7. Os centros são sempre os principais agentes no plano físico através dos quais a alma atua, expressa vida e qualidade, de acordo com o ponto alcançado no processo evolutivo, e o sistema glandular é simplesmente um efeito – inevitável e inexorável – dos centros através dos quais a alma atua. As glândulas expressam plenamente o ponto de evolução do homem, e de acordo com esse ponto são responsáveis pelos defeitos, limitações, habilidades ou perfeição alcançados. A conduta e o comportamento do homem no plano físico são condicionados, controlados e determinados pela natureza de suas glândulas e elas, por sua vez, são condicionadas, controladas e determinadas pela natureza, qualidade e vividade dos centros, enquanto que eles são condicionados, controlados e determinados pela alma, de maneira cada vez mais efetiva, à medida que a evolução vai avançando. Antes do controle da alma, são condicionados, qualificados e controlados pelo corpo astral e, mais tarde, pela mente. A meta do ciclo evolutivo é viabilizar este controle, este condicionamento e este decisivo processo pela alma; os seres humanos se encontram hoje em todas as etapas imagináveis de desenvolvimento no âmbito deste processo. (Cura Esotérica) 34. ALINHAMENTO DO EGO COM A PERSONALIDADE 1. É com o alinhamento dos três veículos, o físico, o emocional e o mental inferior na periferia causal, onde se estabilizam através de um esforço da vontade, que pode ser feito o verdadeiro trabalho do Ego, o Eu Superior, em determinada encarnação. Os grandes pensadores da raça, os verdadeiros expoentes da mente inferior, são indivíduos nos quais, basicamente, os três corpos inferiores estão alinhados; vale dizer, nos quais o corpo mental mantém os outros dois corpos em circunspecto alinhamento. O corpo mental fica, então, em comunicação direta, desobstruída e livre de interferências com o cérebro físico.
Quando o alinhamento é quádruplo e os três corpos acima mencionados estão alinhados com o corpo do Eu Superior – o corpo causal ou egoico – e mantidos firmemente dentro da sua circunferência, é possível ver em atuação os grandes líderes da raça – aqueles que, emocional e intelectualmente, influenciam a humanidade. Assim os inspiradores escritores e idealistas podem fazer descer as suas inspirações e os seus ideais e os pensadores sintéticos e abstratos podem transferir seus conceitos para o mundo da forma. É uma questão de haver um canal direto e desimpedido. Portanto, estudem a esse respeito e, tanto quanto puderem, a coordenação física; em seguida, agreguem à coordenação física a estabilidade emocional e terão os dois veículos atuando como uma unidade. Quando a coordenação se estender para o corpo mental, o tríplice homem inferior estará no auge, e muitas mudanças terão reverberado no mundo da forma.
Posteriormente advém a coordenação aperfeiçoada com o Eu Superior, o canal de comunicação alcançando, em linha direta – por um conduto desobstruído, se posso expressar dessa maneira – a consciência do cérebro físico. Antes só era direta em raras ocasiões. No homem em que a personalidade está altamente coordenada, os quatro centros inferiores do cérebro atuam com elevada vibração; quando o Ego está em vias de se alinhar com os corpos inferiores, a glândula pineal e o corpo pituitário estão em processo de desenvolvimento e, quando estão atuando de maneira correlacionada (o que ocorre na época da terceira iniciação), o terceiro centro, o centro alta maior, intensifica a vibração, que até então era moderada. Ao tomar a quinta iniciação, a ação combinada dos três centros é aperfeiçoada e o alinhamento dos corpos é retificado geometricamente; temos, então, o super-homem quíntuplo aperfeiçoado.
No homem comum, este alinhamento só ocorre de vez em quando, em momentos de estresse, nas horas em que são necessários esforços humanitários e em momentos da mais intensa aspiração. Para que o Ego repare na personalidade, o eu inferior, com continuidade, é necessário haver abstração, em maior ou menor grau. Quando esta abstração envolve as emoções, tem base na faculdade intelectiva e faz contato com o cérebro físico, o alinhamento então está começando.
Eis a razão da prática da meditação, pois ela tende à abstração e procura despertar as emoções e a intelecção para a consciência abstrata… O verdadeiro pensamento abstrato só é possível quando a personalidade, mediante recíproca vibração com o Ego, está alinhada o bastante para constituir um canal praticamente desimpedido. Em seguida, em alguns momentos, raros de início, mas cada vez mais frequentes, as ideias abstratas começarão a se infiltrar, seguidas, em seu devido tempo, de lampejos de verdadeira iluminação ou intuição, oriundos da Tríade espiritual, o próprio e verdadeiro Ego tríplice.
O acorde do Ego.
O que quero dizer com o termo “recíproca vibração”? Quero dizer a adaptação da personalidade, o eu inferior, ao Ego, o Eu Superior; a preponderância do raio do Ego sobre o raio da personalidade e a combinação dos respectivos tons. Quero dizer a mescla da cor primária do Eu Superior com o matiz secundário do eu inferior, até chegar à beleza. De início há dissonância e discordância, choque das cores e luta entre o superior e o inferior. Porém, à medida que o tempo vai transcorrendo, e posteriormente com a ajuda do Mestre, produz-se a harmonia de cor e tom (pois são matérias sinônimas), até que, afinal, obtémse a nota fundamental da matéria, a terça maior da personalidade alinhada e a quinta dominante do Ego, seguidas do acorde cheio da mônada ou Espírito. (Cartas sobre Meditação Ocultista)2. O Alinhamento com o Ego. Só é possível para o homem que alcançou o Caminho Probacionário ou certo ponto bem definido da evolução. Pelo conhecimento e a prática, adquiriu o poder de usar automática e cientificamente o sutratma (canal) como meio de contato. Quando a esta capacidade se agrega o uso do antahkarana com igual facilidade (a ponte entre a Tríade e a personalidade), temos então um poderoso agente da Hierarquia na Terra…
Nas primeiras etapas, o alinhamento deve ser realizado de maneira breve e cuidadosa por meio da concentração e da meditação. Posteriormente, quando o ritmo correto estiver implantado nos corpos, seguido de rígida purificação das envolturas, a atividade dual torna-se praticamente instantânea e o estudante pode então voltar a atenção para a tarefa de construir e vitalizar conscientemente, pois já não se concentrará para alcançar o alinhamento.
O alinhamento correto requer:
Quietude mental ou vibração estável.
Estabilidade emocional, resultando um nítido reflexo.
Equilíbrio no etérico, que produz uma condição no centro coronário que permite a aplicação direta da força no cérebro físico por meio deste centro. (Tratado sobre o Fogo Cósmico) 3. Para um discípulo, o alinhamento direto com o Ego através dos centros e do cérebro físico é a meta de sua vida de meditação e disciplina. Isto se faz a fim de que o Deus interno possa atuar com plena consciência e controlar plenamente o plano físico. Assim a humanidade será ajudada e os assuntos grupais facilitados. (Tratado sobre o Fogo Cósmico) 4. Simplificaremos as coisas, se pudermos, com três exposições claras, que resumirão o trabalho que o discípulo realiza à medida que luta com as energias do mundo mental e as domina:
1.O trabalho no plano mental produz a compreensão da dualidade. O discípulo procura unir e mesclar a alma com seu veículo e o faz conscientemente. Procura fusioná-los em uma unidade. Aspira compreender que, aqui e agora, são UM. Seu objetivo é a unificação do Eu com o não-eu. Dá o primeiro passo nesta direção quando deixa de se identificar com a forma e reconhece (durante este período de transição) que é uma dualidade.2.A mente, usada corretamente, passa a registrar os dois tipos de energia ou os dois aspectos da manifestação da Vida Una. Registra e interpreta o mundo dos fenômenos; registra e interpreta o mundo das almas; é sensível aos três mundos da evolução humana e se torna igualmente sensível ao reino da alma. É o grande princípio mediador durante este período intermediário de reconhecimento dual.3.Mais tarde, a alma e seu instrumento se tornam tão sintonizados e unificados, que a dualidade desaparece e a alma reconhece ser tudo o que é, tudo o que foi e tudo o que será. (TSMB)5. Tenderão a crer que o alinhamento é um processo pelo qual a personalidade se põe em relação com a alma. E assim é, exatamente. Entretanto, alinhamento é um termo que, na realidade, cobre quatro processos:
1.O alinhamento da alma com a personalidade, resultando em uma relação consciente com o Reino de Deus.2.O alinhamento da alma e da personalidade com o Ashram, resultando em uma relação consciente com o Mestre do Ashram.3.O alinhamento do iniciado de alto grau com a Tríade espiritual e o resultado consequente de um reconhecimento da energia monádica.
4.O alinhamento de todos os centros no corpo etérico do discípulo, resultando na capacidade destes centros de registrar e transferir as energias que entram no mecanismo inferior como consequência dos três alinhamentos superiores – enumerados acima.
(Discipulado na Nova Era, Volume II)6. Quando a personalidade alcançar determinada medida de purificação, dedicação e iluminação, o poder atrativo da alma, cuja natureza é amor e compreensão, poderá atuar e haverá a fusão das duas. (O Reaparecimento de Cristo) 7. O homem é, portanto (do ponto de vista da expressão da força), um conglomerado de energias antagônicas e um ativo centro de forças em movimento, que muda constantemente o enfoque e contém numerosas correntes de energia que apresentam uma confusa variedade de inter-relações ativas, interpenetração, luta interna e interdependência, até o momento em que as forças da personalidade (símbolo da multiplicidade divina) são subjugadas ou “alinhadas” pela alma dominante. Isto é o que realmente se quer dizer ao usar a palavra alinhamento, que é o resultado de:
1.O controle que a alma exerce sobre a personalidade.2.A afluência da energia da alma ao cérebro, por conduto dos corpos mental e emocional, produzindo assim a subjugação da natureza inferior, o despertar da consciência cerebral à percepção da alma, e um novo alinhamento dos corpos.3.O correto ordenamento, de acordo com o tipo de raio, das energias que animam e despertam dinamicamente os centros à atividade. Isto conduz eventualmente a que se efetue um alinhamento direto dos centros da coluna vertebral, para que a energia da alma possa ascender e descer através dos centros do centro regente da cabeça…Com o tempo, o raio monádico assume o controle, absorvendo em si mesmo o raio da personalidade e o da alma (na terceira e quinta iniciações) e assim a dualidade é definitivamente subjugada e permanece “apenas Aquele Que É” (Psicologia Esotérica, Volume II).35. INTEGRAÇÃO 1. O que significa o termo Integração? Tendemos a propagar palavras de maneira irreflexiva e inexata, mas, como buscamos o desenvolvimento, que está prevalecendo cada vez mais no campo humano, seria útil definirmos brevemente a integração e procurarmos fazer com que vocês compreendam uma ou duas de suas principais implicações. A integração deve ser considerada como um passo essencial antes de se passar para o quinto reino, ou reino espiritual (em plena consciência vigílica). Consideramos o corpo físico como um conjunto ativo de órgãos físicos, que têm cada um seus próprios deveres e propósitos e, quando combinados e atuando de maneira sincronizada, constituem um organismo vivo. Muitas partes formam um todo, funcionando sob a direção do Pensador consciente e inteligente, a alma, no que se refere ao homem. Ao mesmo tempo, esta forma consciente vai chegando paulatinamente a um ponto em que é desejável integrá-la em um todo maior, o que finalmente se consegue também na consciência vigílica. Este processo de assimilação consciente é realizado de maneira progressiva, integrando gradualmente a parte, começando da família, para a nação, a ordem social, a civilização atual, o mundo das nações e, afinal, a própria humanidade. Portanto, esta integração é de natureza física e também uma atitude mental. A consciência do homem desperta gradualmente para que reconheça esta relação da parte com o todo, e a inter-relação implícita de todas as partes dentro do todo.
O homem, quando se torna plenamente consciente dos distintos aspectos da sua natureza emocional, mental e egoica, se dá conta, antes de tudo, de que ele é uma personalidade. Integra seus diversos corpos com os diferentes estados de consciência em uma realidade ativa. Torna-se então uma personalidade definida e passa por um importante marco no Caminho do Retorno. Este é o primeiro grande passo. O processo evolutivo inevitavelmente produzirá este acontecimento fenomênico em todos os seres humanos, mas pode acontecer (o que hoje acontece cada vez mais) quando há dedicação mental no planejamento da tarefa e na consideração inteligente da relação entre a parte e o todo. Assim se verá que a personalidade, estritamente egoísta e material, chegará com o tempo à situação em que o homem será consciente da atividade e do poder integrado, porque então terá:
1.
2.Desenvolvido e integrado em um todo as suas próprias partes separadas.
Estudado e utilizado seu ambiente, ou aquele todo do qual a sua personalidade é somente uma parte, de tal modo que contribuirá para alcançar seu desejo, seu triunfo e assim se destacará. Assim fazendo, necessariamente terá dado uma contribuição vital ao todo, a fim de evocar seu poder integrador. Entretanto, por ser sua causa puramente egoísta e seu objetivo materialista, somente poderá conduzi-lo até certa altura do caminho da integração superior.O homem altruísta, orientado espiritualmente, também integra os diversos aspectos de si mesmo em um todo atuante, mas o foco de sua atividade é contribuir, não adquirir, e mediante a atuação da lei superior, a Lei do Serviço, se integrará na civilização prevalecente, não apenas como um ser humano, mas também no mundo mais amplo e mais inclusivo de atividade consciente que chamamos de Reino de Deus.
A humanidade progride de uma integração realizada para outra; contudo, a integração básica do homem é obtida no reino da consciência. Este enunciado é importante. Seria possível dizer, falando de maneira superficial e em termos gerais, que:
1.Na época da Lemúria, a humanidade alcançou a integração do corpo vital ou etérico, com o corpo físico.2.Na época Atlante, a humanidade agregou outra parte à síntese já alcançada, a natureza astral, e o homem psíquico veio definitivamente à existência. Vivia e ao mesmo tempo era sensível e respondia ao ambiente em um sentido mais amplo e especializado.3.Hoje, em nossa raça Ariana, a humanidade está empenhada na tarefa de agregar outro aspecto, o da mente. Às qualidades de vividade e sensibilidade alcançadas, o homem vai agregando rapidamente a razão, a percepção mental e outras qualidades da mente e da vida mental.4.A humanidade avançada, que se encontra no Caminho Probacionário, está fusionando esses três aspectos divinos em um todo que chamamos de personalidade. Milhares de indivíduos percorrem hoje esse Caminho e atuam, sentem e pensam simultaneamente, convertendo estas funções em uma só atividade. A síntese da personalidade ocorre no Caminho do Discipulado, sob a direção da entidade interna, o homem espiritual.
Esta integração é o alinhamento e – uma vez realizada – o homem passa, a certa altura, por um processo de reorientação, o qual lhe revela, à medida que lentamente vai mudando de direção, o Todo ainda maior, a humanidade. Mais tarde, no Caminho de Iniciação, aparecerá ante sua visão o Todo do qual a própria humanidade é apenas uma expressão. Este é o mundo subjetivo da realidade, no qual incontestavelmente começamos a entrar, à medida que nos tornamos membros do Reino de Deus.5. No Caminho Probacionário, embora apenas nas etapas posteriores, o homem começa a servir conscientemente à humanidade por meio de sua personalidade integrada e desta maneira a consciência de um todo maior e mais amplo substitui gradualmente a sua consciência individual e separatista. Ele sabe então que é apenas uma parte.
6.No Caminho do Discipulado, o processo de integração no Reino de Deus, o Reino das Almas, prossegue até tomar a terceira iniciação.Estas distintas integrações se desenvolvem mediante certo tipo de atividade precisa. Primeiro, há o serviço que a personalidade egoísta e separatista, em que o homem sacrifica muitas coisas para satisfazer o próprio desejo. Depois vem a etapa de serviço à humanidade e, finalmente, o serviço ao Plano. (Psicologia Esotérica, Volume II) 2. Há hoje no mundo muitas personalidades realmente integradas, as quais, devido à integração da alma com a personalidade, podem trilhar o caminho do discipulado aceito.
O estudo e a meditação combinados são fatores que todos os aspirantes deveriam empregar se desejam alcançar a necessária integração e a resultante vida de serviço. Assim o aspirante poderá comprovar seu ponto de integração e a amplitude da qualidade do serviço produzida pela integração. Se os aspirantes estudassem sua vida no plano físico com cuidado, descobririam se trabalham automaticamente em resposta às ideias convencionais de boa vontade ou gentileza que existem no plano físico ou se trabalham emocionalmente porque lhes agrada ajudar, lhes agrada ser estimados, e também aliviar o sofrimento (devido à aversão que sentem pelo desconforto que o sofrimento lhes traz), ou se creem seguir os passos do Cristo, que fez o bem, ou pela natural e profundamente assentada tendência da vida – o último e esperado desenvolvimento.
Os aspirantes descobrirão oportunamente (ao término das fases da integração física e emocional) que se segue uma fase de serviço inteligente, motivada, primeiro, pela misericórdia, e depois pela convicção de que é essencial, mais tarde ainda por uma etapa de definida ambição espiritual e depois por seguir respeitosamente o exemplo da Hierarquia e, por fim, pela ação da qualidade do amor puro, amor que cada vez mais se expressa, à medida que prossegue a integração superior da alma com a personalidade. Todas estas fases da intenção e de técnicas são corretas em seu próprio lugar, desde que tenham um valor educativo e enquanto as fases superiores seguintes permaneçam vagas e nebulosas. São erradas quando se perpetuam e são realizadas quando a etapa seguinte é claramente vista mas não é seguida. Reflitam sobre isto. Será útil e todos devem compreender o verdadeiro significado dessas variadas fases de integração, empreendidas – como são – nos termos da lei de evolução.
Todos estes passos no caminho de integração levam à etapa culminante em que a personalidade – rica em experiência, potente em expressão, reorientada e dedicada – se torna simplesmente a mediadora da vida da alma entre a Hierarquia e a Humanidade. Mais uma vez, reflitam sobre isto. (Cura Esotérica)36. UNIFICAÇÃO, O RESULTADO DA INICIAÇÃO Um ponto que devemos captar é que cada iniciação sucessiva impulsiona uma unificação mais completa da personalidade com o Ego e, em níveis ainda mais elevados, com a mônada. Toda a evolução do espírito humano é uma unificação progressiva. Na unificação do Ego com a personalidade está oculto o mistério da doutrina cristã da Redenção. Uma unificação acontece no momento da individualização, quando o homem se torna uma entidade consciente e racional, em contraste com os animais. À medida que a evolução segue seu curso, ocorrem sucessivas unificações.
A unificação em todos os níveis – emocional, intuicional, espiritual e divina – consiste em uma atuação com continuidade de consciência. Em todos os casos, é precedida de uma combustão por meio do fogo interno e pela destruição, por meio do sacrifício, de todo elemento separatista. O acesso à unidade se faz pela destruição do inferior e de tudo que forma uma barreira. Tomemos, por exemplo, a trama que separa os corpos etérico e emocional. Quando o fogo interno queima esta trama, passa a existir uma contínua comunicação entre os corpos da personalidade, e os três veículos atuam como um só. Temos uma situação semelhante nos níveis superiores, embora o paralelismo não possa ser levado muito longe. A intuição corresponde ao emocional e os quatro níveis superiores do plano mental ao plano etérico. Na destruição do corpo causal, por ocasião da quarta iniciação (chamada, simbolicamente, de “Crucificação”), temos um processo análogo ao da combustão da trama, que leva à unificação dos corpos da personalidade. A desintegração, que é parte da iniciação do Arhat, resulta na unidade entre o Ego e a mônada, expressandose na Tríade. É a unificação perfeita.
Portanto, o processo tem o objetivo de tornar o homem conscientemente uno:
Primeiro: Consigo mesmo e com os que estão em encarnação com ele.
Segundo: Com seu Eu Superior e, portanto, com todos os “eus”.
Terceiro: Com seu Espírito ou “Pai nos Céus” e, portanto, com todas as mônadas.
Quarto: Com o Logos, o Três em Um e o Um em Três.
O homem se torna um ser humano consciente pela intervenção dos Senhores da Chama, por Seu perene sacrifício.
O homem se torna um Ego consciente, com a consciência do Eu Superior, na terceira iniciação, pela intervenção dos Mestres e do Cristo e por Seu sacrifício de tomar encarnação física para ajudar o mundo.
Na quinta iniciação, o homem se une com a mônada pela intervenção do Senhor do Mundo, o Observador Solitário, o Grande Sacrifício.
O homem se torna um com o Logos, por intervenção d’Aquele de Quem Nada se Pode Dizer.
(Iniciação Humana e Solar)37. A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL 1. Os métodos de desenvolvimento são sempre os mesmos: meditação ocultista e serviço; vida interna de concentração e vida externa de prática; capacidade interna de entrar em contato com o superior e capacidade externa de expressar esta faculdade em termos de uma vida santa; irradiação interna do Espírito e brilho externo diante dos homens. (Cartas sobre Meditação Ocultista) 2. É espiritual o que está à frente do ponto de realização atual; é o que incorpora a visão e impulsiona o homem para a frente, em direção a uma meta mais elevada que a alcançada. (Discipulado na Nova Era, Volume II) 3. Chegou o momento em que o grande ritmo meditativo, que se estende do desejo, passa pela oração até a adoração, e daí para a meditação e invocação, pode ser imposto pelos homens sobre seu próprio pensamento.
É esta a tarefa imediata do Novo Grupo de Servidores do Mundo que colabora em todas as partes com os homens de boa vontade; cada membro do Novo Grupo deve se certificar por si mesmo de qual é o seu posto, onde está a sua responsabilidade meditativa e encontrar o campo que o destino indica para o seu serviço à raça dos homens. Não é tarefa fácil, irmão meu. Muitas vezes os homens são tão espiritualmente ambiciosos, que perdem tempo realizando tarefa que não lhes está destinada, porque assim satisfazem seu orgulho espiritual. (Discipulado na Nova Era, Volume II) 4. Como os discípulos e iniciados mais antigos alcançaram uma meta, que durante muito tempo pareceu inacessível para o aspirante comum, supõem que chegaram à realização; o fato de que esses discípulos e iniciados mais antigos apenas ultrapassaram um marco do Caminho Infinito da Beatitude. Mas, devido ao próprio impulso da vida, o progresso continua sempre; o conhecimento deve ser transmutado em sabedoria; o amor deve ser sempre acompanhado da vontade divina; o planejamento deve ceder lugar ao propósito divino; a luz deve ser sempre sucedida pela vida; da Hierarquia, o iniciado deve passar para Shamballa e de Shamballa seguirá um dos sete Caminhos; o Caminho da Evolução cede lugar ao Caminho da Evolução Superior; os reconhecimentos planetários se expandem oportunamente em contatos solares; a consciência crística desabrocha, afinal, em algo tão inclusivo que ainda não temos palavras para descrever, nem necessitamos delas; o reconhecimento do Pai e do ser monádico fazem desvanecer os reconhecimentos menores, e a consciência da alma e a vida progredindo na forma deixam de ser metas, pois ficam muito para trás.
Apesar de tudo isto, é preciso lembrar que o que se adquire por experiência persiste para sempre; nada jamais se perde; o que a vida na forma conferiu, permanece na posse da entidade espiritual imortal; o que a consciência da alma abarcou e incluiu é sempre o rico dom do Ser, centrado agora na mônada; a experiência hierárquica é fusionada nos propósitos da Câmara do Conselho de Shamballa, mas a aptidão de trabalhar na Hierarquia continua para sempre, porque a constituição e a instituição hierárquica condicionam toda a manifestação – a razão disso, ninguém sabe, como também não se conhece a Vontade divina. (A Exteriorização da Hierarquia) 5. Cabe à alma, pela transmissão de ideias, revelar à mente equilibrada e aquietada o próximo passo a dar na tarefa da evolução mundial. Tal é o Plano para a humanidade. (Psicologia Esotérica, Volume II) (a) O Homem 1. Podemos considerar o microcosmo, o homem, evoluindo nos três mundos. O homem é produto da aproximação (atualmente imperfeita) dos dois polos: Espírito (o Pai no céu) e matéria (a Mãe). Esta união dá por resultado um Filho de Deus individualizado, a unidade do Eu divino, e sua réplica exata, em miniatura, no plano mais inferior, do grande Filho de Deus, o Oni-Eu, que constitui em si mesmo a totalidade de todos os filhos em miniatura, de todos os Eus individualizados e de todos e cada uma das unidades. Expresso em outros termos, o microcosmo, do ponto de vista subjetivo, é um sol em miniatura que se distingue pelas qualidades de calor e luz. No presente essa luz se encontra “abaixo da medida”, ou profundamente oculta por um véu de matéria, porém, com o processo evolutivo, brilhará a tal ponto que os véus se desvanecerão ante o resplendor da excelsa glória. Atualmente o calor microcósmico é de pequeno grau, isto é, pouco se sente a irradiação magnética entre os entes microcósmicos (segundo o significado oculto do termo), mas, com o tempo, as emanações de calor – devido à intensificação da chama interna, unida à irradiação assimilada de outros entes – aumentarão e alcançarão tais proporções, que a interação entre os Eus individualizados resultará, em cada um, na perfeita fusão da chama e do calor; e assim continuará até que exista “uma só chama com incontáveis chispas”, e o calor seja geral e equilibrado.