Encerramos a apresentação 111 observando o que as pessoas pensam ser a oração e como a utilizam.
Eles estão essencialmente implorando por alguma coisa. Eles estão buscando o poder de uma fonte “Divina” para agir contra as leis da Vida e da Natureza. O que quero dizer aqui? As coisas acontecem porque podem e porque estão agindo dentro das Leis que regem toda a matéria do Universo. Quando você ora por algum tipo de intervenção divina, você está pedindo que essa lei seja substituída. Se isso fosse possível, o Universo estaria um caos. Para trazer ordem ao caos, é preciso ter leis que governem a relação de tudo com todo o resto. É por isso que as ideologias políticas do anarquista não são viáveis. Então, vamos começar examinando o que significa oração no verdadeiro sentido da palavra. Ao orar, você não deve tentar se apropriar de um ser cósmico. Se você vai projetar seus pensamentos, não seria melhor tentar contribuir para ajudar os outros, usando a força da sua telepatia? Dessa forma, você gera elementais benéficos a todos, enviando-os para o ambiente emocional e mental. Você também pode tentar extrair moléculas do Plano 46, onde o Amor e a Sabedoria são os atributos definidores.
Desta forma, você está tentando enobrecer a humanidade e não pedir um favor pessoal.
Pense agora nas orações feitas pelos místicos ou pelas ordens monásticas. Essas mônadas passam horas todos os dias em oração “constante”. O que eles estão tentando alcançar? O mais importante é o controle da mente. Eles estão tentando evitar que seus pensamentos divaguem desnecessariamente.
A oração é uma conexão com os mundos superiores e o esforço despendido na oração nunca é desperdiçado. A oração é verdadeiramente o melhor de todos os estados e a melhor forma de concentração.
Idealmente, todos deveríamos retornar a este estado quando não estivermos envolvidos em outras tarefas necessárias. Essa é a teoria, pelo menos. Não precisamos e, na verdade, não deveríamos orar por nós mesmos. Contudo, ao orarmos pelos outros, fornecemos-lhes poder, luz e amor.
Devemos deixar claro que uma oração é uma forma de concentração e, portanto, os elementais são gerados. Esses elementais precisam ir a algum lugar e causar efeito.
Devemos então estar conscientes de que a oração é algo que pode ser concedido e, portanto, deve ser usada da maneira correta. Lembre-se, tudo tem que ser pago. Não existem almoços grátis em nosso Universo. Os seres superiores que são frequentemente chamados em oração não são nossos servos. Se fizerem algo por nós, esperarão pagamento. Eles ficam felizes em fornecer energia que promova o desenvolvimento da consciência. Eles não têm como objetivo proporcionar satisfação física.
Foi afirmado anteriormente que o pagador é a meditação emocional. Qual é o plano representado diretamente acima do plano emocional em nossa estrutura triádica? É o Plano-46, o plano da Unidade. Assim, esta forma de meditação busca extrair moléculas Essenciais (46), através do invólucro Emocional (48), entregando-as à humanidade no Plano-49. Este é um processo poderoso e que é ensinado a um discípulo, que usa a meditação emocional e mental para transmitir a Unidade/Essencial (46) e a energia Causal/Mental Superior (47), da 2ª Tríade, para a 1ª Tríade. Isto é feito em cooperação dinâmica. Vale lembrar que quando harmonizamos nossa vontade com as da existência, o efeito dessa vontade é irresistível. Há mais do que um grão de verdade na frase “o poder da oração”. Isto é conseguido quando você harmoniza as vibrações dos seus pensamentos com as do Absoluto.
Vamos nos aprofundar um pouco mais e examinar o propósito da oração esotérica. Como isso difere de qualquer outro tipo de oração? A oração esotérica pressupõe que a pessoa que ora tenha uma visão das leis dos débitos e dos créditos. Lembre-se, aquilo pelo qual você ora é registrado no livro de débitos e essas dívidas devem ser pagas de acordo com todas as sete principais Leis da Vida. Estas incluem as Leis da Liberdade, do Desenvolvimento da Unidade, do self, do Destino, do Karma e da Atração. Então, como um esotérico deveria orar?
“Eu escolho o caminho do intérprete e por isso rezo por luz”
“Eu escolho o caminho da orientação amorosa e, portanto, oro por poder elevado.”
Você usa esse formato para esclarecer a si mesmo o que deseja e se preparar para receber, atender ao que lhe é dado e como isso lhe é dado. Esperanças não bastam, é preciso ter os prerrequisitos. Primeiro adquira a capacidade de orar, começando pela concentração. Laurency dá um exemplo de oração que os antigos usavam quando oravam aos seus anjos da guarda:
“Leve-me do irreal ao real, leva-me das trevas para a luz, conduza-me da morte à imortalidade”. A título de esclarecimento, para que você não fique confuso quando usam a palavra “morte”, eles querem dizer encarnação e por “imortalidade” querem dizer liberdade da necessidade de encarnação. Esta oração é um do 1º self que deseja se tornar um 2º Eu. Este é um movimento da individualidade para a universalidade.
Esta oração, proferida pelos antigos, era uma oração coletiva pela Humanidade, não por eles próprios, pois eram iniciados das mais altas ordens e já haviam entrado na consciência da Unidade (46). Então, por que eles fizeram essas orações? Eles estavam emitindo vibrações no Mundo Emocional, criando uma egrégora. Isso ficou então disponível para todos que puderam alcançá-lo. Uma egrégora também é criada no Mundo Mental para aqueles buscadores que desejam alcançá-la com seus pensamento superconsciente.
Quando aprendermos a ciência da evocação e da invocação, tanto individualmente como coletivamente, esta técnica substituirá a prática atual de orar a Deus por ajuda.
Agora, aqui está algo pelo qual ansiar. Quando coletivamente, ou pelo menos uma proporção significativa de nós, conseguimos concentrar nossas emoções e pensamentos com grande intensidade, temos a capacidade de superar as energias que geramos através do mau carma comum. Se agora pedirmos algo coletivamente, então, de acordo com a lei, nos é devido um resultado. Devemos, no entanto, estar cientes de que todos os presentes recebidos têm um preço correspondente. Isto é exigido pela Lei da Compensação.
Isso nos leva ao conceito do Poder do Pensamento. A esta altura, todos nós deveríamos estar conscientes de que “nos tornamos nossos pensamentos”. Quando pensamos, criamos novas moléculas mentais em nossos cérebros. Podemos então expulsar esses pensamentos para o nosso entorno no Plano Mental.
Estes, através do processo de telepatia, podem ser captados por outras pessoas. Se você estiver emitindo pensamentos racionais, eles encontrarão um lar no corpo mental de outra pessoa e isso será transmitido ao cérebro físico. Isso torna mais fácil para eles pensarem racionalmente também. Há algo de que todos precisamos estar cientes. Nós, como Primeiro Self, não precisamos orar por nós mesmos. Nosso anjo da guarda cuida disso para nós. Não precisamos orar pelo nosso segundo Self, ele cuida de si mesmo.
Lembre-se, nosso Segundo Self neste momento é nosso anjo da guarda, um déva que já está operando a partir da consciência da Unidade, (46). Precisamos, no entanto, orar pelos nossos semelhantes. Eles precisam de toda a ajuda possível para superar a sua ignorância, as suas ilusões e a sua ficção. Ajudamos a dissipar a escuridão pensando com clareza. Devemos considerar isto como uma missão importante para nós mesmos.
Já falamos antes sobre os Mundos Mental e Emocional serem caldeirões fervilhantes de nossas emanações mal administradas. Ao pensar com clareza, arrumamos essa bagunça e esses pensamentos podem então ser transferidos para aqueles que são capazes de recebê-los. Ainda haverá aqueles que sentirão necessidade de orar. Isso os ajuda a se livrar de suas preocupações e medos. Isso é psicologicamente benéfico para eles.
Laurency ressalta que quem ora não precisa recorrer aos psicanalistas.
Com esse pensamento sério, vou deixá-lo aqui por hoje e continuar na próxima vez examinando os assuntos da meditação.