o foco das energias a se transferir gradualmente dos centros inferiores para os superiores. O gênero humano está atualmente desenvolvendo a “consciência ariana” e alcançando a maturidade. Nas pessoas mais evoluídas temos também a integração da personalidade e o controle definido do raio da personalidade, com o consequente aferramento sintético e coerente dos três corpos fusionados em uma unidade ativa. Posteriormente, a personalidade se torna o instrumento da alma imanente.
(Psicologia Esotérica, Volume II) (f) O Anjo da Presença 1. Diz-se que os “pensamentos são coisas” e que produzem resultados tangíveis. Diz-se também que “como um homem pensa em seu coração, assim ele é” e, em consequência, estas manifestações tangíveis do pensamento produzem incontestavelmente efeitos sobre ele. Estas antigas verdades bem conhecidas contêm muita instrução, muita luz e compreensão, e a pista para o seu problema imediato. Qual é a situação, meu irmão? Você, como alma em encarnação, é conscientemente sabedor do fato – em nível subjetivo e muitas vezes vagamente percebido – do seu Eu real, do Anjo Solar, que é o Anjo da Presença. Seu problema é aprofundar este entendimento e se saber como o Anjo que permanece entre você, o homem no plano físico e a Presença. Esta questão pode ser esclarecida se considerarmos por um momento que realidade é representada por esta palavra Presença.
O místico é sempre consciente da dualidade; do homem inferior e da alma que mora internamente; do fadigado discípulo e do Anjo; do pequeno eu e do Eu real; da expressão da vida humana e da expressão da vida espiritual. Muitas outras qualidades representam a mesma expressão da realidade. Mas, por trás de todas elas paira – imanente, magno e glorioso – aquilo de que essas dualidades são apenas os aspectos: a Presença imanente, embora transcendente, da Deidade. Todas as dualidades são absorvidas na natureza deste Uno, e todas as distinções e diferenças perdem seus significados.
Quando lhe é dito que desenvolva a consciência da Presença, isso indica, antes de tudo, que você, neste momento, está em parte consciente do Anjo e pode agora começar a responder, vagamente, a esse grande Todo que subjaz no mundo subjetivo do ser, já que este mundo está por trás do mundo físico e tangível da vida diária.
O conhecimento de que todo o planeta está fora daquele recinto no qual você está refletindo sobre as minhas palavras, separado apenas pela janela e pela extensão da sua percepção consciente, simboliza o que foi dito acima. O universo externo do planeta, o sistema solar e os céus estrelados lhe são revelados pelo vidro quando limpo e sem cortinas, mas que se estiver sujo ou coberto será uma barreira para visão.
Isto e a sua capacidade de se projetar na imensidão do universo rege a extensão do seu conhecimento em qualquer momento dado. Reflita sobre isso, irmão, e através da janela da mente, veja a Luz que revela o Anjo, o qual, por sua vez, encobre e oculta a Deidade, tão desconhecida, embora viva e vibrante.
(Discipulado na Nova Era, Volume I) 2. Todo ser humano é, na realidade, um vórtice em miniatura no grande oceano do Ser, no qual ele vive e se move – em incessante movimento até que a alma “exale seu alento sobre as águas” (ou forças) e o Anjo da Presença desça para dentro do vórtice. Tudo então se aquieta. As águas agitadas pelo ritmo da vida, e mais tarde encrespadas violentamente pela descida do Anjo, respondem ao poder curador do Anjo e transformam-se “em um tranquilo remanso, no qual os pequenos podem entrar e encontrar a cura de que necessitam”. Assim diz O Antigo Comentário. (Cura Esotérica)15. A ALMA GRUPAL 1. Assim como em tudo na manifestação, há uma personalidade grupal e uma alma grupal; devemos aprender a distinguir claramente entre as duas e deslocar todo o peso da sua influência, desejo e pressão, a favor do Anjo Grupal. Desta maneira poderia acontecer esse maravilhoso reconhecimento para o qual a iniciação prepara o postulante: a revelação da PRESENÇA. (Espelhismo (Glamour): Um Problema Mundial) 2. Assim como certos seres humanos, por meio da meditação, da disciplina e do serviço, inquestionavelmente fizeram contato com suas próprias almas e, em consequência, podem se tornar canais para expressão da alma e meios para a distribuição no mundo da energia da alma, da mesma maneira estes homens e mulheres orientados, na totalidade, à vida da alma, formam um grupo de almas em relação com a fonte de provisão espiritual. Como grupo, e do ângulo da Hierarquia, estabeleceram um contato e estão “em contato” com o mundo de realidades espirituais. Assim como o discípulo individual estabiliza este contato e aprende a se alinhar rapidamente e então, e somente então, pode entrar em contato com o Mestre de seu grupo e responder inteligentemente ao Plano, da mesma maneira este grupo de almas alinhadas entra em contato com certas Vidas e Forças de Luz maiores, tais como o Cristo e o Buda. A unida aspiração, consagração e devoção inteligente do grupo, eleva os indivíduos que o compõem a alturas impossíveis de alcançar por si sós. O estímulo grupal e o esforço unido impelem todo o grupo a uma intensidade de conscientização que, de outra maneira, seria impossível. Da mesma maneira como a Lei de Atração, ao atuar no plano físico, uniu os homens e mulheres em um esforço grupal, também a Lei de Impulso Magnético pode começar a controlá-los quando, repito, unicamente como grupo, se integrarem em canais para prestar serviço em puro autoesquecimento.
Este pensamento encerra a oportunidade imediata que se abre ante os grupos de aspirantes e pessoas afins de boa vontade no mundo de hoje. Se trabalham juntos como grupos de almas podem realizar muito, o que ilustra também o significado de que esta lei realmente produz a união polar. É necessário compreender que neste trabalho não pode haver nenhuma ambição pessoal, nem mesmo de natureza espiritual, nem se busca nenhuma união pessoal. Não é a união mística das escrituras ou da tradição mística.
Não é alinhamento e união com o grupo de um Mestre ou fusão com o próprio grupo interno de discípulos consagrados, nem sequer com a própria vida de Raio. Peço-lhes que reflitam sobre esta frase. A união que se deve estabelecer é muito mais importante e vital, porque é uma união grupal.
O que estamos procurando fazer é levar adiante um esforço grupal de tal relevância que, no momento correto, produzirá, em seu crescente ímpeto, um impulso magnético tão potente que chegará até as Vidas Que pensam sobre a humanidade e nossa civilização, e Que atuam através dos Mestres da Sabedoria e a Hierarquia reunida. Este esforço grupal evocará d’Eles um impulso responsivo e magnético que reunirá, por meio de todos os grupos aspirantes, as Forças benéficas sobrepairantes. Por meio do esforço concentrado destes grupos mundiais (que subjetivamente constituem o Grupo Uno), a luz, a inspiração e a revelação espiritual poderão ser liberadas com tal afluência de poder que efetuarão definidas mudanças na consciência humana e ajudarão a melhorar as condições deste mundo necessitado. Abrirá os olhos dos homens para as realidades fundamentais, até agora só vagamente percebidas pelo público pensante. (Psicologia Esotérica, Volume II)16. A ALMA DA HUMANIDADE 1. O senso de responsabilidade é uma das primeiras indicações de que a alma do indivíduo está despertando. A alma da humanidade, na atualidade, também está despertando, daí os seguintes indícios:
1. O aumento de sociedades, organizações e grandes movimentos de massa para o melhoramento da humanidade.
2. O crescente interesse do povo pelo bem-estar geral. Até hoje, apenas as altas esferas sociais se interessavam por isso, quer por razões egoístas de autoproteção, quer por um paternalismo inato. Os intelectuais e os profissionais estudaram e investigaram o bemestar público do ponto de vista mental e do interesse científico, com base no geral e material, e a classe média inferior se encontrou, como é natural, envolvida nos mesmos interesses, mas do ponto de vista dos ganhos financeiros e comerciais. Atualmente este interesse desceu às profundezas da ordem social e todas as classes se encontram agudamente despertas e alertas para o bem-estar geral, nacional, racial ou internacional. Isto é muito bom e um sinal de esperança.
3. Os esforços humanitários e filantrópicos estão em seu apogeu, como as crueldades, ódios e anormalidades, que a separatividade, as ideologias nacionalistas excessivamente acentuadas, a agressividade e a ambição engendraram na vida de todas as nações.