13. A ALMA UNIVERSAL (A Anima Mundi)
1. O primeiro postulado é que em nosso universo manifestado existe a expressão de uma Energia ou Vida que é a causa responsável pelas diversas formas e pela vasta Hierarquia de seres sensíveis que compõem a totalidade de tudo quanto há…
Uma só vida impregna todas as formas, as quais são as expressões, em tempo e espaço, da energia universal central. A Vida em manifestação produz existência e ser, portanto é a causa raiz da dualidade.
Esta dualidade, que se percebe quando a objetividade está presente, que desaparece quando o aspecto forma se desvanece, tem muitos nomes, entre os quais, e para fins de clareza, poderíamos enumerar os mais comuns:
- Espírito Matéria
- Vida Forma
- Pai Mãe
- Positivo Negativo
- Escuridão Luz
Os estudantes devem manter na mente esta unidade essencial, ainda quando falem (como deverão falar) em termos finitos desta dualidade, que ciclicamente se evidencia em todas as partes…
A Vida Una, que se manifesta através da matéria, produz um terceiro fator, que é a consciência.
Esta consciência, resultado da união dos dois polos, espírito [Purusha] e matéria [prakite], constitui a alma de todas as coisas; permeia toda substância ou energia objetiva; subjaz em todas as formas, seja a da unidade de energia que chamamos de átomo ou a de um homem, de um planeta ou de um sistema solar. (TSMB)
2. É preciso ter em mente que a alma da matéria, a Anima Mundi, é o fator sensível na própria substância. É a resposta da matéria por todo o universo e a faculdade inata em todas as formas, desde o átomo físico até o sistema solar astronômico, que produz a inegável atividade inteligente que todas as coisas manifestam. Pode ser denominada de energia atrativa, coerência, sensibilidade, vitalidade, percepção ou consciência, mas talvez o mais iluminador seria dizer que a alma é a qualidade manifestada por todas as formas. É aquele algo sutil que diferencia um elemento de outro, um mineral de outro. É a natureza intangível e essencial da forma, que no reino vegetal determina se germinará uma rosa ou uma couve-flor, um olmo ou um agrião; é o tipo de energia que diferencia as variadas espécies do reino animal e faz com que um homem seja distinto de outro em aspecto, natureza e caráter… A solução do problema da vida em si, ainda escapa ao mais sábio e, até que a compreensão da “rede da vida” ou corpo de vitalidade, que fundamenta toda forma e vincula cada parte de uma forma com todas as demais seja reconhecida e compreendida como realidade na natureza, o problema permanecerá insolúvel. (TSMB)
3. A Anima Mundi é o que está por trás da trama da vida. Esta última é apenas o símbolo físico desta alma universal, o sinal externo e visível da realidade interna, a concreção desta entidade sensível que responde e vincula espírito e matéria. Esta entidade é denominada Alma Universal, princípio do meio do ponto de vista da vida planetária. Quando limitamos o conceito à família humana e consideramos o homem individualmente, é chamado de princípio mediador, pois a alma do gênero humano não só é uma entidade que vincula espírito e matéria, mediadora entre a mônada e a personalidade, como também tem uma função singular a desempenhar como mediadora entre os três reinos superiores da natureza e os três inferiores. (TSMB)
4. Discorrendo, como sempre devemos fazer, do universal para o particular, é essencial que a humanidade relacione seu próprio mecanismo com o mecanismo maior (a totalidade da nossa vida planetária) e veja o que denominamos de “sua própria alma” como uma parte infinitesimal da alma do mundo. Também é necessário que o homem estabeleça relação entre sua alma e sua personalidade, considerando ambas como aspectos e partes integrantes da família humana, e assim será cada vez mais.
Este processo está em andamento, como demonstra a firme expansão da consciência grupal, nacional e racial na humanidade. (O Destino das Nações)
5. Falando em termos simbólicos, consideremos agora a Alma Universal ou consciência do Logos que trouxe nosso universo à existência, e consideremos a Deidade, que compenetra com Sua vida a forma do Seu sistema solar, como consciente do Seu trabalho, do Seu projeto e da Sua meta. Este sistema solar é uma aparência, mas Deus permanece transcendente. Dentro de todas as formas, Deus é imanente e, contudo, permanece afastado e retraído.
Assim como um ser humano pensante e inteligente atua por meio do seu corpo, mas mora principalmente em sua consciência mental ou em seus processos emocionais, assim também Deus mora absorvido em Sua natureza mental, e o mundo criado e compenetrado com Sua vida avança para a meta para a qual Ele o criou. Contudo, dentro do raio da Sua forma manifestante, realizam-se grandes atividades; observam-se distintos estados de consciência e etapas de percepção; emergem graus de senciência em desenvolvimento e até mesmo no simbolismo da forma humana temos os diferentes estados de senciência, tal como os registrados pelo cabelo, organismos internos do corpo, sistema nervoso, cérebro e a entidade que chamamos de eu (que registra a emoção e o pensamento). Da mesma maneira, a Deidade, dentro do sistema solar, expressa amplas diferenças de consciência. (Psicologia Esotérica, Volume I)
6. Seria prudente lembrar sempre que no plano da existência da alma não há separação, nem existe “minha alma e tua alma”. Somente nos três mundos da ilusão e de maya pensamos em termos de almas e corpos. Trata-se de verdade oculta muito repetida e bem conhecida, mas enfatizar uma verdade bem conhecida pode deixar perfeitamente claro para vocês a sua exatidão. (Psicologia Esotérica, Volume II)
7. É dito na Bíblia: “N’Ele vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”. Tal afirmação é uma lei fundamental da natureza e a base enunciada da relação que existe entre o componente alma, atuando em um corpo humano, e Deus. Determina também, até onde é possível compreender, a relação entre alma e alma. Vivemos em um oceano de energias. Nós próprios somos um agregado de energias e todas elas estão estreitamente inter-relacionadas e formam o corpo sintético e uno de energia do nosso planeta. (Psicologia Esotérica, Volume II).
14. A ALMA
1. Aceitaremos desde o início a realidade da existência da alma. Não consideraremos os argumentos a favor nem contra a hipótese de que existe uma alma universal, cósmica e divina ou individual e humana.
Para os fins do nosso estudo, a alma existe e supomos a realidade intrínseca da mesma como um princípio fundamental e comprovado. Contudo, aqueles que não aceitam esta suposição podem estudar o livro do ponto de vista de uma hipótese temporariamente aceita, e procurar reunir as analogias e indicações que possam substanciar esse ponto de vista. Para o aspirante e aqueles que procuram comprovar a existência da alma, porque creem que ela exista, esta expressão de suas leis e tradição, natureza, origem e potencialidades vão se tornar um fenômeno que gradualmente aprofundarão e experimentarão. (Psicologia Esotérica, Volume I)
2. Procurarei que este tratado sobre a alma seja relativamente sucinto. Procurarei expressar as verdades abstratas de tal modo que o público em geral, com seu profundo interesse na alma, possa ficar curioso e adquira uma consideração mais profunda do que ainda é uma suposição velada. Na Era aquariana veremos a demonstração da realidade da alma. Temos aqui somente uma tentativa realizada em meio às dificuldades de um período de transição que ainda carece da terminologia necessária para apoiar essa demonstração. (Psicologia Esotérica, Volume I).
3. A alma ainda é uma medida desconhecida. Não ocupa um lugar real nas teorias dos pesquisadores acadêmicos e científicos. Não foi comprovada, e até mesmo os acadêmicos mais liberais a consideram uma hipótese possível, mas que carece de demonstração. Não é aceita como um fato na consciência da raça.
Somente dois grupos de pessoas a aceitam como tal; um deles o crédulo, não evoluído, infantil, educado nos ensinamentos de quaisquer das Escrituras mundiais, que sendo de inclinação religiosa, aceita os postulados da religião, tais como a alma, Deus e a imortalidade sem nenhum questionamento. O outro é o pequeno grupo de Conhecedores de Deus e da realidade, que cresce constantemente, que sabe que a alma é um fato por experiência própria, mas não tem como comprovar a existência dela satisfatoriamente ao homem que só aceita o que a mente concreta [47:4-7] pode captar, analisar, avaliar e comprovar. (TSMB)
4. Por trás da forma externa de um ser humano… está a alma, responsável por sua criação, sustentação e utilização. Por trás de toda atividade em prol da evolução humana, como também de outros processos evolucionários, encontra-se a Hierarquia. Ambas são centros de energia; ambas trabalham segundo a Lei; ambas passam da atividade subjetiva para a manifestação objetiva e ambas são responsivas (na grande sequência e graduação de vidas) à vitalização e estimulação dos centros de energia mais elevados. (TSMB)
5. A alma não é um loto de doze pétalas que flutua na substância mental, mas sim um vórtice de força ou doze energias mantidas juntas pela vontade da entidade espiritual (a mônada em seu próprio plano). (Discipulado na Nova Era, Volume II)
6. A palavra “Alma” é usada para expressar o somatório da natureza psíquica – o corpo vital, a natureza emocional e a matéria mental. É mais do que isso, porém, quando a etapa humana é alcançada. É uma entidade espiritual, um ser psíquico consciente, um filho de Deus, possuindo vida, qualidade e aparência – uma manifestação especial em tempo e espaço das três expressões da alma que acabamos de definir:
- A alma de todos os átomos que compõem a aparência tangível.
- A alma pessoal ou o somatório sutil e coerente que chamamos de Personalidade, composta dos corpos sutis, etérico ou vital [49:1-4], astral [48] ou emocional e do instrumento mental inferior [49:4-7]. A humanidade compartilha esses três veículos com o reino animal no que diz respeito à vitalidade, à sensibilidade e à mente potencial; com o reino vegetal no que diz respeito à vitalidade e à sensibilidade, e com o reino mineral, no que diz respeito à vitalidade e à sensibilidade potencial.
- A alma é também o ser espiritual, ou a união de vida e qualidade. Quando há a união das três almas, como são denominadas, temos um ser humano.
- Assim temos no homem a mescla ou fusão de vida, qualidade e aparência, ou espírito, alma e corpo, por meio de uma forma tangível.
No processo de diferenciação, estes diversos aspectos atraíram a atenção, mas a síntese subjacente foi passada por alto ou desconsiderada. No entanto, todas as formas são diferenciações da alma, mas quando referida, a alma é uma só Alma quando observada e considerada espiritualmente. Quando estudada do ponto de vista da forma não se percebe nada mais que diferenciação e separação. Quando estudada do aspecto consciência ou sensibilidade, emerge a unidade. Quando se alcança a etapa humana e a autopercepção se fusiona com a sensibilidade das formas e com a minúscula consciência do átomo, começa a nascer tenuemente na mente do pensador a ideia de uma possível unidade subjetiva.
Quando se alcança a etapa do discipulado, o homem começa a se ver como parte sensível de um todo sensível, e lentamente vai reagindo ao propósito e à intenção deste todo. Ele capta o propósito pouco a pouco, à medida que entra conscientemente no ritmo da totalidade da qual é uma parte.
A parte se perde no todo quando etapas mais avançadas e formas mais sutis e refinadas se tornam possíveis; o ritmo do todo submete o indivíduo a uma participação uniforme no propósito sintético, mas a compreensão da autopercepção individual persiste e enriquece a contribuição individual, que agora é oferecida inteligente e voluntariamente, de modo que a forma não somente constitui um aspecto da totalidade (como foi sempre e inevitavelmente, embora não compreendido), como a consciente entidade pensante conhece a realidade da unidade da consciência e da síntese da vida. À medida que lemos e estudamos, devemos ter em conta três fatores:
- A síntese da vida
- A unidade da consciência
- A integração das formas, espírito, alma, corpo
Estes três sempre estiveram unificados, mas a consciência humana não sabia. Entender esses três fatores e integrá-los em uma técnica de viver é, para o homem, o objetivo de toda a sua experiência evolutiva. (Psicologia Esotérica, Volume I)
7. A natureza/forma do homem reage em sua consciência à natureza/forma da Deidade. A vestidura externa da alma (física, vital e psíquica) é parte da vestidura externa de Deus.
A alma do homem autoconsciente está em relação com a alma de todas as coisas. É parte integrante da Alma universal, e por isso pode se tornar cônscia do propósito consciente da Deidade; pode colaborar inteligentemente com a vontade de Deus e, assim, trabalhar com o Plano da Evolução.
O espírito do homem é uno com a vida de Deus, e está dentro dele, profundamente assentado em sua alma, assim como sua alma está assentada em seu corpo.
Este espírito, em um momento distante, o colocará em relação com o aspecto de Deus que é transcendente, e assim cada Filho de Deus, oportunamente, encontrará caminho para este centro – retraído e abstraído – onde mora Deus, além dos confins do sistema solar. (Psicologia Esotérica, Volume I)
8. O homem saberá, e muito em breve, que a alma não é uma ficção imaginária, não é apenas uma forma simbólica de expressar uma esperança profundamente arraigada, e não é o método usado para construir um mecanismo de defesa; não é também uma maneira ilusória de escapar de um presente doloroso. Saberá que a alma é um Ser, um Ser responsável de tudo o que aparece no plano fenomênico. (Psicologia Esotérica, Volume I)
(a) Reconhecimento da alma
1. O primeiro passo para substanciar a realidade da existência da alma é estabelecer o fato da sobrevivência, embora não prove necessariamente a imortalidade. Contudo, podemos considerar como um passo na direção certa. Que algo sobrevive ao processo da morte e persiste depois da desintegração do corpo físico, isso está sendo constantemente comprovado. Não fosse verdade, seríamos vítimas de uma alucinação coletiva, e os cérebros e mentes de milhares de pessoas estariam enganando e ludibriando ou estariam doentes e distorcidos. Uma insanidade coletiva tão gigantesca é mais difícil de crer do que a alternativa de uma expansão de consciência. Este desenvolvimento em linhas psíquicas, porém, não prova a existência da alma. Serve apenas para romper a posição materialista.
O primeiro reconhecimento comprovado da existência da alma chegará dos pensadores da raça e este acontecimento resultará do estudo e da análise que os psicólogos do mundo farão sobre a natureza do gênio e o significado do trabalho criador. (Psicologia Esotérica, Volume I)
2. A ciência não dá à força elétrica da alma o lugar que lhe cabe, e a alma está constantemente aumentando em potência. Uns poucos cientistas, entre os mais avançados, estão começando a fazer isso. O próximo passo para a ciência é a descoberta da alma, uma descoberta que revolucionará, embora não negará, a maioria das suas teorias. (Cura Esotérica)
(b) Definição da Alma
1. A alma, macrocósmica e microcósmica, universal e humana, é a entidade que vem à existência quando os aspectos espírito e matéria se relacionam mutuamente. Portanto:
- a. A alma não é nem espírito nem matéria, mas o que relaciona ambos.
- b. A alma é a mediadora desta dualidade; é o princípio do meio, o vínculo entre Deus e Sua forma.
- c. A alma é, portanto, outro nome para o princípio crístico, seja na natureza ou no homem.
2. A alma é a força atrativa do universo criado e (quando atua) mantém todas as formas unidas de tal modo que, através delas, a vida de Deus pode se manifestar ou se expressar. Em consequência:
- a. A alma é o aspecto construtor de formas e o fator atrativo de todas as formas do universo, do planeta, dos reinos da natureza e do homem (que reúne em si todos os aspectos); traz a forma à existência; permite que se desenvolva e cresça, a fim de abrigar mais adequadamente a vida imanente; impele para frente todas as criaturas de Deus no caminho da evolução, através de um reino após o outro, até uma meta final e uma gloriosa consumação.
- b. A alma é a própria força da evolução e isto estava presente na mente de São Paulo quando falou de “Cristo em vós, esperança de glória”.
3. A alma se manifesta de diferentes maneiras nos variados reinos da natureza, mas a sua função é sempre a mesma, quer se trate de um átomo, de uma substância e do poder que possui de manter a sua identidade e forma e empreender a atividade correspondente, quer seja uma forma em um dos três reinos da natureza, mantida de maneira coerente, manifestando suas características, levando sua própria vida instintiva e trabalhando como um todo em direção a algo mais elevado e melhor:
- a. Portanto, a alma é o que proporciona as características distintivas e as diversas manifestações da forma.
- b. A alma atua sobre a matéria, obrigando-a a assumir certas configurações, a responder a certas vibrações e a construir as formas fenomênicas específicas que, no mundo do plano físico [49], reconhecemos como mineral, vegetal, animal e humano – e para o iniciado também existem outras formas.
4. As qualidades, vibrações, cores e características de todos os reinos da natureza são qualidades da alma, como também são os poderes latentes em qualquer forma que procure se expressar e demonstrar potencialidade. Ao término do período evolutivo, todas revelarão a natureza da vida divina e da alma do mundo – a Superalma que está revelando o caráter de Deus:
- a. A alma, portanto, mediante estas qualidades e características, se manifesta como resposta consciente à matéria, pois as qualidades se produzem por meio da interação dos pares de opostos, espírito e matéria, e seu efeito mútuo. É esta a base da consciência.
- b. alma é o fator consciente em todas as formas, a fonte da percepção que todas as formas registram e a resposta às condições grupais circundantes que as formas demonstram em todos os reinos da natureza.
- c. Pode-se definir a alma como o aspecto significativo em cada forma (criado pela união de espírito e matéria) que sente, registra percepção, atrai e repele, responde ou deixa de responder, e mantém todas as formas em uma constante condição de atividade vibratória.
- d. A alma é a entidade que percebe, produzida pela união Pai-Espírito [purucha] e Mãe-Matéria [prakite]. É o que no mundo vegetal, por exemplo, responde aos raios do sol e provoca a abertura do botão; no reino animal, permite que o animal ame o seu amo, saia à caça da presa e leve a sua vida instintiva; é o que, no homem, o torna consciente do seu ambiente e do seu grupo, habilitando-o a viver a sua vida nos três mundos da evolução normal como espectador, aquele que percebe e aquele que atua. A certa altura, capacita-o a descobrir que a sua alma é dual, que uma parte de si mesmo responde à alma animal e a outra reconhece a sua alma divina. Atualmente, porém, muitos não funcionam plenamente como meros animais nem como estritamente divinos, mas podem ser considerados como o que são: almas humanas.
…A alma, portanto, pode ser considerada como sensibilidade unida e percepção relativa do que está por trás da forma de um planeta e de um sistema solar, que constituem a soma total das formas, orgânicas ou inorgânicas, segundo o materialista as diferencia. A alma, embora seja uma grande totalidade, limita-se em expressão pela natureza e qualidade da forma em que reside e, em consequência, há formas que respondem e expressam altamente a alma e outras que – devido à densidade e à qualidade dos átomos que as compõem – são incapazes de reconhecer os aspectos superiores da alma e de expressar algo mais que sua vibração, tom ou cor inferiores. (TSMB)
Psicologia Esotérica, Volume I
2. O que é a alma? Podemos defini-la? Qual é a sua natureza?
Vou expor aqui somente quatro definições que servirão de base para tudo que se segue.
- a. Podemos falar da alma como o Filho do Pai e da Mãe (Espírito-Matéria), portanto é a corporificação da vida de Deus, encarnando para revelar a qualidade da natureza de Deus, que é amor essencial. Esta vida, ao tomar forma, nutre a qualidade do amor que há dentro de todas as formas e, finalmente, revela o propósito de toda a criação. (Psicologia Esotérica, Volume I)
- b. A alma pode ser considerada como o princípio inteligente – uma inteligência cujas características são a mente e a percepção mental, que por sua vez se demonstram como o poder de analisar, de discriminar, de separar e de distinguir, escolher ou rejeitar, com todas as implicações inseridas nestes termos… Procuro transmitir de diversas maneiras, mediante o simbolismo das palavras, o significado da alma. A alma é, portanto, o Filho de Deus, o produto da união de espírito e matéria, a expressão da mente de Deus, porque mente e intelecto são termos que expressam o princípio cósmico de amor inteligente – um amor que produz a aparência através da mente e é o construtor das formas separadas ou aparências. A alma, mediante a qualidade de amor, produz também a fusão de aparência e qualidade, de percepção e de forma.
- c. A alma é (e aqui as palavras limitam e distorcem) uma unidade de luz, colorida por uma vibração de raio específica; é um centro de energia vibratória que se encontra na aparência ou forma, de toda sua vida de raio. É uma vida entre os sete grupos de milhões de vidas que, na totalidade, constituem a Vida Una. Devido à sua natureza, a alma percebe ou é consciente em três direções: consciente de Deus, consciente do grupo e autoconsciente. Este aspecto autoconsciente torna-se realidade na aparência fenomênica de um ser humano; o aspecto consciência grupal retém o estado humano de consciência, mas agrega a este a percepção de sua vida de raio, que vai se desenvolvendo progressivamente; a sua percepção então é consciente do amor, da qualidade e do espírito que há em suas relações; é consciente de Deus apenas potencialmente, e nesse desenvolvimento reside para a alma o seu próprio progresso para cima e para fora, depois que seu aspecto autoconsciente estiver aperfeiçoado e sua consciência de grupo reconhecida. (Psicologia Esotérica, Volume I)
- d. A alma é o princípio sensível que subjaz em toda manifestação externa, compenetra todas as formas e constitui a consciência do próprio Deus. Quando a alma, imersa na substância, é simplesmente sensibilidade, produz, pela sua interação evolutiva, um acréscimo, e vemos emergir a qualidade e a capacidade de reagir à vibração e ao ambiente. É a alma conforme se expressa nos reinos subumanos da natureza.
- Quando a alma agrega a capacidade de autoconsciência separada à expressão de sensibilidade e qualidade, aparece a entidade autoidentificada que chamamos de ser humano.
- Quando a alma agrega a consciência de grupo à sensibilidade, qualidade e autoconsciência, temos então a identificação com um raio-grupo e aparece o discípulo, o iniciado e o Mestre.