A Alma – 24 de 25

Nesta iniciação, sendo seguido o curso normal (o qual, mais uma vez, não é de todo certo) será vivificado o centro da garganta. Isto desenvolve a capacidade de aproveitar as aquisições da mente inferior no serviço ao Mestre e na ajuda ao homem; confere a habilidade de dar e proferir o que for útil, possivelmente através da palavra falada, mas com certeza na prestação de algum tipo de serviço.

Proporciona uma visão das necessidades do mundo, e mostra um fragmento adicional do plano. Portanto, o trabalho a realizar antes de tomar a terceira iniciação é a completa subordinação do ponto de vista pessoal nas necessidades do todo, o que implica no domínio total da mente concreta pelo Ego. (Iniciação Humana e Solar) 2. A segunda iniciação assinala a liberação da alma da prisão do corpo astral. A partir de então, a alma usará o corpo astral e modelará o desejo de acordo com o plano divino. (TSMB) 3. Depois de tomada a segunda iniciação, a vigilante Hierarquia pode começar a observar a constante reorientação da alma para a mônada e o poder atrativo deste aspecto superior sobre o iniciado. Hoje, são tantos os membros da família humana – em encarnação ou não – que tomaram as duas primeiras iniciações, que a atenção de Shamballa está se voltando cada vez mais para a humanidade, via Hierarquia, enquanto que, simultaneamente, os pensamentos dos homens estão se direcionando para o Plano e para o uso da vontade para comandar e guiar e para a natureza da força dinâmica… (O Destino das Nações) (d) a Terceira Iniciação 1. Na terceira iniciação, algumas vezes denominada de Transfiguração, toda a personalidade é inundada com luz proveniente do alto. Somente depois desta iniciação a mônada guia absolutamente o Ego, vertendo Sua vida divina cada vez mais no canal já preparado e purificado…

O objetivo de todo desenvolvimento é despertar a intuição espiritual; feito isso, quando o corpo físico for puro, o corpo astral estável e firme e o corpo mental controlado, o iniciado poderá então manejar com segurança e precisão as faculdades psíquicas, com o objetivo de ajudar a raça. Não apenas pode usar estas faculdades, como também estará apto a criar e vivificar formas-pensamento claras e bem definidas, pulsando no espírito de serviço e isentas do controle da mente inferior ou do desejo. Estas formaspensamento não serão desarticuladas, desconexas e desagregadas (como ocorre com as que são criadas pela massa dos homens), mas terão uma boa medida de síntese. Árduo e incessante deve ser o trabalho para isto, mas quando a natureza de desejos está estabilizada e purificada, o controle do corpo mental sobrevém mais facilmente. (Iniciação Humana e Solar) 2. Na terceira Iniciação (a da Transfiguração) o controle da personalidade nos três mundos é rompido para que o Filho da Mente, a alma, possa substituir finalmente a mente inferior concreta, que até então dirigia. Além disso, por meio da Lei do Sacrifício, a personalidade é liberada e se torna simplesmente um agente da alma. (Discipulado na Nova Era, Volume II) 3. A terceira iniciação é a primeira iniciação na qual a personalidade e a alma se unem e se fusionam, de maneira que os dois aspectos formam uma unidade. A aspiração chega ao fim, e a convicção mais absoluta toma seu lugar. (O Destino das Nações) 4. Quando há êxito em iniciar o antahkarana individual e há um tênue fio de energia viva conectando a tríplice personalidade com a Tríade espiritual, então é possível a afluência de energia da vontade. Isto pode ser muito perigoso nas primeiras etapas, quando não se está amparado pela energia do amor da alma…

Depois da terceira iniciação, quando o corpo da alma, o causal, começa a se dissipar, a linha de relação ou de conexão pode ser e é direta. O iniciado então “permanece no oceano de amor, e esse amor é vertido através dele; sua vontade é amor e pode trabalhar sem perigo, pois o amor divino matizará toda sua vontade e ele poderá prestar serviço sabiamente”. Então o amor e a inteligência se tornam servidores da vontade. A energia da alma e a força da personalidade contribuem para a experiência da mônada nos três mundos da vida de serviço e finalmente culmina a tão prolongada tarefa do homem espiritual encarnado.

Ele está pronto para o Nirvana, que nada mais é do que o Caminho para novos campos de experiência espiritual e desenvolvimento divino – incompreensível agora, até mesmo para o iniciado de terceiro grau.

Este Caminho só é revelado quando o antahkarana está construído e concluído e o homem está focado na Tríade tão conscientemente como está agora na tríplice natureza inferior. (Os Raios e as Iniciações) 5. Na terceira iniciação estabelece-se finalmente o controle da mente iluminada pela alma, e a própria alma assume a posição dominante, e não a forma fenomênica. (Os Raios e as Iniciações) (e) A Eliminação da Forma Mental da Personalidade Ao tratar deste tema (o que só posso fazer de maneira muito sucinta) é preciso ter em mente duas coisas:

1. Que estamos considerando apenas uma ideia que a mente tem acerca da alma e tratando com o fato básico da ilusão que tem controlado todo o ciclo de encarnação e, assim, mantido a alma prisioneira da forma. Para a alma, a personalidade significa duas coisas:

a. a capacidade da alma de identificação com a forma; isto é primeiramente realizado pela alma, quando a personalidade está começando a reagir a uma certa medida de real integração.

b. uma oportunidade para a iniciação.

2. Que a eliminação da forma-pensamento da personalidade, consumada na terceira iniciação, é uma grande iniciação para a alma em seu próprio plano. Por esta razão, a terceira iniciação é considerada como a primeira iniciação maior, pois as duas iniciações anteriores produzem pouco efeito sobre a alma, afetando apenas a alma encarnada, o “fragmento” do todo.

Estes fatos pouco são compreendidos e raras vezes acentuados na literatura publicada até agora, que enfatiza as iniciações na medida que exercem efeito sobre o discípulo nos três mundos. Mas estou tratando especificamente das iniciações no que afetam ou não afetam a alma, sobrepairando sobre seu reflexo, a personalidade, nos três mundos. Portanto, o que disse terá pouco significado para o leitor comum.

Do ponto de vista do eu pessoal, considerando-o como o Morador do Umbral, a atitude ou estado mental foi descrita, de maneira inadequada, como de total absorção na luz da alma; tal é a Glória da Presença transmutada pelo Anjo, que a personalidade desaparece completamente com suas demandas e aspirações.

Resta apenas a envoltura e o instrumento através do qual a luz solar pode fluir para ajudar a humanidade.

Isto é válido até certo ponto, mas é apenas – em última análise – a tentativa do homem de colocar em palavras a transmutação e o efeito transfigurador da terceira iniciação, o que não se pode fazer.

Infinitamente mais difícil é o esforço que estou fazendo aqui para descrever a atitude e as reações da alma, o eu uno, o Mestre no coração, à medida que reconhece a grandiosa realidade de sua própria e essencial liberação, e se dá conta, de uma vez por todas, que agora é incapaz de responder às vibrações inferiores dos três mundos, tal como são transmitidas à alma por seu instrumento de contato, a formapersonalidade. Esta forma é agora incapaz de transmissão.

A segunda reação da alma, uma vez enfocado e aceito este entendimento, é que a liberdade – quando alcançada – apresenta suas próprias demandas:

1. Uma vida de serviço nos três mundos, tão conhecidos e agora tão completamente transcendidos.

2. Um senso sobrepairante de amor dirigido àqueles que ainda estão procurando a liberação.

3. Um reconhecimento do triângulo essencial, convertido agora no centro da vida conceitual da alma:

HierarquiaAlma HumanidadeA alma agora vibra entre os dois pontos ou pares de opostos e atua como centro invocador e evocador.

Nenhum dos entendimentos acima pode ser registrado na consciência cerebral ou na mente da personalidade iluminada. Teoricamente, é possível perceber uma tênue visão das possibilidades inerentes, mas a consciência já não é a do discípulo servidor nos três mundos, usando mente, emoções e corpo físico para realizar, no possível, o comando e a intenção hierárquicos. Isto desapareceu com a morte da consciência da personalidade. A consciência agora é a da própria alma, consciente de que não há separação, instintivamente ativa, espiritualmente ocupada nos planos do Reino de Deus, e totalmente livre da atração ou do mais leve controle da forma-matéria; entretanto, a alma ainda responde à energia-substância e está submergida nela, e sua analogia superior atua ainda nos níveis do plano físico cósmico – os planos búdico, átmico, monádico e logoico.

O que então é preciso acontecer para que a vida da alma seja plena e completa e tão inteiramente inclusiva que os três mundos façam parte de sua área de percepção e seu campo de serviço? A única maneira de tornar claro para vocês o que a alma deve realizar depois da terceira iniciação resume-se de duas maneiras:

Primeiro: a alma torna-se um criador consciente, porque o terceiro aspecto – desenvolvido e dominado pela experiência nos três mundos, durante o longo ciclo de encarnações – alcançou um grau de perfeita atividade. Em termos técnicos, direi: a energia das pétalas de conhecimento e a energia das pétalas de amor estão tão ativamente fusionadas e mescladas, que duas das pétalas internas, circundando a joia no lótus, não são mais véus sobre esta joia. Estou falando em termos simbólicos. Devido a este acontecimento, a morte ou a eliminação da personalidade é a primeira atividade no drama da criação consciente, e a primeira forma criada pela alma é um substituto para a personalidade. Assim se cria um instrumento para o serviço nos três mundos. Entretanto, desta vez é um instrumento sem vida, sem desejos, ambições e sem poder de pensamento próprio. É tão somente uma envoltura de substância, animada pela vida da alma, mas que – ao mesmo tempo – é responsiva e adequada para o período, à raça e às condições do ambiente no qual a alma criadora escolheu atuar. Reflitam sobre esta afirmação e enfatizem as palavras “adequada”.

Segundo: a alma então se prepara para a futura quarta iniciação. É basicamente uma experiência monádica e resulta – como bem sabem – no desaparecimento ou destruição do veículo alma ou corpo causal, e no estabelecimento, portanto, de uma relação direta entre a mônada em seu próprio plano e a personalidade recentemente criada, via o antahkarana.

Apresentei pela primeira vez, em ordem consecutiva, estes dois pontos do ensinamento ocultista; as indicações, porém, prepararam o caminho para esses dois fatos. Também dei informações sobre o mayavirupa, através do qual o Mestre atua e estabelece contato com os três mundos que Ele cria deliberadamente a fim de servir aos Seus propósitos e planos. É um decisivo substituto para a personalidade e só pode ser criado quando a antiga personalidade (construída e desenvolvida durante o ciclo de encarnações) tiver sido eliminada. Prefiro usar a palavra “eliminada”, em vez de “destruída”. A estrutura – no momento da eliminação – persiste, porém sua vida separatista desaparece.

Se refletirem com toda clareza sobre esta afirmação, observarão que agora é possível obter uma completa integração. A vida da personalidade foi absorvida; a forma da personalidade ainda permanece, mas persiste sem ter verdadeira vida própria; isso significa que já pode ser a receptora de energias e forças de que necessita o Iniciado ativo ou Mestre, a fim de implementar a tarefa de salvação da humanidade.

O discípulo que tiver eliminado (no sentido técnico, como no místico) o domínio da personalidade possui agora a “liberdade que o Ashram outorga”, como se diz, podendo se mover à vontade entre os discípulos e iniciados. Nada existirá em sua vida ou qualidade vibratória que perturbe o ritmo do Ashram; nada vai requerer do Mestre uma “intervenção de apaziguamento”, como acontece com frequência durante as primeiras etapas do discipulado; nada pode agora interferir nesses contatos e esferas de influência superiores, que estiveram selados para o discípulo devido à intromissão de sua própria personalidade. (Cura Esotérica) (f) A Quarta Iniciação 1. Na quarta Iniciação (a da Renúncia) o aspecto destruidor da Lei de Sacrifício produz a destruição do corpo causal, o corpo da alma, para que a personalidade unificada, fusionada com a alma, possa atuar diretamente sob a inspiração da Tríade Espiritual – a tríplice expressão ou instrumento da mônada.

(Discipulado na Nova Era, Volume II) 2. Os estudantes bem fariam em aprender que este processo de construção do antahkarana é um dos meios pelos quais o homem, a trindade, se torna uma dualidade. Quando a tarefa estiver concluída e o antahkarana definidamente construído – produzindo-se assim o perfeito alinhamento entre a mônada e sua expressão no plano físico – o corpo da alma (o causal) é completa e finalmente destruído pelo fogo da mônada que desce pelo antahkarana. Há então uma completa reciprocidade entre a mônada e a alma plenamente consciente no plano físico. O “intermediário divino” deixa de ser necessário. O “Filho de Deus, que é o Filho da Mente”, morre; o “véu do templo é rasgado em dois, de cima abaixo”; toma-se a quarta iniciação, chegando então a revelação do Pai. Este é o resultado final e de longo alcance da construção da ponte que, na realidade, é o estabelecimento de uma linha de luz entre a mônada e a personalidade, como plena expressão da alma – entre espírito e matéria, entre Pai e Mãe. Põe em evidência que o “espírito ascendeu nos ombros da matéria” a esse elevado lugar do qual se originou, mais a experiência adquirida e o pleno conhecimento, e tudo que a vida na forma material pode proporcionar e tudo que a experiência consciente pode conferir. O Filho fez o Seu trabalho. A tarefa do Salvador ou Mediador foi consumada.

Sabe-se que a unidade de todas as coisas é uma realidade na consciência e o espírito humano pode dizer com intenção e compreensão: “Eu e meu Pai somos um”. (Os Raios e as Iniciações) 3. A Grande Renúncia. Uma enorme experiência é concedida ao iniciado neste momento; ele compreende (porque vê e sabe) que o antahkarana foi concluído com êxito e que ali há uma linha direta de energia da Tríade espiritual até sua mente e cérebro, via o antahkarana. Isto põe no primeiro plano da sua consciência o súbito e espantoso reconhecimento de que a própria alma, o corpo egoico em seu próprio nível, e o que durante eras foi a suposta fonte de sua existência, sua guia e mentora, já não é mais necessária; sua relação, como personalidade fusionada com a alma é agora diretamente com a mônada. Sente-se despojado e inclinado a exclamar – como fez o Mestre Jesus – “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Mas faz a renúncia necessária e o corpo causal, o corpo da alma, é abandonado e desaparece.

É esta a renúncia culminante e o gesto culminante de eras de pequenas renúncias; a renúncia marca a carreira de todos os aspirantes e discípulos – a renúncia, enfrentada, compreendida e feita conscientemente.

(Os Raios e as Iniciações) 4. A Iniciação da Renúncia é de suprema importância para a humanidade e para o iniciado individual que logicamente é um membro do quarto reino. Acima de tudo, este grande ato de renúncia assinala o momento em que o discípulo não possui nada relacionado com os três mundos da evolução humana. Seu contato com esses mundos no futuro será puramente voluntário e para propósitos de serviço. (Os Raios e as Iniciações) 61. A REVELAÇÃO DA “PRESENÇA” 1. Durante os períodos finais da série de encarnações, nos quais o homem faz malabarismos com os pares de opostos, e em que, pela discriminação, torna-se consciente do real e do irreal, compreende pouco a pouco que ele mesmo é uma Existência imortal, um Deus imperecível e uma parte do Infinito. Fica cada vez mais evidente o elo entre o homem no plano físico e seu Mestre interno, até que aconteça a grande revelação. Chega um momento na existência do homem em que ele se defronta conscientemente com seu verdadeiro Eu, e sabe que ele é esse Eu em realidade e não apenas em teoria. Torna-se consciente do Deus interno, não mais pelo sentido da audição, nem pela atenção à voz interna que o dirige e controla, a chamada “voz da consciência”, mas por meio da visão direta e da percepção interna. Agora responde não só ao que ouve, mas também ao que vê. (Iniciação Humana e Solar) 2. O instrumento para a visão interna sempre existiu e o que se pode ver está sempre presente, mas a maioria das pessoas ainda não reconhece.

Este “reconhecimento” pelo iniciado é o primeiro grande passo na cerimônia de iniciação e, até que seja vencido, as demais etapas têm que esperar. O que é reconhecido varia segundo a iniciação e, em linhas gerais, pode ser sintetizado da seguinte maneira:

O Ego, reflexo da mônada, é em si uma triplicidade, como tudo na natureza. Reflete os três aspectos da divindade, assim como a mônada reflete, em plano superior, os três aspectos – vontade, amor-sabedoria e inteligência ativa – da Deidade. Portanto:

Na primeira iniciação, o iniciado torna-se consciente do terceiro aspecto, ou aspecto inferior do Ego, o da inteligência ativa. Defronta-se com a manifestação do grande Anjo solar (Pitri) que é ele mesmo, o verdadeiro eu. Sabe então, sem margem de dúvida, que essa manifestação de inteligência é aquela Entidade eterna que, através das eras, vem demonstrando seus poderes no plano físico por meio de suas sucessivas encarnações.

Na segunda iniciação, vê esta grande Presença como uma dualidade, e outro aspecto brilha diante dele.

Torna-se consciente de que esta Vida radiante, identificada com ele mesmo não é apenas inteligência em ação, mas também o amor-sabedoria original. Funde sua consciência com esta Vida e se torna uno com ela, de maneira que, no plano físico, por meio do seu eu pessoal, veja essa Vida como expressão do amor inteligente.

Na terceira iniciação, o Ego se apresenta diante do iniciado como uma triplicidade perfeita. Não apenas conhece o Eu como amor inteligente ativo, mas revela-se também como vontade fundamental ou propósito, com o qual o homem se identifica imediatamente e sabe que os três mundos nada mais lhe reservam no futuro, apenas servem como campo de serviço ativo, forjado no amor pela realização de um propósito que durante eras esteve oculto no coração do Eu. Agora que esse propósito está revelado, ele pode colaborar inteligentemente para sua execução, amadurecendo-o.

Estas profundas revelações resplandecem diante do iniciado de três maneiras:

Como uma radiante existência angélica, vista pelo olho interno, com a mesma exatidão de visão e critério como um homem quando vê outro membro da família humana. O grande Anjo Solar, que corporifica o homem real e é sua expressão no plano da mente superior, é seu ancestral divino, o “Observador” que, durante longos ciclos de encarnações, deu a Si mesmo em sacrifício para que o homem possa SER.

Como uma esfera de fogo radiante, vinculada com o iniciado que permanece diante dela pelo fio magnético de fogo que passa através de todos os seus corpos e termina no centro do cérebro físico. Este “fio de prata” (como é chamado de maneira bastante imprecisa na Bíblia, ao descrever sua liberação do corpo físico e a subsequente retirada), emana do centro do coração do Anjo Solar, vinculando assim coração e cérebro – aquela grande dualidade que se manifesta em nosso sistema solar em amor e inteligência. Esta esfera de fogo está igualmente vinculada a muitos outros homens que pertencem ao mesmo grupo e ao mesmo raio e, portanto, é absolutamente exato dizer que, nos planos superiores, somos todos UM. Uma só vida pulsa e circula através de todos, por meio de fios de fogo. É esta uma parte da revelação que chega ao homem que se coloca ante a “Presença” com os olhos ocultamente abertos.

Como um Lótus multicolorido de nove pétalas, ordenadas em três círculos em torno de um conjunto central de três pétalas hermeticamente fechadas, que abrigam o que nos livros orientais é chamado de “Joia no Lótus”. Este Lótus é de rara beleza, pulsando com vida e irradiando todas as cores do arco-íris; nas três primeiras iniciações, os três círculos se revelam, um após o outro, até que, na quarta iniciação, o iniciado se vê diante de uma revelação ainda maior e descobre o segredo encerrado no botão central. A este respeito, a terceira iniciação difere um tanto das outras duas, pois, pelo poder de um Hierofante ainda mais excelso que o Bodhisattva, o iniciado faz contato, pela primeira vez, com o fogo elétrico do puro Espírito, latente no coração do Lótus.

As palavras “Anjo Solar”, “Esfera de fogo” e “Lótus” ocultam certo aspecto do mistério central da vida humana, mas que só ficará evidente para aqueles que têm olhos para ver. O significado místico destas frases gráficas será tido como um artifício ou motivo de incredulidade para o homem que procurar materializá-las indevidamente. A ideia de uma existência imortal, de uma Entidade divina, de um grande centro de energia ígnea, assim como do pleno florescimento da evolução, estão ocultos por trás dessas palavras e é nesse sentido que devem ser compreendidas.

Na quarta iniciação, o iniciado é conduzido à Presença daquele aspecto de Si mesmo denominado “o Pai nos Céus”. Defronta-se com sua própria mônada, aquela pura essência espiritual no plano mais elevado – mas que é Una – que é para seu Ego ou Eu Superior, o que esse Ego é para a personalidade ou eu inferior.

Esta mônada se manifestou no plano mental por meio do Ego de maneira tríplice, mas agora faltam todos os aspectos da mente, tal como a compreendemos. O Anjo Solar, com quem estava em contato, se retirou; a forma pela qual atuava (o corpo egoico ou causal) desapareceu, restando apenas o amor-sabedoria e a vontade dinâmica que é a característica primordial do Espírito. O eu inferior cumpriu os propósitos do Ego e foi descartado; da mesma maneira, o Ego cumpriu os desígnios da mônada e deixou de ser necessário; o iniciado se vê livre de ambos, plenamente liberado e apto a entrar em contato com a mônada, tal como antes aprendeu a entrar em contato com o Ego. Nos seus retornos posteriores aos três mundos, será regido apenas pela vontade e propósito que ele próprio definir, criará seu corpo de manifestação e, assim, estará livre para escolher (dentro dos limites do carma) o momento oportuno. O carma aqui mencionado é planetário, não se trata de carma pessoal. Nesta quarta iniciação, ele entra em contato com o aspecto amor da mônada e, na quinta, com o aspecto vontade. Assim completa seus contatos, responde a todas as vibrações necessárias e se torna senhor nos cinco planos da evolução humana.

Além disso, nas iniciações terceira, quarta e quinta, começa também a perceber conscientemente aquela “Presença” que encerra em si aquela Entidade espiritual, a sua própria mônada, vendo-a unida com o Logos Planetário. Graças à sua própria mônada, vê exatamente os mesmos aspectos (que essa mônada personifica) em uma escala mais ampla, e o Logos Planetário, que anima todas as mônadas em seu Raio, lhe é revelado. Esta verdade é quase impossível de expressar em palavras, e diz respeito à relação do ponto de fogo elétrico, que é a mônada, com a estrela de cinco pontas que revela ao iniciado a Presença do Logos Planetário. Isto é praticamente incompreensível para o homem comum, para o qual este livro foi escrito.

E é assim, gradualmente, que o iniciado chega frente à Verdade e à Existência. Os estudantes reflexivos verão claramente por que a revelação da Presença deve preceder todas as outras revelações. Ela produz na mente do iniciado as seguintes noções básicas:

Justifica-se a fé que o sustentou durante eras e esperança e convicção se fundem em um fato experimentado pessoalmente. A visão espiritual substitui a fé e o iniciado vê e conhece as coisas invisíveis.

Nada há mais a duvidar e ele, pelo próprio esforço, tornou-se um conhecedor.

Sua unidade com seus irmãos fica comprovada, e ele se dá conta do elo indissolúvel que o une aos seus semelhantes de todas as partes. A fraternidade deixa de ser uma teoria, tornando-se um fato cientificamente comprovado, que não pode mais ser contestado, como não pode ser a separação dos homens no plano físico.

A imortalidade da alma e a realidade dos mundos invisíveis ficam para ele comprovadas e desvendadas. Enquanto que antes da iniciação esta crença se baseava em uma breve e fugaz visão e em firmes convicções internas (resultantes do raciocínio lógico e de uma intuição em gradual desenvolvimento), agora se baseia na visão e no reconhecimento incontestável de sua própria natureza imortal.

Compreende o significado e a fonte de energia, e pode começar a exercitar o poder com precisão e direção científicas. Sabe agora de onde extrai a energia, pois teve um vislumbre dos recursos disponíveis da energia. Antes, sabia que a energia existia e a usava cegamente e, às vezes, de maneira insensata. Agora, a vê sob a instrução da “mente aberta” e pode colaborar inteligentemente com as forças da natureza.

Assim, de muitas maneiras, a revelação da Presença produz resultados definidos no iniciado, e assim a Hierarquia considera ser esta o necessário prelúdio para as revelações posteriores. (Iniciação Humana e Solar)62. O REINO DAS ALMAS 1. Talvez a noção de que a alma está se organizando para este esforço, reorientando as forças e se preparando para um novo e poderoso impulso seja novidade para alguns, mas assim é. Todas as formas de vida passam de iniciação a iniciação sob a força da evolução e a alma não está isenta deste processo. Tal como a alma do animal-homem se uniu com outro princípio divino e assim trouxe o quarto reino da natureza à existência, a alma da humanidade está buscando contato com outro aspecto divino. Quando este contato for estabelecido, o Reino de Deus virá à Terra; o plano físico se transformará e virá o período característico que, simbolicamente, é apresentado sob o termo milênio.

Talvez a noção de que a alma está se organizando para este esforço, reorientando as forças e se preparando para um novo e poderoso impulso seja novidade para alguns, mas assim é. Todas as formas de vida passam de iniciação a iniciação sob a força da evolução e a alma não está isenta deste processo. Tal como a alma do animal-homem se uniu com outro princípio divino e assim trouxe o quarto reino da natureza à existência, a alma da humanidade está buscando contato com outro aspecto divino. Quando este contato for estabelecido, o Reino de Deus virá à Terra; o plano físico se transformará e virá o período característico que, simbolicamente, é apresentado sob o termo milênio. (TSMB) 2. Eu, que penetrei um tanto na compreensão da vida do Anjo solar, procuro assegurar aos meus companheiros peregrinos que as coisas passageiras dos sentidos não são mais que trivialidades, sem nenhum valor em comparação com as recompensas, aqui e nesta vida, para o homem que busca submergir a sua consciência cotidiana com a da própria alma. Entra então na comunidade das almas e já não está só.

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