5 Observa, Ó Peregrino Feliz!

Observa, ó peregrino feliz! O portal diante de ti é alto e largo, parece de fácil acesso. O Caminho que leva através dele é reto, suave e verde. É como uma clareira com sol em meio à escuridão de uma floresta densa, um ponto na terra que reflete o paraíso de Amitabha. Lá, os rouxinóis da esperança e pássaros de plumagem brilhante cantam desde galhos verdes, sobre o sucesso dos peregrinos destemidos. Eles cantam as cinco virtudes dos Bodhisattvas, a quíntupla fonte do poder de Bodhi, e os sete passos do conhecimento.

Passa adiante! Porque tu trouxeste a chave; estás em segurança.

E o caminho para o segundo portão é verdejante também. Mas ele é íngreme e serpenteia morro acima; sim, até o seu topo rochoso. Neblinas cinzentas cobrirão as pedras do seu ponto mais alto, e tudo mais além será escuro. À medida que o peregrino avança, a canção de esperança soa mais fraca ao seu coração. O tremor da dúvida desce agora sobre ele; o seu passo se torna menos firme.

Cuidado com isso, ó candidato! Deves ter cuidado com o medo que se espalha como as asas negras e silenciosas do morcego da meia-noite, entre a luz da lua da tua Alma e a tua grande meta, que aparece palidamente a longa distância.

O medo, ó Discípulo, destrói a vontade e paralisa toda ação. Se houver uma falta da virtude Shila – o peregrino tropeça e pedras cármicas ferem seus pés ao longo do caminho rochoso.

Caminha com firmeza, ó Candidato. Banha tua Alma na essência de Kshanti 1Khsanti, “paciência”. Veja, mais acima, a enumeração das chaves de ouro.; porque agora tu te aproximas do portal que tem este nome, o portão da constância e da paciência.

Não feches os olhos, nem percas de vista o Dorje 2Dorje é o Vajra sânscrito, uma arma ou instrumento nas mãos de alguns deuses (os Dragshed tibetanos, os Devas que protegem os homens). Considera-se que ele tem o mesmo poder Oculto de repelir más influências – purificando o ar – que o ozônio, em química. É também um Mudra, um gesto e uma postura usados ao sentar em meditação. Ele constitui, em resumo, um símbolo de poder sobre más influências invisíveis, seja como uma postura ou como um talismã. Os Bhons ou Dugpas, no entanto, se apropriaram do símbolo e o usam para fins de magia negra. Entre os “Gorros Amarelos”, ou Gelugpas, ele é um símbolo de poder, assim como a cruz para os cristãos, e não é de modo algum mais supersticioso. Entre os Dugpas, ele é supersticioso, assim como o triângulo duplo reverso, um signo da feitiçaria.; as setas de Mara ferem sempre o homem que não alcançou Viraga. 3Viraga é o sentimento de absoluta indiferença ao universo objetivo, assim como a prazer e dor. A palavra “desprazer” não expressa o seu significado, no entanto tem semelhanças.

Evita tremer. Sob o hálito do medo a chave de Kshanti fica enferrujada: a chave com ferrugem se recusa a girar.

Quanto mais avançares, mais os teus pés encontrarão armadilhas. O Caminho que leva para adiante é iluminado por um fogo – a luz da coragem, que brilha no coração. Quanto mais se ousa, mais se obtém. Quanto mais se teme, mais pálida fica essa luz – e só ela pode guiar. Porque, assim como o último raio da luz do sol que brilha no alto de uma montanha é seguido pela noite negra depois de dissolver-se, o mesmo ocorre com a luz do coração. Quando ela desaparece, uma sombra escura e ameaçadora cai desde o teu próprio coração sobre o Caminho e prende os teus pés, com terror, ao ponto em que estás.

Cuidado, Discípulo, com aquela sombra mortal. Nenhuma luz que brilha do espírito pode dispersar a escuridão que vem da Alma inferior, a menos que todo pensamento egoísta tenha fugido dali, e a menos que o peregrino diga: “Eu renunciei a esta forma passageira; eu destruí a causa: as sombras lançadas, sendo efeitos, já não podem existir.” Porque agora tem lugar a última grande luta, a guerra final entre o Eu superior e o Eu inferior. Observa: o próprio campo de batalha está agora dominado pela grande guerra, e já não existe.

Mas uma vez que tu tenhas passado pelo portão de Kshanti, o terceiro passo é dado. O teu corpo é teu escravo. Agora, prepara-te para o quarto passo, o Portal das tentações que iludem o homem interno.

Antes que possas aproximar-te da meta, antes que a tua mão se erga para abrir a tranca do quarto portão, deves ter dominado todas as mudanças mentais em teu Eu, e eliminado o exército dos pensamentos-sensações que, sutis e insidiosos, se arrastam, sem terem sido convidados, pelo chão do claro santuário da Alma.

Se não quiseres ser destruído por eles, deves tornar inofensivos os resultados da tua própria criação, filhos dos teus pensamentos, invisíveis, impalpáveis, que fervilham ao redor da humanidade, e são a prole e os herdeiros do homem e das suas más ações. Tens que estudar o vazio da aparente plenitude, e a plenitude do aparente vazio. Ó Aspirante destemido, olha profundamente no poço do teu próprio coração, e responde. Conheces os poderes do Eu, ó tu que percebes as sombras externas?

Se não conheces, então estás perdido.

Porque, no quarto caminho, a mais leve brisa de paixão ou desejo fará com que a firme luz passe a tremer sobre as paredes puras e brancas da Alma. A menor onda de arrependimento ou aspiração pelas dádivas ilusórias de Maya, ao longo de Antaskarana – o caminho que fica entre teu Espírito e o teu eu, a

estrada de sensações, as grosseiras despertadoras de Ahankara 4Ahankara – “eu” ou o sentimento da personalidade, a sensação de que “eu-sou-eu”.– um pensamento tão passageiro como a luz de um relâmpago fará com que as tuas conquistas sejam perdidas; as conquistas que tu obtiveste.

Pois tu deves saber que o ETERNO não conhece mudanças.

“Abandona para sempre os oito sofrimentos terríveis; caso contrário, seguramente não poderás ir até a sabedoria, e nem tampouco à liberdade”, diz o grande Senhor, o Tathágata da perfeição, “aquele que seguiu os passos dos seus predecessores”. 5“Aquele que segue os passos dos seus predecessores”, ou “daqueles que vieram antes”. Este é o verdadeiro significado do nome Tathágata.

Severa e exigente é a virtude de Viraga. Se queres dominar o seu Caminho, deves manter a tua mente e as tuas percepções muito mais livres da ação que mata do que em qualquer momento anterior.

Tu tens que tornar-te pleno de Alaya, deves ser um com o Pensamento-Alma da Natureza. Sendo um com ele, será invencível; estando separado, tu te tornas um espaço de recreio de Samvritti 6Samvritti é uma das duas verdades que demonstram o caráter ilusório ou a vacuidade de todas as coisas. É uma verdade relativa, neste caso. A escola Mahayana ensina a diferença entre estas duas verdades – Paramarthasatya e Samvrittisatya (“Satya” significa “Verdade”). Este é o ponto de discórdia entre os Madhyamikas e os Yogacharyas. Os Madhyamikas negam e os Yogacharyas afirmam que cada objeto existe devido a uma causa anterior, ou por uma concatenação. Os Madhyamikas são os grandes Nihilistas e Negadores. Para eles tudo é parikalpita, uma ilusão e um erro no mundo do pensamento e no universo subjetivo, assim como no universo objetivo. Os Yogacharyas são os grandes espiritualistas. Samvritti, portanto, como uma verdade apenas relativa, é a origem de toda ilusão., a origem de todas as ilusões do mundo.

Tudo é impermanente no homem, exceto a pura e clara essência de Alaya. O homem é seu raio cristalino; um feixe de luz internamente imaculado, e uma forma de barro na superfície inferior. Este raio de luz é o teu guia na vida e o teu verdadeiro Eu, o Observador e o Pensador Silencioso, a vítima do teu Eu inferior. Tua Alma não pode ser ferida, exceto pelos erros do teu corpo. Controla e domina a ambos, e estarás seguro ao cruzar o já próximo “Portão do Equilíbrio”.

Mantém o ânimo elevado, ó peregrino audaz, que avanças “para a outra margem”. Não dá atenção ao sussurros das hostes de Mara; afasta os tentadores, aqueles espíritos de má natureza, os invejosos Lhamayin 7Lhamayin são elementais e espíritos maldosos, nocivos para o homem, e inimigos dele.do espaço infinito.

Permanece firme! Estás perto agora do Portal intermediário, o portão das aflições, com suas dez mil armadilhas.

Controla os teus pensamentos, tu, que lutas pela perfeição, se quiseres passar pelo seu limiar.

Controla tua alma, ó buscador das verdades imortais, se quiseres alcançar a meta.

Concentra o Olhar da tua Alma na Pura Luz Una, a Luz que está livre de afeições, e usa a tua Chave de ouro..

A cansativa tarefa foi feita, o teu trabalho está quase completo. O largo abismo que podia devorar-te está quase vencido

Atravessaste agora o fosso que rodeia o portão das paixões humanas. Tu já venceste Mara e a sua hoste furiosa.

Afastaste a poluição do teu coração, e fizeste com que sangrasse dele o desejo impuro. Mas tua tarefa, combatente glorioso, ainda não está completa. Constrói um muro alto, Lanu, para proteger a Ilha Sagrada 8O Eu Superior, o Eu Pensante., a barragem que protegerá tua mente do orgulho e da satisfação diante da ideia da grande proeza realizada.

Um sentido de orgulho iria manchar o trabalho. Sim, constrói um muro forte, para que a força feroz das ondas em luta, que sobem e batem a sua praia a partir do grande Oceano do Mundo de Maya, não engula o peregrino e a ilha – sim, mesmo quando a vitória já foi alcançada.

A tua “Ilha” é o cervo, os teus pensamentos são os cães de caça que o cansam e o perseguem durante a sua jornada para a corrente da Vida. Ai do cervo que é dominado pelos inimigos que latem, antes de atingir o Vale do Refúgio – o Dhyana-Marga, chamado de “caminho do puro conhecimento”.

Antes que possas entrar no Dhyana-Marga 9Dhyana-Marga é o “Caminho de Dhyana”, literalmente; ou o Caminho do conhecimento puro, de Paramartha ou (Sânscrito) Svasamvedana, “a reflexão auto-evidente ou auto-analítica”.e considerá-lo teu, ó Vencedor de Dor e de Prazer, a tua alma tem que tornar-se como a fruta manga madura, e ser macia e doce como a sua clara polpa dourada, em relação ao sofrimento dos outros; mas dura como o caroço da fruta, para os teus próprios sofrimentos e tuas agonias.

Torna dura a tua Alma contra os enganos do Eu; faz com que ela mereça no nome de “Alma de Diamante”.10“Alma de Diamante”, Vajrasattva, um título do supremo Buddha, o “Senhor de todos os Mistérios”, chamado de Vajradhara e Adi-Buddha. A “Alma de Diamante” ou Vajradhara preside os Dhiani Buddhas.

Porque, assim como o diamante enterrado profundamente no coração pulsante da terra nunca pode refletir as luzes terrestres, assim também a tua mente e a tua Alma, mergulhadas em Dhyana-Marga, nada refletem do reino ilusório de Maya.

Quando tiveres alcançado este estado, os Portais que deves vencer no Caminho se abrirão completamente para que tu passes, e nem os maiores poderes da Natureza terão o poder de impedir o teu avanço. Então tu dominarás o Caminho setenário; mas não antes disso, ó candidato a provações indizíveis.

Até lá, uma tarefa ainda mais difícil aguarda por ti: tens que te sentir como TODO-PENSAMENTO, e, ao mesmo tempo, tens que afastar todos os pensamentos da tua Alma.

Tens que alcançar aquela imobilidade mental na qual nenhuma brisa, por mais forte que seja, pode introduzir um pensamento terreno. Purificado deste modo, o santuário deve ficar vazio de toda ação, de todo som ou luz terrenos. Assim como a borboleta , vencida pela geada, cai sem vida no limiar, assim também todos os pensamentos terrenos caem mortos diante do templo.

Vê o que está escrito:

“Antes que a chama dourada possa queimar com uma luz estável, o lampião deve estar bem protegido em um lugar livre de todo vento.” 11“Bhagavad Gita”, VI, 19.“Como uma lâmpada posta [em local] sem vento não bruxuleia” – essa comparação é lembrada [quando] um yogin de mente jungida pratica o Yoga do Si Mesmo. Se estiver exposta a uma brisa mutável, a luz irá oscilar e a chama trêmula lançará sombras enganosas, escuras e sempre alteráveis, sobre o branco santuário da Alma.

E então, ó buscador da verdade, tua Mente-Alma se tornará como um elefante enlouquecido pela raiva, na selva. Confundindo as árvores da floresta com inimigos vivos, ele morre tentando matar as sombras sempre cambiantes que dançam sobre o muro das rochas iluminadas pelo sol.

Cuidado, não deixa que, ao cuidar do Eu, a tua Alma perca sua base no solo do conhecimento dos Devas.

Cuidado, não deixa que, esquecendo do EU, a tua alma perca o controle da sua mente trêmula, e não obtenha, assim, por negligência, o devido fruto das suas vitórias.

Cuidado com as mudanças! Porque as mudanças são o teu grande inimigo. Estas mudanças te combaterão, e te lançarão para trás e para fora do Caminho que trilcetro, fazendo com que caias profundamente nos pântanos viscosos da dúvida.

Prepara-te, e fica alerta a tempo. Se tentaste e falcetro, ó lutador destemido, ainda assim não percas a coragem; continua lutando, e volta a atacar outra e outra vez.

Com o sangue precioso da vida saindo das suas largas feridas abertas, o guerreiro destemido ainda atacará o inimigo, expulsando-o de sua fortaleza, antes de morrer ele mesmo. Ajam, então, todos vocês que fracassam e sofrem, ajam como ele; e desde a fortaleza da sua Alma persigam e expulsem todos os seus inimigos – a ambição, a raiva, o ódio, até a sombra de um desejo – mesmo quando tiverem fracassado . . . . .

Tu, que combates o inimigo em busca da libertação, 12Esta é uma alusão a uma crença bem conhecida no Oriente (e também no Ocidente, na verdade), segundo a qual cada novo Buddha ou Santo é um novo soldado no exército daqueles que trabalham pela libertação ou salvação da humanidade. Nos países do budismo do norte é ensinada a doutrina dos Nirmanakayas, isto é, aqueles Bodhisattvas que renunciam ao merecido Nirvana ou ao manto de Dharmakaya (qualquer um dos quais os separaria para sempre do mundo dos homens) com o objetivo de ajudar invisivelmente a humanidade, e levá-la finalmente ao Paranirvana. Nestes países, cada novo Bodhisattva, ou grande Adepto iniciado, é chamado de “libertador da humanidade”. A afirmação feita por Schlagintweit em seu livro “Buddhism in Tibet” no sentido de que Prulpai Ku ou Nirmanakaya é “o corpo no qual os Buddhas ou Bodhisattvas aparecem na terra para ensinar aos homens” – é absurdamente inexato e não explica coisa alguma. deves lembrar que cada derrota é um êxito, e cada tentativa sincera conquista sua recompensa a seu devido tempo. Os germes sagrados brotam e crescem sem serem vistos na alma do discípulo. Os seus talos ficam mais fortes a cada nova tentativa. Eles se inclinam como juncos mas nunca se quebram, nem podem jamais perder-se. Mas, quando chega a hora, florescem.13Uma referência às paixões e pecados humanos que são eliminados durante as provações do noviciado, e que servem como um solo bem fertilizado no qual os “germes sagrados” ou sementes das virtudes transcendentais podem germinar. As virtudes, talentos ou dons pré-existentes ou inatos são vistos como tendo sido adquiridos em um nascimento anterior. Um gênio tem, sem exceção, um talento ou aptidão trazido de outro nascimento.

Porém, se vieste preparado, então não tenhas medo.

Notas de Rodapé

  • 1
    Khsanti, “paciência”. Veja, mais acima, a enumeração das chaves de ouro.
  • 2
    Dorje é o Vajra sânscrito, uma arma ou instrumento nas mãos de alguns deuses (os Dragshed tibetanos, os Devas que protegem os homens). Considera-se que ele tem o mesmo poder Oculto de repelir más influências – purificando o ar – que o ozônio, em química. É também um Mudra, um gesto e uma postura usados ao sentar em meditação. Ele constitui, em resumo, um símbolo de poder sobre más influências invisíveis, seja como uma postura ou como um talismã. Os Bhons ou Dugpas, no entanto, se apropriaram do símbolo e o usam para fins de magia negra. Entre os “Gorros Amarelos”, ou Gelugpas, ele é um símbolo de poder, assim como a cruz para os cristãos, e não é de modo algum mais supersticioso. Entre os Dugpas, ele é supersticioso, assim como o triângulo duplo reverso, um signo da feitiçaria.
  • 3
    Viraga é o sentimento de absoluta indiferença ao universo objetivo, assim como a prazer e dor. A palavra “desprazer” não expressa o seu significado, no entanto tem semelhanças.
  • 4
    Ahankara – “eu” ou o sentimento da personalidade, a sensação de que “eu-sou-eu”.
  • 5
    “Aquele que segue os passos dos seus predecessores”, ou “daqueles que vieram antes”. Este é o verdadeiro significado do nome Tathágata.
  • 6
    Samvritti é uma das duas verdades que demonstram o caráter ilusório ou a vacuidade de todas as coisas. É uma verdade relativa, neste caso. A escola Mahayana ensina a diferença entre estas duas verdades – Paramarthasatya e Samvrittisatya (“Satya” significa “Verdade”). Este é o ponto de discórdia entre os Madhyamikas e os Yogacharyas. Os Madhyamikas negam e os Yogacharyas afirmam que cada objeto existe devido a uma causa anterior, ou por uma concatenação. Os Madhyamikas são os grandes Nihilistas e Negadores. Para eles tudo é parikalpita, uma ilusão e um erro no mundo do pensamento e no universo subjetivo, assim como no universo objetivo. Os Yogacharyas são os grandes espiritualistas. Samvritti, portanto, como uma verdade apenas relativa, é a origem de toda ilusão.
  • 7
    Lhamayin são elementais e espíritos maldosos, nocivos para o homem, e inimigos dele.
  • 8
    O Eu Superior, o Eu Pensante.
  • 9
    Dhyana-Marga é o “Caminho de Dhyana”, literalmente; ou o Caminho do conhecimento puro, de Paramartha ou (Sânscrito) Svasamvedana, “a reflexão auto-evidente ou auto-analítica”.
  • 10
    “Alma de Diamante”, Vajrasattva, um título do supremo Buddha, o “Senhor de todos os Mistérios”, chamado de Vajradhara e Adi-Buddha. A “Alma de Diamante” ou Vajradhara preside os Dhiani Buddhas.
  • 11
    “Bhagavad Gita”, VI, 19.“Como uma lâmpada posta [em local] sem vento não bruxuleia” – essa comparação é lembrada [quando] um yogin de mente jungida pratica o Yoga do Si Mesmo.
  • 12
    Esta é uma alusão a uma crença bem conhecida no Oriente (e também no Ocidente, na verdade), segundo a qual cada novo Buddha ou Santo é um novo soldado no exército daqueles que trabalham pela libertação ou salvação da humanidade. Nos países do budismo do norte é ensinada a doutrina dos Nirmanakayas, isto é, aqueles Bodhisattvas que renunciam ao merecido Nirvana ou ao manto de Dharmakaya (qualquer um dos quais os separaria para sempre do mundo dos homens) com o objetivo de ajudar invisivelmente a humanidade, e levá-la finalmente ao Paranirvana. Nestes países, cada novo Bodhisattva, ou grande Adepto iniciado, é chamado de “libertador da humanidade”. A afirmação feita por Schlagintweit em seu livro “Buddhism in Tibet” no sentido de que Prulpai Ku ou Nirmanakaya é “o corpo no qual os Buddhas ou Bodhisattvas aparecem na terra para ensinar aos homens” – é absurdamente inexato e não explica coisa alguma.
  • 13
    Uma referência às paixões e pecados humanos que são eliminados durante as provações do noviciado, e que servem como um solo bem fertilizado no qual os “germes sagrados” ou sementes das virtudes transcendentais podem germinar. As virtudes, talentos ou dons pré-existentes ou inatos são vistos como tendo sido adquiridos em um nascimento anterior. Um gênio tem, sem exceção, um talento ou aptidão trazido de outro nascimento.
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