A Alma – 17 de 25

Quando isso acontecer e cada Filho de Deus for um Sol perfeito, caracterizado pela luz e pelo calor perfeitamente expressos, todo o sistema solar, o filho maior de Deus, será um Sol perfeito. (Tratado sobre o Fogo Cósmico) 2. Durante o ciclo de vida de um homem, ele expressa o que está nele, naquela sua etapa particular, e gradualmente desenvolve, do período pré-natal em que o Eu sobrepaira o aspecto matéria, até o período em que esse Eu superior toma plena posse da forma já preparada. Esta etapa varia em cada indivíduo. A partir desse momento, o homem procura desenvolver com maior plenitude a autoconsciência e (se progredir normalmente) expressa-se através da forma de maneira cada vez mais adequada. Em cada ciclo menor de vida, no grande ciclo do Ego ou Eu, vê essa expressão mais completa, controla mais a forma e desenvolve uma realização consciente do Eu, até que chega um ciclo culminante de vidas em que o Eu interno rapidamente domina e assume plena autoridade. A forma se torna totalmente adequada; produz-se a plena fusão dos dois polos, Espírito e matéria, e a luz (fogo) e o calor (irradiação) são vistos e sentidos em todo o sistema. Então a forma é utilizada conscientemente para fins específicos ou é abandonada, e o homem se libera. (Tratado sobre o Fogo Cósmico) 3. O homem, em sua essência fundamental, é a Tríade superior manifestando-se por meio de uma forma que evolui gradualmente, o corpo egoico ou causal, e utiliza a tríplice personalidade inferior como meio de contato com os três planos inferiores. Todo isto tem por finalidade o desenvolvimento da autoconsciência perfeita. (Tratado sobre o Fogo Cósmico) 4. O homem poderia ser definido como uma unidade de vida consciente, levada à expressão tangível mediante o amor discriminativo de Deus. Pelas experiências da sua vida, inúmeras escolhas lhe são apresentadas, as quais, gradualmente, mudam do reino do tangível ao do intangível. À medida que atrai ou é atraído pela vida de seu ambiente, torna-se cada vez mais consciente de uma série de valores cambiantes, até que chega a um ponto de desenvolvimento em que a força de tração ou atração magnética do mundo subjetivo e das realidades mentais e espirituais intangíveis são mais potentes que os fatores que até agora o incitavam a seguir em frente. Seu sentido de valores deixa de ser determinado:

1. Pela satisfação da sua natureza animal instintiva.

2. Pelos desejos de tipo mais emocional e sentimental que o seu corpo astral exige.

3. Pela atração e prazeres da natureza mental e dos apetites intelectuais.

Ele é poderosamente atraído pela alma, o que produz uma grande revolução em sua vida, considerando-se a palavra “revolução” em seu verdadeiro sentido, como uma total reviravolta. Esta revolução está acontecendo agora, em tal escala universal na vida dos indivíduos, que é um dos grandes fatores que estão produzindo a atual potência de ideias experimentais no mundo dos tempos modernos. O poder atrativo da alma aumenta constantemente e a atração da personalidade se debilita em paralelo. Tudo isto se deu pelo processo da experimentação, que leva à experiência; pela experiência, que leva ao uso mais sábio dos poderes da personalidade; pela crescente apreciação do verdadeiro mundo de valores e da realidade, e pelo esforço por parte do homem de se identificar com o mundo dos valores espirituais e não com o mundo dos valores materiais. O mundo dos significados e das causas se torna gradualmente o mundo em que encontra felicidade; e a seleção que faz dos seus principais interesses e o uso que decide fazer do seu tempo e poderes são finalmente condicionados pelos valores espirituais mais verdadeiros. Ele então está no caminho de iluminação. (Psicologia Esotérica, Volume I) (b) Percorrendo o Caminho do Fio da Navalha 1. Nenhum espelhismo e nenhuma ilusão podem reter por muito tempo o homem que estabeleceu para si a tarefa de percorrer o Caminho do fio da navalha, que o conduz através da vastidão do deserto, através da floresta espessa, através das águas profundas da dor e da agonia, através do vale do sacrifício e das montanhas da visão ao portal da Liberação. Algumas vezes viajará na escuridão (e a ilusão da escuridão é muito real); outras vezes viajará em uma luz tão deslumbrante e atordoante que mal conseguirá divisar o caminho à frente; saberá o que é hesitar no Caminho e se deixar cair sob a fadiga do serviço e da luta; poderá se desviar temporariamente e vagar pelas veredas da ambição, do egoísmo e da atração material, mas o lapso será breve. Nada no céu nem no inferno, na terra nem em nenhum lugar poderá impedir o progresso do homem que despertou da ilusão, vislumbrou a realidade além do espelhismo do plano astral e que ouviu, ainda que uma única vez, a clara convocação da sua própria alma. (TSMB) 2. Pede-se encarecidamente aos estudantes, que tratem de maneira drástica e vigorosa as suas naturezas emocionais, lembrando que a vitória vem de cima e não pode ser alcançada por baixo. A alma deve reger e o instrumento que tem nesta luta é a mente consagrada.

É interessante observar, na regra que estamos estudando, que há uma sequência oculta na descrição deste plano (Regra Sete).

Antes de tudo, é o plano das forças duais. A primeira coisa que o aspirante percebe é a dualidade.

O homem pouco evoluído tem percepção da síntese, mas se trata da síntese da sua natureza material. O homem de elevação espiritual também tem percepção da síntese, mas a que há em sua alma, cuja consciência é a da unidade. Entre essas duas, encontra-se o desditoso aspirante, consciente da dualidade acima de tudo e levado de um lado para outro entre as duas. O seu primeiro passo tem por objetivo tornálo ciente dos pares de opostos e da necessidade de escolher entre eles. Por meio da luz que descobriu em si mesmo, ele toma ciência da escuridão. Através do bem que o atrai, ele vê o mal que, para ele, é a linha de menor resistência. Através da atividade da dor, pode visualizar e ser consciente do prazer e céu e inferno se tornam realidades para ele. Pela atividade da vida atrativa da sua alma, ele se dá conta da atração da matéria e da forma e é forçado a reconhecer a pressão e a força de tração de ambas. Aprende a se sentir como que “pendendo entre as duas grandes forças” e, tendo captado as dualidades, lenta e seguramente torna-se claro para ele que o fator decisivo na luta é a sua vontade divina, em contradição com a sua vontade egoísta. Assim as forças duais desempenham o seu papel até que são vistas como duas grandes correntes de energia divina, puxando em direções opostas, e toma consciência dos dois caminhos, mencionados em nossa regra. Um caminho leva de volta à terra sombria do renascimento e, o outro, conduz pelo portão dourado à cidade das almas livres. Um é, pois, involutivo e o envolve na matéria mais densa; o outro o conduz para fora da natureza corporal e, oportunamente, torna-o ciente do seu corpo espiritual, através do qual poderá atuar no reino da alma. Posteriormente ele saberá (quando for um chela verdadeiro e consagrado) que um caminho é o da mão esquerda e, o outro, o da atividade correta. Em um caminho se tornará perito em magia negra, que nada mais é do que o desenvolvimento dos poderes da personalidade, subordinados aos propósitos egoístas do homem cujas motivações são os interesses pessoais e as ambições mundanas. Tais motivações o confinam aos três mundos e fecham a porta que se abre para a vida. No outro caminho, ele subordina a própria personalidade e exercita a magia da Fraternidade Branca, trabalhando sempre à luz da alma com a alma em todas as formas e sem acentuar as ambições do eu pessoal. A clara discriminação entre esses dois caminhos revela o que alguns livros ocultistas denominam de “estreito Caminho do fio da navalha”, que se encontra entre eles. Trata-se do “nobre Caminho do meio” do Buda, o qual traça uma fina linha demarcatória entre os pares de opostos e, entre as duas correntes que já aprendeu a reconhecer – uma ascendente aos portões do céu e a outra levando ao inferno mais profundo. (TSMB) (c) O Desenvolvimento do Ser Humano 1. O desenvolvimento do ser humano é a passagem de um estado de consciência para outro. É uma sucessão de expansões, um desenvolvimento da faculdade de percepção consciente que é a característica predominante do Pensador interno. É a progressão da consciência polarizada na personalidade, o eu inferior ou corpo, para a consciência polarizada no Eu Superior, o Ego ou Alma, e dali para a polarização na mônada (espírito), até que, oportunamente, a consciência seja divina. À medida que o ser humano se desenvolve, a faculdade de percepção consciente se estende, primeiro para além dos limites que o confinam nos reinos inferiores da natureza (mineral, vegetal e animal), para os três mundos da personalidade em evolução, para o planeta onde desempenha seu papel, para o sistema onde esse planeta orbita, até que, finalmente, escapa do próprio sistema solar e se torna universal. (Iniciação Humana e Solar) 2. Durante um longo período de vidas, o Ego permanece praticamente inconsciente da personalidade. O vínculo magnético existe, e isso é tudo, até que chega o momento em que a vida pessoal alcança um ponto no qual tem algo a agregar ao conteúdo do corpo causal – corpo que, de início, é pequeno, desprovido de cor e insignificante. Mas chega a hora em que as pedras são extraídas do canteiro da vida pessoal perfeitamente preparadas, e o homem, construtor e artista, aplica as primeiras cores. O Ego então começa a prestar atenção, raramente de início, mas com crescente frequência depois, até que, em determinadas vidas, o Ego passa a se dedicar decididamente à tarefa de subjugar o eu inferior, alargar o canal de comunicação e transmitir à consciência do cérebro físico a realidade de sua existência e a meta do seu ser. Feito isto, e o fogo interno circulando mais livremente, muitas vidas são dedicadas a estabilizar essa impressão e a converter essa consciência interna em parte da vida consciente. A chama se irradia cada vez mais para baixo, até que, gradualmente, os diferentes veículos vão se alinhando e o homem entra no Caminho de Provação. Ignora o que o espera, e só é consciente de uma impetuosa e fervorosa aspiração e de inatos anseios divinos. Anseia por progredir e saber, e sonha sempre com algo ou alguém superior a ele.

Tudo isso se apoia na profunda convicção de que a meta sonhada será alcançada pelo serviço prestado à humanidade, a visão se tornará uma realidade, o anseio se converterá em satisfação e a aspiração em visão.

A Hierarquia começa a atuar e a instrução se processa como mencionei… Até agora os Instrutores só observaram e guiaram, sem se ocupar claramente do homem em si; cabia ao Ego e à vida divina desenvolver o plano, e a atenção dos Mestres se dirigia ao Ego em seu próprio plano, o qual dedica todo o esforço possível para acelerar a vibração e obrigar os veículos inferiores, muitas vezes rebeldes, a responderem e se adaptarem à força que aumenta rapidamente. Trata-se principalmente de intensificar o fogo ou calor e, em consequência, a capacidade vibratória. O fogo egoico aumenta cada vez mais, até que o trabalho seja realizado e o fogo purificador se torne a Luz da Iluminação. Reflitam sobre esta frase. Como é em cima é embaixo; o processo se repete em cada degrau da escada. Na terceira Iniciação, a mônada começa a se tornar consciente do Ego. O trabalho, então, é feito com mais rapidez, pois o material está mais refinado e a resistência é um fator que só existe nos três mundos.

Eis porque um Mestre não sofre dor, melhor dizendo, a dor como a conhecemos na Terra, que é em grande parte dor na matéria. A dor que se acha oculta na compreensão, na não resistência, é sentida até os círculos mais elevados e chega de fato até o próprio Logos. Porém isto está fora do tema e é quase incompreensível para vocês, que ainda estão acorrentados na matéria…

O Ego procura viabilizar o fim desejado de três maneiras:

1. Por um trabalho definido nos níveis abstratos. Aspira fazer contato com o átomo permanente e encerrá-lo; é esta a sua primeira aproximação direta com a Tríade.

2. Por um trabalho definido com a cor e o som, com vistas à estimulação e vivificação, atuando em grupos e sob a orientação de um Mestre.

3. Por um trabalho definido com a cor e o som, com vistas à estimulação e vivificação, atuando em grupos e sob a orientação de um Mestre.

Lembrem-se de que o Ego também tem algo contra o qual lutar. A recusa a encarnar não se manifesta somente nos níveis espirituais, mas também no nível do Eu superior. (Cartas sobre Meditação Ocultista) 5. As almas, que ciclicamente adotam formas de vida distintas no longo processo evolutivo, chegam com o tempo a uma existência plena e autoconsciente, o que significa que estão autodeterminadas, autocondicionadas e autoconscientes. Também são conscientes e responsivas ao ambiente.

Uma vez obtida esta percepção consciente, o progresso é mais rápido. É preciso levar em conta que muitos seres humanos não possuem esta percepção. Os agrupamentos que surgem desta percepção (limitando as nossas ideias ao raio da família humana) expressam-se como:

1. As almas que vivem, mas cuja consciência está adormecida. Estes seres humanos entorpecidos têm um grau muito inferior de inteligência e a percepção de si mesmos e da vida é tão tênue e nebulosa que somente as formas mais inferiores da existência humana entram nesta categoria. Em forma racial, nacional e tribal não existem como tipos puros, mas ocasionalmente nascem nas favelas das grandes cidades. São como um retrocesso e nunca nascem entre os selvagens naturais ou entre os camponeses.

2. As almas que são conscientes simplesmente do plano físico e das sensações. Estas pessoas são lentas, inertes e inarticuladas; o ambiente lhes traz confusão, mas os acontecimentos não as perturbam tanto como aos tipos mais avançados e emocionais.

Não têm senso de tempo nem de propósito; raras vezes podem ser instruídas na linha mental e poucas vezes demonstram capacidade em alguma direção. Se forem dirigidas, podem fazer trabalho braçal; comem, dormem e procriam, seguindo os instintos naturais do corpo animal. Emocionalmente, porém, estão dormentes e, mentalmente estão adormecidas. São relativamente raros, embora existam milhares deles em nosso planeta.

Podem ser reconhecidos pela total incapacidade de responder ao treinamento emocional e mental e à cultura.

3. As almas que estão começando a se integrar e estão emocional e psiquicamente despertas. Nelas, logicamente, a natureza animal está desperta e a natureza de desejo começa a predominar. Poucas destas pessoas se encontram nas raças, algumas se encontram entre os negros, raça que possui um grande número de pessoas que está ainda na etapa infantil. São as almas infantis, e embora possuam instrumental mental e algumas possam ser treinadas para usá-lo, a preponderância da ênfase da vida reside inteiramente na atividade física, pois são motivadas pelo desejo de obter satisfação de algum tipo e por uma vida superficial ou de natureza de desejo, orientada quase que totalmente para a vida física. Tais almas são a analogia moderna das antigas culturas lemurianas.

4. As almas que são primordialmente emocionais, cuja natureza mental não é muito ágil e só raras vezes entra em atividade, e cujo corpo físico desliza constantemente para o reino do inconsciente. Em toda raça e nação existem milhões de almas nestas condições.

Podem ser consideradas como os atlantes modernos.

5. As almas que podem ser classificadas como seres humanos inteligentes, aptos a aplicar a mente se forem treinados, demonstrando que podem pensar quando surge a necessidade. Contudo, permanecem predominantemente emocionais. Constituem a maioria da moderna humanidade no momento presente. São os cidadãos comuns do nosso mundo moderno, bons, bem-intencionados, capazes de realizar uma intensa atividade emocional, com uma natureza sensível quase superdesenvolvida, flutuando entre a vida dos sentidos e da mente. Oscilam entre os polos da experiência. Suas vidas transcorrem em uma contínua agitação astral, mas têm momentos, cada vez mais frequentes, em que a mente pode momentaneamente se fazer sentir e em casos necessários tomar importantes decisões. Estas pessoas agradáveis e boas são controladas sobretudo pela consciência de massa, porque não pensam. Podem ser arregimentadas e padronizadas com facilidade por uma religião ortodoxa e um governo e são as ovelhas da família humana.

6. As almas que pensam e são mentais. Aumentam constantemente e adquirem poder à medida que os processos educacionais e as descobertas científicas obtêm alguns resultados e conseguem a percepção humana. Constituem a elite da família humana e são os que triunfam em algum setor da vida. Entre eles estão os escritores, artistas, pensadores em diversos campos do conhecimento e dirigentes religiosos, cientistas, trabalhadores técnicos e artesãos da aspiração humana, políticos, e todos aqueles que, mesmo estando na primeira classe, tomam as ideias e proposições e as desenvolvem para o ultérrimo benefício da família humana. São os aspirantes mundiais e os que começam a introduzir em sua consciência o ideal do serviço.

7. As almas cujo sentido de percepção se desenvolveu em tal grau no plano físico que podem passar para o Caminho Probacionário. São os místicos, conscientes da dualidade, fustigados pelos pares de opostos, mas que não podem descansar até que estejam polarizados na alma. São as pessoas sensíveis que lutam e não querem fracassar nem viver no mundo atual. Possuem mente ágil e ativa, mas não são capazes de controlá-la devidamente, e a iluminação superior é ainda uma alegre esperança e uma possibilidade última.

8. As almas cuja inteligência e amor estão se tornando tão despertas e integradas que podem começar a percorrer o Caminho do Discipulado. São os místicos práticos ou os ocultistas dos tempos modernos.

9. As almas que se iniciaram nos mistérios do reino de Deus. Não somente são conscientes de seus veículos de expressão, a personalidade integrada, como também de si mesmas como almas, e sabem, para além de toda controvérsia, que não existe “minha alma e sua alma”, mas simplesmente “a Alma”. Isso sabem não apenas como uma proposta mental e uma realidade percebida, mas também como um fato em sua própria consciência.

10. As almas que conseguiram se liberar de todas as limitações da natureza forma e residem eternamente na consciência da alma Una; não se identificam com nenhuma aspiração da vida da forma, por mais desenvolvida que seja. Podem usar e usam a forma à vontade para fins do bem geral. São os Mestres da Vida, os adeptos perfeitos. (Psicologia Esotérica, Volume II) 4. É preciso ter em mente que a vida da personalidade abrange as seguintes etapas:

1. A lenta e gradual construção durante um longo período de tempo. Durante muitos ciclos de encarnações, o homem não é uma personalidade, é apenas um membro da massa.

2. Nesta etapa, a identificação consciente da alma com a personalidade praticamente não existe. O aspecto alma, oculto nas envolturas, foi dominado pela vida dessas envolturas, durante um período muito, muito longo, e só faz sentir sua presença mediante o que se denomina “a voz da consciência”. Contudo, à medida que o tempo vai avançando, a vida inteligente ativa do indivíduo gradualmente se aprimora e coordena pela energia que flui das pétalas do conhecimento do lótus egoico ou da inteligente natureza perceptiva da alma em seu próprio plano. Isto produz, a certa altura, a integração das três envolturas inferiores em um todo atuante. O homem então é uma personalidade.

3. A vida da personalidade do indivíduo agora coordenado persiste durante muitas vidas, e também abrange três fases:

a. A da agressiva e dominante vida da personalidade, basicamente condicionada por seu tipo de raio, de natureza egoísta e muito individualista.

b. A de transição, em que se trava um intenso conflito entre a personalidade e a alma.

A alma começa a procurar se liberar da vida da forma e, no entanto, em última análise, a personalidade depende do princípio vida, conferido pela alma.

Expressando de outra maneira, tem início o conflito entre o raio da alma e o raio da personalidade, e a luta é travada entre dois enfocados aspectos de energia. Este conflito termina na terceira iniciação.

c. A do controle exercido pela alma, que é a fase final, levando à morte e à destruição da personalidade. Esta morte começa quando a personalidade, o Morador no Umbral, permanece ante o Anjo da Presença. A luz do Anjo Solar então extingue a luz da matéria.

A fase do “controle” é condicionada pela total identificação da personalidade com a alma; é o reverso da identificação anterior, da alma com a personalidade. Também é o que queremos expor quando falamos da integração de ambas, as duas agora são uma só. São Paulo se referiu a isso quando disse (nas Epístolas aos Efésios) que o Cristo “fez de dois, um homem novo”. É notadamente a fase das etapas finais do Caminho de Provação (no qual tem início o trabalho consciente) e é sustentado até a conclusão, no Caminho do Discipulado. É a etapa do servidor prático e triunfante, em que todo enfoque e produto da vida do homem é dedicado ao cumprimento da intenção hierárquica. O homem começa a atuar nos níveis não incluídos nos três mundos da evolução comum e também a partir deles, mas que exercem seus efeitos e produzem seus objetivos planejados nesses três mundos. (Cura Esotérica) Consulte também: TSMB e Psicologia Esotérica Volume II(d) Os Pontos de Crise na Vida Temos aqui, portanto, cinco períodos de crise na vida do indivíduo… O reflexo desta quíntupla experiência na vida individual ocorre na seguinte ordem, durante a vida do aspirante inteligente comum, que responde e tira proveito da civilização e da educação da época atual:

1. Apropriação da envoltura física.

Acontece entre os quatro e os sete anos, quando a alma, que até este momento sobrepairava o veículo físico, toma posse dele.

2. Uma crise durante a adolescência, em que a alma se apropria do veículo astral. As pessoas não reconhecem esta crise e somente o psicólogo comum a percebe levemente, devido às momentâneas anormalidades que apresenta, das quais não reconhece a causa, apenas os efeitos.

3. Uma crise similar ocorre entre os vinte e um e os vinte e cinco anos, quando a alma se apropria do veículo mental; então o homem comum deveria começar a responder às influências egoicas e, no caso do homem evoluído, ele muitas vezes assim faz.

4. Uma crise entre os trinta e cinco e os quarenta e dois anos, em que se estabelece o contato consciente com a alma; então a tríplice personalidade começa a responder, como unidade, ao impulso da alma.

5. Durante os anos de vida restantes deveria se estabelecer uma relação maior e mais forte entre a alma e seus veículos, o que leva a outra crise entre os cinquenta e seis e os sessenta e três anos. Dessa crise dependerá a futura utilidade da pessoa, se o Ego continuará utilizando os veículos até a velhice, ou se haverá uma retirada gradual da entidade que mora internamente.

No transcurso das épocas, houve muitos ciclos de crise na história da vida de uma alma, mas estas cinco crises maiores podem ser delineadas com clareza do ponto de vista da visão superior. (Psicologia Esotérica, Volume II) (e) Nível de Progresso Gostaria de… enfatizar para vocês a necessidade de lembrar sempre que em todo trabalho realmente ocultista, os efeitos esperados são alcançados sempre muito lentamente. No caso de um indivíduo, que em uma dada encarnação progride de forma espetacular, deve-se a que está manifestando algo adquirido anteriormente (a manifestação das faculdades inatas, adquiridas em encarnações passadas) e está se preparando para um novo período de esforço lento, cuidadoso e minucioso. Na vida presente recapitula os processos superados no passado e assenta as bases para um esforço renovado. Este esforço lento e laborioso, método geral para tudo que evolui, não é afinal mais do que uma ilusão de tempo, devido a que atualmente a consciência da maioria está polarizada nos veículos inferiores e não no causal. Os estados de consciência se sucedem uns aos outros com aparente lentidão, e nesta progressão lenta reside a oportunidade para o Ego de assimilar o fruto destas etapas. É preciso um longo tempo para estabelecer uma vibração estável e um tempo igualmente longo para desintegrá-la e impor um ritmo ainda mais elevado. O crescimento é um longo período de construção, para depois destruir, de organização, para posterior desorganização, de desenvolvimento de certos processos rítmicos, para depois rompê-los e de forçar o ritmo antigo a ceder lugar para o novo.

O que a personalidade procurou estabelecer em muitíssimas vidas não será facilmente alterado, quando o Ego – atuando na consciência inferior – procurar efetuar uma mudança. A transferência de polarização do emocional para o mental, deste para o causal e, mais tarde, para o tríplice Espírito, necessariamente implica em um período de grandes dificuldades, de violento conflito, tanto interno como com o ambiente, de sofrimento intenso e de aparente escuridão e desintegração; tudo isto caracteriza a vida do aspirante ou do discípulo. (Cartas sobre Meditação Ocultista) (f) Aprendendo da Experiência 1. Não alivie demais a carga dos seus associados imediatos. As almas dos seus associados têm o direito de aprender as mesmas lições que você aprendeu, e um coração demasiado piedoso nem sempre constitui uma posse muito útil; um coração amoroso é sempre útil…

…Não tire dos outros o direito de se sustentar por si, mediante uma manifestação demasiado grande desse amor protetor.

…Deixe que enfrentem por si mesmos as questões da alma que lhes são apresentadas por meio das lições materiais, assim poderão vir na próxima vida com um instrumental melhor para amar, trabalhar e viver altruisticamente. O verdadeiro amor às vezes deve se afastar e observar pacificamente, enquanto outros aprendem suas lições. (Discipulado na Nova Era, Volume I) 2. De acordo com a Lei oculta, o fazer precede sempre o conhecimento, porque o conhecimento se obtém pelo experimento e a experiência. O discípulo ou aspirante trabalha sempre no escuro, particularmente nas primeiras etapas do desenvolvimento, seguindo um instinto profundo e oculto para a atividade correta. Pelo árduo e persistente cumprimento do dever, sob a pressão da consciência primeiro, sob o impulso de sua alma que vai despertando e sob a influência do Mestre, avança das trevas para a luz; descobre que a obediência aos seus instintos espirituais o conduz inevitavelmente para o reino do conhecimento e que o conhecimento – uma vez adquirido – oportunamente se transforma em sabedoria.

Ele então se torna um Mestre e não mais caminha na escuridão.

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