A Alma – 14 de 25

6. Todas as leis da alma (e a Lei do Serviço não é exceção) manifestam-se, inevitavelmente, de duas maneiras.

Primeiro, há o efeito que exercem sobre o indivíduo. Isto acontece quando houve um contato preciso com a alma, cujo mecanismo começa a responder. A comprovação disso estaria atuando agora entre os estudantes esotéricos disseminados pelo mundo, pois chegaram ao ponto em que o verdadeiro servidor pode sair das massas e demonstrar um contato estabelecido com a alma.

Segundo, as leis da alma estão começando a exercer efeito grupal na própria humanidade e a influenciar a raça dos homens como um todo. Este efeito seria como um reflexo da consciência superior na natureza inferior, por isso temos hoje muita procura pelo serviço e muitas iniciativas filantrópicas. No entanto, todo ele é profundamente matizado pela personalidade e, com frequência, produz muito dano, porque as pessoas tentam impor as próprias ideias de serviço e as próprias técnicas sobre outros aspirantes.

Talvez tenham se tornado sensíveis à impressão, mas muitas vezes descaracterizam a verdade e tendem para os fins da personalidade. Devem aprender a focar no contato com a alma e no conhecimento ativo da vida egoica, e não no lado forma do serviço. Gostaria de pedir àqueles de vocês que respondem a estas ideias e são sensíveis à impressão da alma (muitas vezes descaracterizando a verdade e tendendo para os fins da personalidade), a focar no contato com a alma e não no lado forma do serviço. A atividade no lado forma enfatiza a ambição da personalidade, envolvendo as pessoas no espelhismo do serviço. Havendo cuidadosa atenção no essencial do serviço – o contato com a alma – o serviço prestado fluirá com espontaneidade pelas linhas corretas e dará frutos. O serviço altruísta e a profunda afluência de vida espiritual, que o trabalho mundial vem demonstrando ultimamente é uma indicação promissora dessa perspectiva. (Psicologia Esotérica, Volume II) 7. Quando o eu pessoal inferior estiver subordinado aos ritmos superiores e obedecendo à nova Lei do Serviço, a vida da alma começará a fluir através do homem para os outros e o efeito na família imediata, e no grupo imediato demonstrará real compreensão e verdadeira utilidade. Essa corrente de vida se torna mais forte à medida que é utilizada e seu efeito se estenderá do pequeno grupo familiar circundante aos que se encontram nas imediações. Uma ampla série de contatos é possibilitada até que, oportunamente (se foram vividas várias vidas sob a influência da Lei do Serviço), o efeito da vida afluente pode abranger a nação e o mundo inteiro. Mas isto não deverá ser planejado nem haver luta para impô-la como um fim em si mesmo.

Será uma expressão natural da vida da alma, adquirindo forma e orientação, de acordo com o raio a que pertence o homem e a expressão de sua vida passada, matizada e ordenada pelas condições ambientais – de tempo, período, raça e idade. Será uma corrente viva e uma entrega espontânea, e a vida, o poder e o amor demonstrados, sendo de origem dos níveis da alma, terão uma força potente e atrativa sobre as unidades do grupo com as quais o discípulo pode entrar em contato nos três mundos de expressão da alma. Não há outros mundos, nos quais a alma, atualmente, possa se expressar desta maneira. Nada pode impedir nem deter o poder desta vida de serviço natural e amoroso, exceto nos casos em que a personalidade se interpõe.

O serviço, tal como entendem os Instrutores do lado interno da vida, é distorcido e se transforma em ocupação. Muda para ambição, para um esforço de fazer com que outros sirvam como achamos que o serviço deve ser prestado e por amor ao poder, que entrava o verdadeiro serviço em vez de amor pelos nossos semelhantes. Há uma etapa perigosa em toda vida na qual a teoria do serviço é captada e a lei superior reconhecida; a qualidade imitativa da personalidade, sua natureza macaco, e o anseio que traz a aspiração de grau superior, podem facilmente tomar a teoria por realidade, e as ações externas da vida de serviço pelo fluxo natural e espontâneo da vida da alma por seu mecanismo de expressão. (Psicologia Esotérica, Volume II) 8. Quando se diz – empregando termos da ciência ocultista – que devemos servir e obedecer, não ficamos interessados. No entanto, servir é o método, por excelência, para despertar o centro cardíaco e a obediência é igualmente potente para evocar resposta dos dois centros da cabeça ao impacto da força da alma e unificá-los em um único campo de reconhecimento da alma. Pouco compreendem os homens sobre a potência de seus anseios! Se o anseio de satisfazer o desejo é o anseio básico da vida da forma do homem, o anseio de servir é igualmente o anseio fundamental da alma no homem. Esta afirmação é uma das mais importantes desta parte do tratado. Até agora, raras vezes foi atendida. Entretanto, sempre está presente até nos tipos de seres humanos mais indesejáveis, e surge nos momentos mais cruciais do destino ou da necessidade imediata ou da suprema dificuldade. O coração do homem é são, mas, em geral, está adormecido.

Servir e obedecer! São estas as palavras de ordem da vida do discípulo. Foram distorcidas pela disseminação de ideias fanáticas e assim produziram fórmulas de filosofia e teologia religiosas, mas tais fórmulas, ao mesmo tempo, velaram a verdade. Foram apresentadas à consideração do homem em termos de devoções à personalidade e de obediência aos Mestres e líderes, em vez de servir e obedecer à alma que existe no todo. Entretanto, a verdade está emergindo de maneira gradual, e deve triunfar, inevitavelmente.

Uma vez que o aspirante no Caminho de Provação tenha tido um vislumbre sobre isso (por mais insignificante que tenha sido), a lei do desejo, que o governou durante épocas, dará lugar lenta e seguramente à Lei de Repulsão que, no devido tempo, o liberará da escravidão do não-eu. Levará o homem à discriminação e à atitude de desapaixonamento, características do homem que está no caminho da liberação. Vamos lembrar, porém, que a discriminação baseada na determinação de ser livre e o desapaixonamento que indica um coração duro, aprisionarão o aspirante em um envoltório cristalizado, muito mais difícil de romper que a prisão normal da vida do homem egoísta comum. Este desejo espiritual egoísta é, em geral, o maior pecado dos pseudoesoteristas, e deve ser evitado muito cuidadosamente.

Portanto, quem é inteligente se dedicará a servir e a obedecer. (Psicologia Esotérica, Volume II) (n) A Alma e a Idade Avançada Se permanecer firme, com um coração aberto, um olho que vê e disposto a responder a todos aqueles com que entra em contato, a porta para um renovado serviço será aberta e muito poderá fazer. Não desconfie de si mesmo, siga em frente. O seu campo de serviço está ao seu redor.

O problema de todos que passaram pelos fogos da Renúncia e que estão percorrendo o caminho da autoentrega, que são conscientes da grandeza da alma e que, ao mesmo tempo, deixaram os jovens anos para trás, é enfrentar as últimas décadas da vida com compreensão, sem temer as limitações físicas. Muitos, nos últimos anos da vida, vivem, pensam e agem de tal maneira que a alma afasta a atenção. Assim, somente a personalidade permanece. A todos que passaram de meio século, diria: enfrentem o futuro com a mesma alegria da juventude, porém com mais utilidade, sabendo que têm a sabedoria da experiência, o poder de compreender e que nenhuma limitação física pode impedir que a alma se expresse em utilidade e serviço.

Lembraria algo que muito se esquece: é muito mais fácil para a alma se expressar por meio de um corpo mais velho em experiência do que por intermédio de um jovem inexperiente, desde que não haja nenhum orgulho nem desejo egoísta, apenas a ambição de amar e servir. (Discipulado na Nova Era, Volume I) (o) A Alma e o Emprego das Palavras de Poder 1. As Palavras de Poder (o que também se aplica ao O.M.) têm origem no segundo raio, que é o da manifestação da consciência e, portanto, destinam-se a uso da alma, porque a alma é a expressão do segundo aspecto da divindade, e somente a alma pode realmente empregar estas Palavras e sons e assim produzir os resultados desejados, que estão sempre em linha com o Plano divino. Esquece-se com frequência que devem ser usadas pela alma de maneira dinâmica, envolvendo o sério reconhecimento do aspecto vontade. A Grande Invocação, o O.M. e todas as Palavras de Poder devem ser entoadas a partir da alma (cuja natureza é amor e cujo propósito é unicamente o bem do grupo), respaldadas ou “ocultamente impulsionadas” (tradução de uma ideia oculta quase intraduzível) pelo aspecto dinâmico da vontade, e exteriorizadas como uma forma-pensamento integrada, sobre uma corrente de substância mental viva, iluminada. Em consequência, este processo põe em atividade a vontade, o amor e a inteligência do homem que está usando estas palavras e fórmulas. Entretanto, com frequência se produz um hiato, mesmo quando um homem integrou estes três fatores controladores dentro de si mesmo, até onde é capaz de fazê-lo em seu ponto particular de evolução. Tudo o que conseguiu fazer foi reter a forma-pensamento criada no plano mental; não consegue fazer sentir a presença da forma-pensamento no plano físico nem obter os resultados desejados porque seu cérebro (o centro inferior de recepção e distribuição dentro da cabeça) é incapaz da necessária atividade dupla – manter a consciência da intenção, do significado e do propósito da fórmula usada e, ao mesmo tempo, continuar a tarefa de emitir a potência oculta, mas transmitida pelas Palavras ou sons.

O que estou lhes dizendo aqui não se refere somente ao uso da Grande Invocação, mas também ao uso diário e constante da Palavra Sagrada pelos estudantes de ocultismo e aspirantes em sua meditação diária. Poderiam mudar suas vidas, reorientar seu propósito e foco de vida e alcançar o desenvolvimento e expansão espirituais, se pudessem usar o O.M. como deve ser. (A Exteriorização da Hierarquia) 2. Só podem usar estas fórmulas eficazmente aqueles que vivem, trabalham, pensam e sentem como almas, o que sempre significa em termos de grupo.

Hoje, porém, em todos os países, há aqueles que estão rapidamente se tornando conscientes da alma como fator controlador da consciência, que reagem aos assuntos e às condições mundiais cada vez mais como almas e que, em consequência, podem ser instruídos para trabalhar no plano físico. Quando isto acontece, é possível comunicar certas Palavras de Poder e mantras e instituir a nova e potente atividade que permitirá que a Hierarquia e a Humanidade entrem em cooperação consciente e direta…

O objetivo destes processos de invocação é, entre outros… invocar a alma da humanidade e assim fazer com que se expresse mais livremente no plano físico, o que pode se produzir de duas maneiras:

a.Pelo estímulo das almas dos homens em todas as partes, graças ao maior afluxo do princípio de amor crístico, que se expressará no mundo pela compreensão, boa vontade, cooperação e paz.b. Pela instauração, dentro da própria humanidade, de uma vibração de tal potência que atrairá magneticamente uma resposta da atenta e expectante Hierarquia e dará como resultado uma relação muito mais estreita e também consciente entre os dois centros planetários, a Hierarquia e a Humanidade. (A Exteriorização da Hierarquia) 3. Nosso dever é aprender a entrar corretamente em contato com a Hierarquia, por intermédio de nossas próprias almas; empregar corretamente a Grande Invocação como almas e responder corretamente e ser sensíveis aos efeitos resultantes. (A Exteriorização da Hierarquia) 27. O PRINCÍPIO CONSTRUTOR DE FORMAS Certas premissas básicas da Sabedoria Eterna são:

1. A alma é o princípio construtor de formas que produz atração e coesão.

2. A alma é um aspecto ou tipo de energia que se diferencia da matéria em si.

3. O átomo foi reconhecido como uma unidade de energia, mas até agora a energia que impele os átomos para conglomerados que denominamos organismos e formas ainda não foi isolada. É o que os místicos do mundo científico perceberão e trabalharão para demonstrar ao longo da próxima geração. É este tipo de energia, a energia do aspecto construtor de formas da manifestação que é a fonte de todo o trabalho mágico; e é esta energia, nos diferentes reinos da natureza que produz forma, figura, espécie, classe, tipo e as diferenciações que marcam e distinguem as miríades de formas através das quais a própria vida se manifesta. É a qualidade da energia que produz a quantidade de formas; é a luz que causa o surgimento na consciência da raça das figuras heterogêneas que os conglomerados de átomos podem assumir.

4. O tipo de energia que produz figuras, formas e organismos coerentes em todos os reinos da natureza não é o princípio vida. O princípio vida não será descoberto nem reconhecido até que a alma, ou princípio que conduz a qualidade, o construtor das formas, seja por sua vez estudada, reconhecida e investigada.

5. Isto só será alcançado quando o homem tomar posse de maneira mais consciente do seu patrimônio divino e, trabalhando como alma e no controle do seu mecanismo (físico, emocional e mental), puder trabalhar conscientemente em harmonia com a alma de todas as formas.

Isto só será possível quando a raça captar a hipótese mencionada acima, reconhecê-la como possibilidade e procurar demonstrar ou refutar a realidade do fator alma que reside por trás da sua estrutura ou corpo de manifestação. Todos os grandes cientistas e trabalhadores no reino da natureza objetiva trabalharam como almas, e os desenvolvimentos mais surpreendentes do reino da física e da química, como em outros setores do conhecimento humano, ocorreram quando o trabalhador em determinado campo se lançou com fé em uma hipótese que formou e investigou e deu continuidade ao trabalho, etapa após etapa, até entrar em contato com um aspecto da verdade ainda não formulado pelo homem. Em seguida, tendo penetrado em um novo reino do pensamento mediante sua intuição, ele toma o conhecimento que descobriu e o formula de tal maneira que, por meio da teoria, do princípio, do experimento e de aparelhos mecânicos, se converte em propriedade do grupo e, no devido tempo, é compreendido e utilizado pelo mundo. Na origem, porém, foi um trabalho místico, baseado na intuição mística. (TSMB)28. O PROPÓSITO DA VIDA EGOICA 1. O Ego, em seu próprio plano e em pequena escala, repete a ação do Logos. Constrói certa forma com determinado fim; reúne certo material e aspira a certa consumação que será resultante do material reunido, vibrando em certa extensão, regido em determinada vida por certas regras e buscando um objetivo específico – nem todos os objetivos possíveis.

Cada personalidade é, para o Ego, o que o sistema solar é para o Logos. Constitui seu campo de manifestação e o meio pelo qual obtém um objetivo demonstrável. Este propósito pode ser a aquisição de virtude, pagando o preço dos vícios; pode ser a sagacidade comercial, lutando para prover as necessidades da vida; pode ser o desenvolvimento da sensibilidade, revelando as crueldades da natureza; pode ser a edificação da abnegada devoção para atender às necessidades dos que dependem dele ou pode ser a transmutação do desejo pelo método da meditação praticada no Caminho. A cada alma compete descobrir por si mesma. O que procuro inculcar em vocês é que existe certo perigo que incide exatamente sobre este fator. Por exemplo, se ao adquirir a capacidade mental de meditar, o estudante deixa de alcançar aquilo pelo que veio ao corpo físico, o resultado não será um benefício, mas um desenvolvimento desigual e uma momentânea perda de tempo.

Se não cumpre os desejos do Ego e desperdiça a oportunidade, sofre muito e, na vida seguinte, necessitará de um cenário similar, um estímulo mais forte e um círculo-não-se-passa mais estreito para cumprir a vontade do seu Ego. (Cartas sobre Meditação Ocultista) 2. A alma não tem um destino individual, ela está submersa no Uno. Seu destino é o destino do grupo e do Todo; seu desejo é a promoção do grande Plano e sua vontade é a glorificação do Logos encarnado. (TSMB) 3. Os seres humanos são propensos a se preocupar, principalmente, com as suas relações grupais superiores, seu retorno ao lar do Pai e com a tendência de “se elevar” e se afastar do mundo fenomênico.

Ocupam-se principalmente de descobrir o centro dentro do aspecto forma, o que chamamos de alma e, quando a encontra, com o trabalho de se comunicar com esta alma e, assim, encontrar a paz. Isto é correto e está de acordo com a intenção divina, mas não é todo o plano para o homem, e quando isto permanecer como seu principal objetivo, o homem fica em iminente perigo de cair na armadilha do egoísmo espiritual e da separatividade. (TSMB) 4. A utilidade da dor é muito grande e leva a alma humana das trevas para a luz, da escravidão para a libertação e da agonia para a paz. Tal paz, tal luz e tal liberação, mais a ordenada harmonia do cosmo, destinam-se a todos os filhos dos homens. (TSMB) 5. Assim permanecem a Humanidade e a Hierarquia. Assim permanece você, meu irmão, personalidade e alma, livre para avançar para a luz, se assim decidir, ou permanecer passivo sem aprender nada nem ir a parte alguma; livre também para voltar a se identificar com o Morador, frustrando assim a influência do Anjo, recusando a iminente oportunidade e postergando – para um ciclo muito posterior – a sua escolha determinante. Isto é válido tanto para você como para a Humanidade como um todo. Será que a personalidade materialista de terceiro raio da humanidade dominará a situação atual, ou a alma amorosa será o fator mais poderoso, manejando a personalidade e seus pequenos assuntos, levando-a a uma correta discriminação e ao reconhecimento dos verdadeiros valores, assim introduzindo a era do controle da alma ou da Hierarquia? O tempo dirá. (Espelhismo: Um Problema Mundial) 6. O homem lê o seu destino nos céus e escreve este destino em sua vida na Terra; conscientemente ou não, reduz a ideia de sua alma a uma forma oportuna e adequada, de maneira que cada vida agrega, subtrai e multiplica, até a soma de cada experiência da alma estar completa. (Educação na Nova Era) 7. De modo constante, o propósito do desenvolvimento das nossas próprias almas (“esses anjos de persistente e imorredouro amor”) teria que ser controlado mais plena e profundamente e isto deveria ser nosso mais firme propósito, a qualquer custo e sacrifício pessoais e para tal, em verdade e sinceridade, deveríamos batalhar. (Psicologia Esotérica Volume II)29. A PERCEPÇÃO MÍSTICA Civilizações, culturas, raças e nações aparecem e desaparecem, mas com elas vão e vêm as mesmas individualidades, colhendo os frutos da experiência e avançando progressivamente até a plena autodeterminação e organização grupal e síntese. Lembro a vocês, além disso, que há uma qualidade peculiar em todo ser humano, característica inata e inerente, inevitavelmente presente, à qual poderíamos dar o nome de “percepção mística”. Uso este termo em um sentido muito mais amplo do que lhe é dado em geral, e gostaria que considerassem esta qualidade de percepção mística de maneira a incluir:

1. A visão mística da alma, de Deus e do universo.

2. O poder de entrar em contato e reconhecer o mundo dos significados, o mundo subjetivo da realidade emergente.

3. O poder de amar e de ir em direção ao que está além do próprio eu.

4. A capacidade de captar e intuir ideias.

5. A aptidão de perceber o desconhecido, o desejável e o desejado. A determinação e persistência subsequentes que habilitam o homem a buscar, pesquisar e ir atrás da realidade desconhecida.

Foi a tendência mística que produziu os grandes místicos de renome mundial, assim como o grande número de exploradores, descobridores e inventores.

6. O poder de perceber, registrar e gravar o bom, o belo e o verdadeiro. Foi o que produziu o escritor, o poeta, o artista e o arquiteto.

7. O impulso de descobrir e penetrar nos segredos de Deus e da natureza. Foi o que produziu o cientista e o homem religioso.

Pelo estudo destas definições, observarão o quanto o termo “percepção mística” é inclusivo. É não mais nem menos do que o poder, inato no homem, de alcançar e captar o que é maior e melhor do que ele próprio, e que o impeliu a avançar através das civilizações e culturas que se desenvolveram progressivamente e hoje está à beira de um novo reino da natureza. A “percepção mística” é o poder de apreciar e de se empenhar em alcançar o que aparentemente é inalcançável. Tenham em mente esta tese ampla e geral, à medida que estudamos o poder em desenvolvimento no homem de autoexpressão, autodeterminação e o autodomínio. (A Educação na Nova Era)30. O MÍSTICO E O OCULTISTA 1. O místico elimina ou procura transcender a mente no processo de encontrar o Eu. O ocultista, mediante o interesse concentrado nas formas que velam o Eu, e o emprego do princípio mente, em seus dois níveis, chega ao mesmo ponto. Reconhece as envolturas que encobrem. Dedica-se ao estudo das leis que regem o sistema solar manifestado. Concentra-se no objetivo, mas, nos primeiros anos, pode às vezes passar por alto o valor do subjetivo. A certa altura chega à vida central, eliminando uma envoltura após a outra, mediante o conhecimento e o controle consciente. Medita sobre a forma até que a perde de vista e o criador da forma se torna tudo no todo. (Cartas sobre Meditação Ocultista) 2. Para o pensamento público é de grande valor a verdadeira explicação sobre a evolução do Ego, e o poder do seu desenvolvimento gradual na Terra é muito grande. O homem pode considerar esta questão de duas formas, ambas proporcionarão matéria para meditação e merecem séria consideração… Por meio da devoção pura, da intensa dedicação e de uma severa disciplina do corpo físico, o místico penetra no centro cardíaco de seu pequeno sistema e os raios de seu próprio sol central irradiam a luz divina egoica sobre a sua vida. Também se poderia dizer que o problema reside em que o homem concentra no esforço em fazer descer à consciência do cérebro físico e, assim, ao plano físico, a vida, o poder e a energia do centro interno, o Ego. Isto implica, necessariamente, em compreender de maneira científica, as leis do ser e em reconhecer a natureza dual do Eu. Implica na dedicação à tarefa de dominar os senhores lunares por meio do controle radiante do Senhor solar. Assim é o método esotérico, pelo qual se estuda a constituição dessas entidades que formam a quádrupla natureza inferior, a personalidade, e se investigam profundamente essas Essências divinas que constroem o corpo do Ego ou Eu superior. A isto se deve agregar a severa aplicação das leis da natureza ao problema individual. (Tratado sobre o Fogo Cósmico) 3. O místico está sempre consciente da dualidade. É o buscador à procura da luz, da alma, do ser amado, daquele algo superior que pressente que existe e que pode ser encontrado. Esforça-se por reconhecer o divino e ser reconhecido por ele; persegue a visão, é um discípulo de Cristo, e isto condiciona seu pensamento e aspiração. É um devoto e aquele que ama o aparentemente inalcançável: o outro, além dele mesmo.

Somente quando se torna ocultista, o místico aprende que todas as vezes o ímã que o atraiu, e o dualismo que matizou a sua vida e pensamento e que foi a motivação de tudo o que quis realizar foi seu verdadeiro eu, a Realidade Una. Reconhece, então, que esta assimilação na Realidade Una e a identificação com ela faz a dualidade ser transmutada em unidade e ao sentido de busca se transforma em esforço para se tornar o que essencialmente é: um Filho de Deus, uno com todos os Filhos de Deus. Ao chegar a esta realização, descobre que ele mesmo é uno com o UNO no qual vivemos, nos movemos e temos o nosso ser. (Cura Esotérica) 31. “ALMAS PERDIDAS” Se um homem persiste vida após vida nesta linha de ação, descuidando de seu desenvolvimento espiritual e concentrando o esforço intelectual na manipulação da matéria para fins egoístas, e se apesar das advertências do seu eu interno e daqueles que o observam, continua fazendo assim durante um extenso período de tempo, pode acarretar a própria destruição, que significará o fim de seu manvantara ou ciclo.

Também a união destes fogos, o da matéria e a dupla expressão do fogo mental, pode chegar a destruir totalmente o átomo físico permanente e com isto cortar a conexão com o Eu superior por éons de tempo.

H.P.B. referiu-se sobre isto quando falou das “almas perdidas”. Aqui devemos enfatizar nossa posição sobre a realidade deste terrível desastre e advertir sobre os perigos que ameaçam os que procuram manipular os fogos da matéria. A fusão destes fogos há de ser resultado do conhecimento espiritualizado, dirigida unicamente pela Luz do Espírito, que é amor e atua por meio do amor e busca a unificação e a total fusão, não do ponto de vista dos sentidos ou da satisfação material, mas com o fim de obter a liberação e a purificação e estabelecer a união superior com o Logos; tal união não deve ser desejada para fins egoístas porque ela é a meta da perfeição grupal, cuja finalidade é prestar maior serviço à raça. (Tratado sobre o Fogo Cósmico)32. O TREINAMENTO DOS VEÍCULOS PARA O SERVIÇO DA ALMA 1. A tarefa do discípulo consiste também em evocar resposta do Mestre, e o momento da resposta depende do seu zelo no trabalho, da sua consagração ao serviço e das suas dívidas cármicas. Quando merecer certa resposta, se manifestará em suas estrelas, e nada poderá entorpecê-la ou retardá-la. Tampouco nada pode realmente apressá-la; portanto, o estudante não precisa perder tempo em lamentações por falta de resposta. Seu papel é obedecer às regras, ajustar-se às formas estabelecidas, refletir, aderir inteligentemente às instruções prescritas, trabalhar com afinco e servir ardorosamente aos semelhantes.

Inscrever-se
Notificar de
guest

0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários